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Mudança climática é o maior risco para o mundo, aponta Relatório de Riscos Globais 2022 – Edição da Tarde

Um tema deve dominar o Fórum Econômico Mundial neste ano: o risco do fracasso em lidar com as mudanças climáticas. A conclusão faz parte do Global Risck Report 2022, o novo relatório de riscos globais que norteia as discussões realizadas na cidade suíça de Davos, onde acontecerá o encontro entre 17 e 21 de janeiro.

O Valor Econômico informa que a pesquisa é feita com mais de mil líderes mundiais que representam empresas, governos e organizações globais, em uma parceria entre Zurich Insurance Group, Marsh McLennan, Universidade de Oxford, Universidade de Singapura e Universidade da Pensilvânia. As questões climáticas lideram o ranking de maiores preocupações nos três horizontes de tempo do levantamento.

No curto prazo, em um horizonte entre zero e dois anos, os entrevistados colocaram no topo dos temores o clima extremo. E tanto para o médio prazo, em um intervalo entre dois a cinco anos, e no longo, de cinco a dez anos, os líderes globais apontaram o fracasso nas ações para evitar as mudanças climáticas como maior risco a ser enfrentado pela humanidade.

Para o presidente da Marsh Brasil e Chairman da Marsh & McLennan Companies Brasil, Eugenio Pascoal, “há uma preocupação clara dos líderes globais com o risco de uma transição climática desordenada”.

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Já para os 287 líderes empresariais brasileiros entrevistados para o relatório, o risco climático aparece em quarto lugar. O grupo de líderes nacionais indicou como principal preocupação o risco de prolongamento da estagnação econômica do país. Em segundo lugar, surge o desemprego e crises de sustento da própria população. Em terceiro está a desigualdade digital. Na quinta posição entre os principais riscos vistos pelos empresários brasileiros na pesquisa global aparece a geopolítica dos recursos estratégicos, ou seja, o uso de acesso a recursos como ferramenta de negociação entre os países do mundo.

Além dos riscos climáticos, os entrevistados do Global Risks Report 2022 apontam riscos sociais impulsionados pela pandemia entre os principais problemas a serem enfrentados.

Chuvas aliviam a conta de energia

As chuvas mais intensas neste período úmido estão longe de resolver todos os problemas do setor elétrico, mas devem trazer algum alívio para as contas de energia. Essa é a análise do blog da jornalista Míriam Leitão, no O Globo Globo (por Álvaro Gribel).

A expectativa é que o nível de água dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste chegue ao final de abril em torno de 50%, o que levaria o governo a diminuir o despacho das termelétricas mais caras. Com isso, o consumidor poderá começar a pagar parte da dívida que carrega junto às distribuidoras, estimada em R$ 14 bilhões até novembro.

A análise reforça que a bandeira tarifária vai continuar sob regime de escassez hídrica até abril. Como as térmicas mais caras devem ser desligadas, o consumidor já vai poder começar a pagar o que deve às distribuidoras, podendo até ver diminuir o valor do empréstimo autorizado pelo governo, conforme explicou o consultor Luiz Augusto Barroso, da PSR Energy.

Chuvas: Vallourec é multada em 288 milhões pelo governo de Minas Gerais por danos ambientais

O Valor Econômico informa que a Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais notificou a Vallourec pelos danos ambientais causados pelo transbordamento do dique de contenção de águas da chuva da mina de Pau Branco, localizada em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O auto de infração prevê multa de R$ 288,6 milhões pelos danos ambientais. A notificação também determina a suspensão das atividades relacionadas à pilha de estéril Cachoeirinha e ao dique Lisa, até que sejam apresentados documentos garantindo a estabilidade das estruturas. A Vallourec tem 20 dias para pagar a multa ou apresentar defesa aos órgãos ambientais do estado.

De acordo com o auto de infração, a empresa foi multada por “causar intervenção de qualquer natureza que resulte em poluição, degradação ou dano aos recursos hídricos, às espécies vegetais e animais, aos ecossistemas e habitats ou ao patrimônio natural ou cultural, ou que prejudique a saúde, a segurança e o bem-estar da população”. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, a empresa foi considerada reincidente, já que em 2020 foi multada por descumprir prazos estabelecidos para envio de documentação relacionada a barragens de água. Com isso, o valor da multa foi dobrado.

A Vallourec, conglomerado francês que atua no ramo de siderurgia, não respondeu imediatamente ao pedido de entrevista do Valor.

Economia em recuperação leva a recorde na geração a carvão, aponta AIE

O volume de energia gerada mundialmente a partir do carvão está crescendo em direção a um novo recorde anual em 2021. Essa é uma das conclusões do estudo sobre o combustível publicado pela Agência Internacional de Energia (AIE), disponível para download em inglês.

Intitulado Carvão 2021, Análise e Previsões para 2024, o estudo aponta que o uso, depois de cair em 2019 e 2020, segue caminho oposto ao que contribui para minar os esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Segundo a publicação, a geração global de energia a partir do carvão deve saltar 9% em 2021 para um máximo histórico de 10.350 TWh. Esse aumento é atribuído à recuperação econômica deste ano, classificada como ‘rápida’ pela AIE e que aumentou a demanda por eletricidade muito mais rapidamente que os suprimentos de baixo carbono podem acompanhar. Outra questão que impulsionou a fonte é o aumento nos preços do gás natural, tornando-a mais competitiva em termos de custos, aponta a AIE. As informações foram publicadas pelo Canal Energia.

PANORAMA DA MÍDIA

Dez pessoas morreram e ao menos 104 precisaram deixar suas casas em 24 horas – entre ontem (10/01) e hoje (11/01) – em razão das chuvas que atingem Minas Gerais. Agora são 19 mortos, sem contar as dez pessoas que perderam suas vidas depois que uma rocha caiu de um paredão em um cânion em Capitólio. Segundo a Defesa Civil, as novas mortes ocorreram nas cidades de Ervália (1), São Gonçalo do Rio Abaixo (1), Dores de Guanhães (1), Caratinga (2) e Brumadinho (5). Ao todo, 145 cidades estão em situação de emergência no estado. (UOL)

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Em meio à proliferação da variante ômicron do novo coronavírus, o mundo registrou pela 1ª vez mais de 3 milhões de casos de covid-19 em apenas 24 horas. É o 4º recorde diário de novos infectados nos últimos 8 dias. Foram 3,28 milhões de novos casos ontem (10/01), segundo dados compilados e divulgados hoje pelo “Our World in Data”, projeto ligado à Universidade de Oxford. O novo recorde foi, novamente, impulsionado pelos Estados Unidos, que registraram 1,48 milhão de casos – mais do que o número de casos da Europa e Ásia juntas. (O Estado de S. Paulo)

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