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Na Eletrobras, saída surpreendente de Ferreira Júnior; Ivan Monteiro assume – Edição do Dia

O site de negócios Pipeline, do Valor Econômico, publicou, ontem (14/8) à noite, as primeiras reações a respeito da renúncia do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, um ano após assumir a companhia com planos de otimizar a administração da elétrica. A saída de Ferreira Jr. surpreende – destaca o Pipeline –, ainda que seus dias não tenham sido de sossego – nem com o governo, nem com o board.

Ivan Monteiro, ex-presidente da Petrobras que ocupava a cadeira de chairman da elétrica, assume a função executiva. A função de presidente do conselho da Eletrobras passa a ser exercida por Vicente Falconi, que também já atuava como conselheiro na companhia.

Segundo o Pipeline, ainda que já fosse de conhecimento do mercado que o então CEO e alguns acionistas no conselho da empresa enfrentavam dificuldades, ninguém esperava essa mudança neste momento. A Eletrobras foi privatizada no governo de Jair Bolsonaro e entrou na mira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde que assumiu, o petista fala em desfazer a operação, ao esvaziá-la retomando o poder de voto de toda a posição acionária da União. O tema, no entanto, tinha esfriado no último mês.

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A decisão também parece abrupta considerando que Ferreira Júnior tinha um volume relevante de stock options, lembra um gestor ouvido pelo Pipeline. “Deixou uma grana na mesa”, nota, indicando que ainda faltam explicações para essa decisão. “Ninguém joga a toalha assim sem motivo.”

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Reportagem do Valor Econômico, por sua vez, ressalta que Ferreira Jr. havia acabado de apresentar os resultados do segundo trimestre do ano e indicava estar animado, especialmente por ter conseguido obter acordos judiciais que reverteram provisões no balanço da companhia relativas ao empréstimo compulsório, iniciativa da década de 1960 voltada para financiar a expansão da oferta de energia no país. Fontes da reportagem afirmaram que a renúncia se deu por razões pessoais, mas que não seria nada “grave”.

Luz será varejista da Delta para o ACL a partir de 2024

A Luz, empresa do grupo Delta Energia, aumentou seu alcance no mercado livre, informa o Canal Energia. A empresa, que completa em novembro seu primeiro ano de operação, passa a atuar como varejista da Delta no processo de abertura do setor para a média e alta tensão, a partir de janeiro de 2024.

De acordo com a reportagem, para atender a regra de que um consumidor precisa de seis meses para migrar ao mercado de contratação livre (ACL), esse movimento já vem acontecendo. A empresa afirma que está em negociação de contratos com esses potenciais novos consumidores livres. E a meta da companhia é conquistar 15% de participação, calculada em 72 mil novos consumidores nessa faixa de elegibilidade.

De acordo com o presidente da Luz, Rafael Maia, no foco estão negócios como fábricas, escritórios, açougues, padarias, entre outros estabelecimentos industriais e comerciais. Em sua avaliação, o desconto na tarifa de energia é o primeiro atrativo para esses pequenos e médios empresários.

Novo projeto de lei para o hidrogênio renovável deve ser apresentado em outubro

Até o final de outubro, o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) pretende apresentar uma nova proposta de marco legal para o hidrogênio renovável no Brasil, informa o Canal Solar. Segundo ele, os projetos que estão em tramitação hoje na Câmara e no Senado são bastante limitados e estão desatualizados.

Atualmente, estão em tramitação no Congresso Nacional três projetos de lei relacionados ao hidrogênio: PL 725/22, PL 1878/22 e PL 2308/2023. Jardim é presidente da Comissão Especial de Transição Energética da Câmara dos Deputados. Nos próximos meses ele pretende realizar audiências estaduais para discutir as políticas para o mercado de hidrogênio no Brasil.

Thymos planeja chegar a 2025 com quatro empresas

A Thymos Energia completou 10 anos em 2023 e espera chegar ao final de 2025 como um grupo de quatro empresas, de acordo com informação do Canal Energia. A própria consultoria, a Nottus, que foi lançada no campo da meteorologia, e mais duas que estão em gestação – uma delas pode ser lançada daqui a seis meses e outra em até 18 meses.

A empresa não revela detalhes, mas diz que a meta é a de diversificar negócios relacionados à energia. O foco de atuação não foi revelado, mas um segmento é descartado pelo presidente e fundador da consultoria, João Carlos Melo: “não será em comercialização, não entraremos em venda de energia”, disse ele em entrevista à Agência Canal Energia.

