As motivações que levam o Ministério de Minas e Energia (MME) a rejeitar uma decisão do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que pede a liberação de mais água por Belo Monte, não se limitam à preocupação com a geração de energia. Mais do que isso, a preocupação da pasta está voltada aos negócios da concessionária Norte Energia e como a decisão pode prejudicar o processo de privatização da Eletrobras.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo teve acesso a uma nota técnica do ministério, documento que tem a finalidade de derrubar os estudos realizados pelo Ibama e que coloca o risco de como o atendimento ao pedido do órgão ambiental pode prejudicar a privatização da estatal.
“Atualmente, está em discussão a capitalização da companhia, e alterações no equilíbrio econômico e financeiro da Norte Energia S.A. podem impactar negativamente o processo que está sendo conduzido pelo governo federal”, diz a nota.
Na visão do Ibama, conforme explica a reportagem, o volume de retenção de água feito pela usina, ara gerar mais energia, está matando um trecho de 130 quilômetros de extensão do rio Xingu, na região de Vitória do Xingu, no Pará. Os peixes estão praticamente desaparecendo e milhares de famílias vivem uma situação dramática, além de indígenas que vivem na região.
Ainda de acordo com a reportagem, o MME ignora a realidade que tem penalizado a região. Depois de discorrer sobre os efeitos da mudança no regime das águas sobre a geração de energia no país, a pasta detalha a sua preocupação com a empresa privada, a concessionária Norte Energia, dona da hidrelétrica.
Eletrobras aprova renegociação de R$ 4,03 bilhões em dívidas da Amazonas Energia
O conselho de administração da Eletrobras aprovou, na última sexta-feira (18/12), a renegociação de uma dívida de R$ 4,03 bilhões que a distribuidora privada Amazonas Energia possui junto à empresa, conforme informação da estatal, em fato relevante.
Segundo o comunicado, o montante será dividido em três contratos com início de amortização em 30 de dezembro de 2023, prazo de 120 meses e taxa de CDI + 3%, com saldos a vencer de R$ 1,9 bilhão, R$ 1,05 bilhão e R$ 483 mil, respectivamente.
Haverá também quatro contratos com início de amortização em 30 de dezembro de 2021, prazo de 24 meses e taxa de CDI + 3%, com respectivos valores de R$ 202 mil, R$ 139,4 mil, R$ 44,6 mil e R$ 183 mil. (Anace)
Renova Energia tem plano de recuperação judicial aprovado na Justiça
A Renova Energia, empresa de geração renovável que tem como principal acionista a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), informou que os planos de recuperação judicial da companhia e outras empresas do grupo foram homologados pela Justiça.
Em comunicado divulgado na noite de sexta-feira (18/12), a Renova disse que a aprovação foi concedida pela 2ª Vara de Falências e Recuperações judiciais da Comarca do Estado de São Paulo. A Renova somava dívidas de mais de R$ 3 bilhões antes de pedir proteção contra credores, em outubro passado. A empresa propõe quitar créditos com garantia real em 11 anos, com 24 meses de carência e pagamento do principal em 18 parcelas semestrais. (G1 / Reuters)
Leilão de biodiesel negociou 1,18 bi de litros, com deságio de 25%, diz a ANP
O 77° leilão de biodiesel da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) registrou a negociação de cerca de 1,18 bilhão de litros, com preço médio de negociação de R$ 4,425 por litro.
A agência informou, em comunicado divulgado hoje (21/12), que todo volume negociado foi para atendimento à mistura voluntária no diesel e que o valor final do pregão representou deságio médio de 25,15% ante a média ponderada dos preços máximos de referência regionais (R$ 5,912 por litro).
A etapa de apresentação de ofertas do leilão ocorreu em 7 de dezembro, com 43 produtores disponibilizando um volume total de 1,41 bilhão de litros de biodiesel. (Reuters)
Shell prevê encargos entre US$ 3,5 bi e US$ 4,5 bi no 4º trimestre
A Royal Dutch Shell prevê registar encargos após impostos no quarto trimestre deste ano, entre US$ 3,5 bilhões e US$ 4,5 bilhões, devido a amortizações, reestruturação de ativos e contratos.
A petrolífera informou que esses encargos são relativos à baixa por redução ao valor recuperável do ativo Appomattox, no Golfo do México, nas operações de exploração e produção, uma reestruturação do portfólio de refino e contratos onerosos nas operações de gás integradas.
A empresa disse, ainda, que prevê despesas operacionais subjacentes mais elevadas devido ao aumento da atividade no quarto trimestre, face ao terceiro, o que deve pressionar os lucros em todas as unidades. Segundo a Shell, os resultados ajustados do quarto trimestre das operações de exploração e produção devem mostrar prejuízos tendo em conta o atual cenário de preços. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje (21/12) que o estado vai receber na quinta-feira, 24 de dezembro, um lote com matéria-prima para mais 5,5 milhões de doses da vacina CoronaVac, a vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butatan.
Com o novo lote, Doria afirmou que, até 31 de dezembro, São Paulo terá 10,8 milhões de doses disponíveis. Apesar da produção das vacinas, o governo de São Paulo ainda não apresentou os estudos sobre a fase 3 de testes da CoronaVac para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A taxa de eficácia do imunizante também não foi divulgada. Para que a vacina seja aplicada é preciso registro na agência regulatória. (UOL)
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O Brasil, por enquanto, não deve seguir os países da Europa e de outros continentes na imposição de restrições a voos do Reino Unido, onde foi detectada uma mutação do novo coronavírus. A avaliação do governo federal ao final da manhã desta segunda-feira (21/12) é que a portaria publicada no último dia 17, exigindo a apresentação do teste RT-PCR negativo tanto para brasileiros quanto para estrangeiros é suficiente para barrar a entrada de infectados vindos do Reino Unido. (O Estado de S. Paulo)