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MME cria grupo de trabalho para tratar de políticas públicas do gás natural – Edição da Manhã

Representantes de entidades ligadas ao setor de gás natural foram a Brasília na semana passada para reunião com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a fim de apresentar a agenda setorial com ênfase no desenvolvimento das indústrias químicas e de fertilizantes no Brasil, de acordo com informação do Valor Econômico.

De acordo com a reportagem, a proposta do grupo Coalizão pela Competitividade Gás Natural (CCGNMP) é encontrar mecanismos para que o país fique menos dependente de importações de produtos químicos e fertilizantes nitrogenados, como amônia e ureia. Durante a reunião, foram abordados temas como disponibilidade na oferta do gás natural, implantação de infraestrutura de escoamento para a costa, implantação de novas unidades de processamento do gás, aumento da malha de gasodutos de transporte e de distribuição para as indústrias químicas e implantação de infraestrutura para distribuição e abastecimento de gás natural veicular (GNV).

Em nota, a CCGNMP disse que Silveira determinou a criação de um grupo de trabalho misto entre os técnicos do MME e a coalizão para dar prosseguimento aos assuntos. A CCGNMP é um grupo técnico multidisciplinar formado por associações ligadas aos setores de engenharia industrial (Abemi), infraestrutura e indústrias de base (Abdib), indústria química (Abiquim), distribuidoras de gás canalizado (Abegas), transportes (CNT), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia de Sergipe (Sedetec/SE) e transportadoras de gás (TGBC).

Renova projeta retomada no segundo semestre de 2023

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A Renova concluiu no final do ano passado o último estágio de seu plano de recuperação judicial. A empresa colocou em operação os 152 aerogeradores do Complexo Eólico Alto Sertão III – Fase A, com 424,5 MW de potência instalada, único ativo operacional restante da companhia. A companhia começa a se organizar e prepara um planejamento estratégico para os próximos quatro anos.

Esse plano, de acordo com o presidente da empresa, Daniel Gallo, está em desenvolvimento junto ao conselho de administração da Renova e deverá ser oficializado em alguns meses. Por esse motivo, ele não revela detalhes sobre quais devem ser os próximos passos da geradora que surgiu como uma das empresas mais agressivas em termos de expansão da capacidade nos primeiros leilões da fonte eólica no Brasil e que acabou entrando em crise até chegar ao atual estágio.

“Esse plano será entre quatro a cinco anos, até porque, em se tratando de infraestrutura de energia não pode ser menos que isso. E devemos aprovar um plano de crescimento nem tão agressivo como tivemos no passado, mas um que esteja de acordo com as condições de mercado. Nosso portfolio é grande e podemos fechar parcerias”, contou Gallo em entrevista à Agência Canal Energia.

PANORAMA DA MÍDIA

A troca no comando do Exército, após a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de demitir do posto de comandante do Exército, o general Júlio Cesar de Arruda, é o principal destaque da edição deste domingo da mídia impressa.

O ministro da Defesa, José Múcio, oficializou, na noite de ontem (21/1), em uma fala de 1 minuto, a troca no comando do Exército. Afirmando ter havido uma “fratura” na relação de confiança com a Força, Múcio disse que a decisão pela troca teve o objetivo de estancar o problema “logo no início” “Evidentemente que com esses últimos episódios, a questão dos acampamentos, a questão do [ataque] dia 8 de janeiro, as relações no comando do Exército sofreram uma fratura no nível de confiança. Achávamos que podíamos estancar isso logo no início”, disse Múcio no breve discurso ao lado do novo comandante, Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, que não se pronunciou. Ribeiro Paiva é comandante militar do Sudeste. (Folha de S. Paulo)

Crise de confiança leva Lula a demitir comandante do Exército, diz a manchete do jornal O Globo. Ao contrário de antecessor, substituto rechaçou em público atos golpistas.

O comandante que sai, general Júlio Cesar Arruda, é das Forças Especiais (FE), consideradas “uma seita linha dura” no Exército. Além de apontado como leniente com os acampamentos golpistas no Quartel General, ele se recusava a exonerar o tenente-coronel Mauro Cid do Batalhão de Ações de Comando. Cid, também das FE, foi ajudante de ordens do ex-oresidente Jair Bolsonaro e é alvo de ações por fake news em lives e de suspeitas sobre gastos da família presidencial (coluna de Eliane Cantanhêde – O Estado de S. Paulo).