Esses novos caminhos que a companhia busca trilhar, acrescenta o sócio Alexandre Vianna, têm relação com a base da fundação da consultoria. Ele lembra que a Thymos surgiu em um contexto no qual o setor elétrico começava a descentralizar e modernizar a geração de energia com a chegada da fonte eólica de forma definitiva ao país, ainda em leilões, mas onde as usinas eram de menor porte e os grandes empreendimentos começaram a ficar mais raros.

Lucro líquido da Celesc cresce 112% no segundo trimestre de 2023

A Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) apresentou um lucro líquido de R$ 215 milhões no segundo trimestre de 2023, o que representa alta de 112,5% em relação ao segundo trimestre de 2022 (R$ 101 milhões). Já no ano, o incremento foi de 19,9% alcançando os R$ 433 milhões em 2023 ante R$ 361 milhões de 2022. No trimestre, o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortizações) da Celesc apresentou aumento de 77,3%, registrando R$ 392,4 milhões. (Canal Energia)

Governo do Paraná formaliza venda da Copel na Bolsa de Valores

O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), participou ontem (14/8) da cerimônia de toque de campainha que encerra a oferta de ações da Companhia Paranaense de Energia (Copel), na Bolsa de Valores, em São Paulo. Ao todo, a negociação atingiu o montante de R$ 5,2 bilhões, sendo que R$ 3,16 bilhões ficaram com o Executivo. No discurso, o governador disse que a empresa é um grande patrimônio dos paranaenses e que continuará sendo, pois o estado continua sendo o maior acionista. (portal G1)

Objetivo é Copel sem amarras de estatal e uma das maiores empresas de energia do país, diz Ratinho Júnior

Depois de privatizar a Copel, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), já traçou metas ousadas para a companhia de energia do estado: ele vê a empresa como uma das três maiores do setor, podendo crescer sem as amarras de uma empresa estatal, conforme disse ontem (14/8) a jornalistas, em evento em comemoração pela desestatização da companhia, na B3, no centro de São Paulo. Hoje a Copel ocupa a sétima posição entre as empresas do setor de energia.

“No dia a dia do cidadão nada muda. O que muda é a velocidade da companhia, mais moderna, com mais capacidade de investimento. Isso transforma a empresa e dá a ela uma autonomia para que possa crescer, se desenvolver e atender o Paraná e outros estados”, disse Ratinho Júnior. A oferta subsequente (follow-on) da Copel foi concluída na semana passada e movimentou R$ 5,2 bilhões. (Valor Econômico)

Em 2023, usinas com selo Energia Verde vão gerar eletricidade para abastecer mais de 6 milhões de residências

Mais de 70 usinas e comercializadoras receberam o selo Energia Verde da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) neste ano. O certificado é emitido no âmbito do Programa de Certificação da Bioeletricidade, idealizado pela associação, em parceria com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e apoio da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).

Criado em 2015, o selo Energia Verde é concedido anualmente, sem custo, a usinas produtoras de bioeletricidade associadas à Unica que cumprem requisitos de geração renovável e de eficiência energética e a comercializadoras que comprem energia das usinas certificadas. (Notícias Agrícolas)

PANORAMA DA MÍDIA

O principal destaque desta terça-feira (15/8) em jornais de circulação nacional é a reação do mercado argentino um dia após o político de extrema direita Javier Milei vencer as eleições primárias no país, um termômetro para o resultado das urnas em outubro (1º turno) e dezembro (2º turno).

Títulos e ações oscilaram descontroladamente após o candidato do partido A Liberdade Avança obter mais de 30% dos votos com promessas de dolarizar a economia do país e cortar os gastos drasticamente. O banco central respondeu desvalorizando a taxa de câmbio oficial em até 22%, para 350 pesos por dólar. A autoridade monetária elevou, ainda, as taxas de juros em 21 pontos percentuais, para 118%, já que fica sem meios para defender a moeda. (Valor Econômico)

Com uma forte retórica contra o establishment político, Milei tem conseguido capitalizar com a insatisfação generalizada de grande parte da população argentina com as elites políticas tradicionais, que têm sido incapazes de reverter a deterioração econômica que o país tem experimentado nos anos recentes. (O Estado de S. Paulo)

A coalizão que Milei lidera conquistou sobretudo os municípios cuja população é considerada de classes média e alta, derrotando a Juntos por El Cambio na maior parte deles. Mas o cenário se inverte em municípios em que os ganhos médios são menores que 230 mil pesos, ou R$ 3.200, que em sua maioria viram a esquerda tradicional peronista vencer. (Folha de S. Paulo)

A piora da crise argentina já afeta setores da economia brasileira que estabelecem trocas comerciais com o país. Representantes de associações ligadas a produtos manufaturados relatam queda nas exportações este ano e temem piora nos envios nos próximos meses – ao menos até dezembro, quando os argentinos decidirão quem será o novo presidente do país. (O Globo)

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