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Mudanças climáticas vão trazer perdas ao setor elétrico – Edição da Manhã

Mudanças climáticas nas próximas três décadas podem causar perdas econômicas relevantes ao setor elétrico brasileiro e impactar negativamente as operações de geração, transmissão e distribuição de eletricidade. A conclusão é de um estudo inédito do Instituto Acende Brasil, que analisa os cenários para o setor até o ano de 2050.

O Valor Econômico traz informações sobre o estudo e explica que algumas das principais ameaças da intensificação do aquecimento global nos próximos anos são alterações no regime hidrológico, que podem afetar a capacidade de geração hidrelétrica, além da ocorrência de eventos extremos que danifiquem redes de transmissão e distribuição.

Segundo o estudo, incorporar as mudanças do clima à lógica do setor pode ajudar a otimizar investimentos e a planejar de forma melhor a operação e expansão futura do mercado. Para o Instituto Acende Brasil, é necessário que o mercado de energia comece a aplicar mais recursos de pesquisa para o desenvolvimento de modelos de monitoramento climático.

A lógica é que antecipar a ocorrência de eventos extremos ajuda a planejar planos de resposta de equipes de manutenção e dar mais eficiência a eventuais reparos. Além disso, o estudo também defende que o mercado de energia busque soluções tecnológicas que aumentem a resiliência das operações, como a adoção de redes inteligentes.

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Privatização da Eletrobras ameaça centro de pesquisa

Reportagem do Valor Econômico destaca que a privatização da Eletrobras lança dúvidas sobre a sobrevivência do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), criado em 1974, que se tornou referência na América Latina em inovações no setor.

Com um quadro de 270 pesquisadores e orçamento em torno de R$ 200 milhões anuais, a instituição ainda tem 80% de suas receitas provenientes da estatal. A MP 1.031, medida provisória publicada na semana passada para acelerar o processo de privatização, prevê que a “nova” Eletrobras não terá mais que fazer contribuições financeiras ao Cepel depois de quatro anos, contados a partir da perda de controle acionário pelo governo. Os aportes compulsórios serão reduzidos à razão de 25% por ano.

De acordo com a reportagem, a grande pergunta, entre dirigentes e funcionários do centro, é sobre a viabilidade de repor todo esse financiamento por meio da venda de produtos e serviços a clientes privados. Essa fonte de recursos tem crescido gradualmente, mas ainda é considerada insuficiente para substituir os aportes da Eletrobras e de suas subsidiárias. Outros associados à instituição de pesquisa – grupos do setor elétrico como CTEEP, Engie e WEG – fazem contribuições bem menores.

“Podemos caminhar para uma vida sem a Eletrobras, mas não pode ser de uma hora para outra”, afirmou ao Valor o diretor-geral do Cepel, Amilcar Guerreiro. “São quase 50 anos vivendo sob uma mesma estrutura de financiamento. Não sei se quatro anos são tempo suficiente para fazer essa transição. Eu diria que é pouco.”

Falta de pagamento de contas de água e luz bate recorde em dezembro, diz Serasa

A inadimplência no pagamento de serviços básicos, como água e luz, bateu recorde em dezembro. Segundo a Serasa, o percentual foi de 23,6%, maior valor de toda a série histórica iniciada em janeiro de 2018. O número representa um aumento de 0,8 ponto percentual em um mês.

Os calotes nessas contas cresceram mês a mês desde o início da pandemia, em março, quando começaram as medidas de restrição para conter a transmissão do vírus. De lá para cá, o índice cresceu 2,1 pontos percentuais.

Especialistas atribuem a alta à suspensão dos cortes desses serviços por falta de pagamento, medida adotada durante a pandemia de covid-19 para evitar uma deterioração da situação das famílias, cujas finanças foram impactadas pela disseminação do vírus e pelas restrições à circulação promovidas para contê-lo. As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo.

Candiota é o município gaúcho que mais emite gases de efeito estufa

Conhecida pela mineração e pelo seu complexo de usinas termelétricas, Candiota é o município gaúcho que mais emite gases de efeito estufa, superando, inclusive, cidades muito maiores, como Canoas e Porto Alegre, que, respectivamente, ocupam a segunda e a terceira posição no ranking elaborado pelo Observatório do Clima.

Os dados fazem parte da primeira edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa – Municípios, divulgado na semana passada, conforme explica o Jornal do Comércio. O levantamento utiliza informações de 2018.

PANORAMA DA MÍDIA

Apesar do cenário de caos na área da Saúde e com a atividade econômica se desmanchando, economistas do mercado financeiro consideram cada vez mais imperiosa a necessidade de o Banco Central (BC) elevar a taxa Selic logo, e de maneira mais efetiva. O mercado fala em alta de 0,5 ponto na próxima reunião do Copom e entrou no radar até mesmo a possibilidade de zerar os estímulos antes do fim do ano, o que levaria a Selic de volta aos 6% ao ano.

Para economistas ouvidos pelo Valor Econômico, a inflação deve chegar, em junho, aos 6% em 12 meses e o atual cenário vai exigir mais gastos. “O risco de um movimento maior de alta da Selic aumentou nas últimas semanas e, mesmo com a aprovação da PEC Emergencial no Senado, não pode ser considerado pequeno. A pandemia significa mais pressão por gastos, ou seja, riscos ao cumprimento do teto, o que, por sua vez, implica em pressão sobre dólar e inflação”, diz Solange Srour, do Credit Suisse.

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O jornal O Globo informa que o número de casos diários de covid-19 no país é agora cerca de 30% maior que nos piores momentos da primeira onda da pandemia, em julho de 2020. E o número de mortos fala ainda mais alto, com aumento de 31,66% em relação ao recorde da primeira onda. A tendência é de crescimento, afirma o pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), campus de Ribeirão Preto, Domingos Alves, do portal Covid-19 Brasil.

Alves lembra que o maior número observado na média móvel de mortes diárias na primeira onda havia sido de 1.096 mortes por dia, em 26 de julho. Em 7 de fevereiro, eram 1.171 óbitos. Sem controle, a covid-19 continuou a matar mais e no último sábado (06/02) foram registrados 1.443 óbitos diários, na média móvel.

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Uma ameaça para o mundo. É assim que a imprensa americana retrata a atual situação da pandemia de covid-19 no Brasil, ecoando a preocupação de cientistas, autoridades da área de saúde e do governo americano sobre os efeitos do descontrole da propagação de uma nova variante do SarsCoV-2 no país, informa o jornal O Estado de S. Paulo.

“Há uma sensação de alarme sobre a natureza não controlada da pandemia no Brasil e o ritmo lento da vacinação – especialmente agora que o Brasil é a fonte de uma nova e preocupante variante da covid-19”, afirma Anya Prusia, do Brazil Institute do Centro de Estudos Wilson Center, em Washington.

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A Folha de S. Paulo traz como destaque em sua edição desta segunda-feira (08/03), Dia Internacional da Mulher, uma reportagem sobre os impactos da pandemia de covid-19 sobre as conquistas da mulher.

Um ano após o início da pandemia e do distanciamento social no Brasil, mulheres que têm filhos parecem estar no limite. Sobrecarregadas, exaustas e frustradas, elas perderam a autonomia, ressalta a reportagem. Ao fechar creches e escolas e isolar pessoas, a crise sanitária global fez ruir as redes de apoio que permitiam a essas mulheres ter vida produtiva relativamente independente, ameaçando retroceder conquistas femininas em décadas.