Depois de ampliar suas exportações para o Brasil, as montadoras chinesas BYD (Build Your Dreams) e GWM (Great Wall Motors) iniciam um novo capítulo de sua ofensiva no país este ano: começam sua produção local de seus veículos híbridos e elétricos, conforme indica reportagem do jornal O Globo.
A GWM confirmou que a fábrica de Iracemápolis, interior de São Paulo, será inaugurada em maio, e a produção para o mercado brasileiro começa no início do segundo semestre com o híbrido Haval 6, a gasolina. A BYD também pretende dar a partida em sua fábrica na Bahia neste primeiro semestre.
As novatas têm tudo para mexer com o mercado brasileiro de automóveis. Especialistas do setor apontam que a fabricação no Brasil de seus veículos faz parte da estratégia de crescimento global dessas companhias chinesas. Afinal, o país é um dos pontos com mais de 2 milhões de unidades vendidas por ano, o quinto maior mercado do mundo, resiliente mesmo nos piores momentos econômicos.
No ano passado, por exemplo, mesmo com juros altos, o país somou 2,5 milhões de veículos vendidos, alta de 15% em relação a 2023, o maior crescimento entre os dez maiores mercados globais, informa o Globo.
TAG e NTS unem-se e oferecem transporte de gás com desconto de 90% em Macaé (RJ)
Duas das principais transportadoras de gás natural do país, a Transportadora Associada de Gás (TAG) e a Nova Transportadora do Sudeste (NTS), estão desde 1º de janeiro com suas operações interconectadas em Macaé, no Rio de Janeiro. Segundo os dirigentes das duas companhias, a independência das transportadoras, trazida pela Lei do Gás, vai tornar o mercado mais dinâmico e reduzir o preço do insumo. A taxa de entradas e saídas recebeu um desconto de 90% para atrair os agentes.
Em menos de uma semana, a novidade já atraiu dois clientes: Eneva e BTG Pactual Commodities, totalizando 220 mil metros cúbicos por dia (m³/dia). A troca entre as transportadoras também deve atrair os participantes do próximo leilão de energia de reserva térmica, marcado para junho, segundo dirigentes das duas empresas.
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo explica que antes da regulamentação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no apagar das luzes de 2024, as duas transportadoras trabalhavam separadas. Tanto o gasoduto Cabiúnas-Reduc III (Gasduc III), da NTS, quanto o gasoduto Cabiúnas-Vitória (Gascav), da TAG, dependiam do Terminal de Cabiúnas (Tecab), da Transpetro, subsidiária de transportes da Petrobras, para se conectar.
Alemães fazem revolução de energia solar em suas varandas
Mais de 800 mil painéis solares foram instalados em varandas de residências na Alemanha em 2024, segundo dados oficiais, graças aos subsídios e os desejos de economizar dinheiro diante dos altos custos da eletricidade. Isso é mais que o dobro do ano anterior e 10 vezes a quantidade de 2022.
A consultora EmpowerSource calcula que existam 3 milhões de equipamentos ativos no país, incluindo alguns que não estão oficialmente registrados. Os números de instalação poderiam ser maiores porque o equipamento muitas vezes não é registrado, segundo Leonhard Probst, pesquisador do Instituto Fraunhofer de Sistemas de Energia Solar.
As instalações em varandas ganharam força na Alemanha porque são mais baratas e mais fáceis de instalar do que os painéis fotovoltaicos no telhado. Esse tipo de painéis solares são menos potentes que os de telhado e cobrem apenas parte da demanda de uma residência e são usados para tarefas como carregar computadores.
Probst calcula que os equipamentos correspondam a apenas 2% de quase 100 gigawatts de capacidade solar total da Alemanha, mas espera que esse número aumente. A energia solar foi responsável por 14,6% da eletricidade alemã em 2024. A reportagem é da agência de notícias France-Presse e foi publicada pela Folha de S. Paulo.
Projeto prevê cascata de dez usinas hidrelétricas em rio amazônico
O rio Roosevelt passou a ser alvo de um projeto que prevê a construção de dez barragens de hidrelétricas ao longo de seu curso — desde sua nascente, na região de Vilhena (RO), até a foz, quando desemboca no rio Aripuanã, no município de Novo Aripuanã (AM), num trajeto de 760 km de extensão.
A Folha de S. Paulo teve acesso a informações de um novo estudo de inventário hidrelétrico que pretende explorar o rio. O plano, apresentado em dezembro pelas empresas Iguaçu Energia, de São Paulo, e Lindner Engenharia, de Santa Catarina, prevê a construção de dez barragens de usinas de menor porte, conhecidas como PCHs (Pequena Central Hidrelétrica). São estruturas onde o reservatório construído não ultrapassa 13 km², e a geração de energia chega a, no máximo, 30 megawatts de potência.
Brasil retoma adesão à Agência de Energias Renováveis buscando protagonismo na transição, diz MME
O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou neste sábado a retomada do processo de adesão do Brasil à Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena). O anúncio foi feito pelo ministro Alexandre Silveira durante evento da entidade em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, mais cedo, segundo comunicado da pasta.
Silveira avalia que a retomada do processo de adesão à Irena reflete a determinação do país “em ser protagonista na agenda global de transição energética”. Segundo ele, trata-se de “passo fundamental para fortalecer nossa colaboração com a comunidade internacional e acelerar a implementação de soluções sustentáveis que beneficiem o planeta e as futuras gerações”. (O Globo)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: Impulsionada por pagamentos extraordinários da Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a receita da União com dividendos e participações voltou a crescer em 2024, o que ajudou o governo a terminar o ano dentro da meta fiscal, considerando a banda de tolerância.
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O Estado de S. Paulo: Maior emissora de gases poluentes entre os segmentos da indústria, a siderurgia está diante de uma encruzilhada – sobretudo no Brasil – para cortar suas emissões. Por ora, as alternativas existentes são praticamente inviáveis financeiramente e ainda dependem de novos desenvolvimentos tecnológicos. Mesmo assim, precisarão ser adotadas para os países conseguirem cumprir suas metas de redução de emissões e para o setor poder exportar para os destinos que mais têm pressionado pela descarbonização da economia, como a União Europeia.
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Folha de S. Paulo: O aumento expressivo da verba destinada às emendas parlamentares levou deputados e senadores a indicarem até três quartos do orçamento de determinados ministérios do governo Lula em 2024. A maior proporção (74%) é a registrada no Ministério do Esporte, comandado por André Fufuca (PP-MA). A pasta teve R$ 1,3 bilhão direcionado pelo Congresso.
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O Globo: O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, sinaliza que o governo deve adotar novas medidas fiscais neste ano — que podem diminuir as frustrações dos investidores com o pacote considerado tímido de ajuste de gastos. No ano passado, a desconfiança com o governo fez o dólar disparar e ficar acima do patamar de R$ 6, o maior da História. A cotação da moeda americana se mantém nesse nível em 2025.