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MME quer designar riscos e custos em novo modelo – MegaExpresso – edição das 7h

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O Ministério de Minas e Energia (MME) defende que a modernização do setor elétrico comece pela escolha do mecanismo de separação de lastro e energia, o que ajudará a manter a segurança no fornecimento e a continuidade da expansão do sistema.

A secretária executiva do MME, Marisete Pereira, defendeu ontem (25/09) a medida para “alocar riscos e custos”, num “prazo relativamente curto”. Isto seria parte importante da preparação do setor para as mudanças que virão. “A abertura do mercado por si só vai acontecer, mas ela tem de acontecer de forma ordenada e segura. Por isso, a separação de lastro e energia vai ser uma das questões que a gente vai se debruçar mais rapidamente”, disse Marisete.

As afirmações foram feitas na abertura do 19º Encontro dos Associados da Apine, entidade que reúne os produtores independentes de energia elétrica. De acordo com o Valor Econômico, que publicou matéria sobre o evento, a abertura do mercado, mencionada pela secretária, permitirá que um número cada vez maior de consumidores tenha liberdade de escolha de seu fornecedor de energia, seja pelo critério de preço, baixa emissão de carbono, entre outros. Com o avanço das tecnologias da informação, essa decisão poderá ser feita até por aplicativos instalados no celular. A separação de lastro e energia surge justamente para que o novo consumidor livre assuma também os custos atrelados à confiabilidade do sistema e à oferta futura de energia.

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Sem venda, Eletrobras vai desaparecer, diz ministro

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou ontem (25/09) de audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO), na Câmara dos Deputados, em que voltou a defender a privatização da Eletrobras. Segundo Guedes, se não for privatizada, a Eletrobras está condenada a desaparecer, pois não tem capacidade para fazer os investimentos necessários para manter sua fatia no mercado.

O ministro afirmou que a empresa precisa investir R$ 14 bilhões por ano para manter 33% de sua participação em geração de energia elétrica e 36% em distribuição. Porém, consegue investir R$ 3,5 bilhões. “Se privatizar, vêm R$ 10 bilhões, R$ 20 bilhões, R$ 30 bilhões de investimentos.” A operação depende do aval do Congresso.

O Valor Econômico, que publicou matéria sobre a audiência pública, ressaltou que na semana passada, o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que os senadores, principalmente os das regiões Norte e Nordeste, resistem à privatização da Eletrobras.

Sem aumento de energia, haveria deflação

O editorial econômico da edição de hoje (26/09) do jornal O Estado de S. Paulo traz uma análise dos últimos resultados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo o qual a inflação oficial foi de apenas 0,09% entre agosto e setembro.

O editorial aponta que a inflação teria sido negativa se a energia elétrica não tivesse registrado seu oitavo aumento mensal consecutivo, acumulando 11,55% entre fevereiro e setembro. Isoladamente, a contribuição da energia elétrica para a alta do índice foi de 0,12 ponto porcentual, ou seja, 0,03 ponto acima do IPCA-15. O editorial lembra, ainda, que a volta da bandeira tarifária vermelha para a eletricidade, aplicada em caso de insuficiência de chuvas, elevou em R$ 4,00 o valor da conta de luz a cada 100 Kw/h consumidos. Também aumentaram as tarifas de gás encanado e de água e esgoto, destacando-se as altas em Belo Horizonte, Recife e Rio de Janeiro.

Servtec expande atividade para geração solar

O Valor Econômico informa que um dos pioneiros no negócio de geração de energia eólica no Brasil, o grupo nacional Servtec vai expandir suas atividades e ingressar no segmento de geração distribuída a energia solar. De acordo com a reportagem, a companhia está investindo R$ 68 milhões na aquisição e implantação de quatro projetos de energia solar em São Paulo e na Bahia, com um total de 15 megawatts-pico (MWp, unidade de potência usada em projetos de energia solar).

Previstos para entrarem em operação ainda neste ano, os empreendimentos, desenvolvidos pela também brasileira SolarGrid, já possuem contratos de longo prazo de fornecimento de energia negociados com clientes do setor de telecomunicações. Os nomes dos clientes não foram revelados.

O futuro do carro elétrico no Brasil

O portal Época Negócios traz uma matéria sobre o futuro do carro elétrico no Brasil. A previsão é que em 2030, os veículos elétricos representem 5% da frota brasileira. De acordo com a reportagem, a distribuidora EDP Brasil está planejando inaugurar 30 eletropostos, nas regiões Sul e Sudeste do estado de São Paulo, entre 2019 e 2022, ao custo de R$ 32,9 milhões.

Cerca de 150 quilômetros afastados uns dos outros (distância menor que a autonomia das novas baterias), os postos vão cobrir todo o estado. O projeto também prevê a eletrificação das principais estradas que partem da capital (rodovias Tamoios, Imigrantes, Carvalho Pinto, Dom Pedro, Governador Mario Covas e Washington Luís), além da integração aos corredores elétricos já existentes (Via Dutra e Régis Bittencourt).

PANORAMA DA MÍDIA

O Banco Central indicou em junho que voltaria a reduzir a taxa básica de juros (Selic), depois de mantê-la estável em 6,5% ao ano por 11 meses. Desde então, a Selic teve dois cortes, está em 5,5% e o BC deixou claro que haverá pelo menos mais um corte até dezembro. Apesar disso, os bancos não repassaram aos clientes o ganho obtido com a queda no custo de captação provocada pela redução da taxa básica. Esta é a principal reportagem da edição de hoje (26/09) do Valor Econômico.

Os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo deram destaque à aprovação pelo Senado, ontem (25/09), do nome de Augusto Aras para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). Foram 68 votos a favor, 10 contra e uma abstenção. Aras defendeu “correções” na Lava Jato, elogiou a Lei de Abuso de Autoridade e afirmou ser a favor do compartilhamento de informações entre o Ministério Público e o antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), rebatizado de Unidade de Inteligência Financeira. O novo procurador geral foi indicado para o cargo pelo presidente Jair Bolsonaro.

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