O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, voltou a afirmar hoje (07/05) que ainda não há definição sobre o modelo de capitalização da estatal. O assunto, destacou, está sendo discutido pelos ministérios da Economia e Minas e Energia. O governo analisa se irá privatizar ou capitalizar a empresa de forma conjunta ou de maneira fatiada entre as subsidiárias.
Em audiência na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, Ferreira Júnior destacou que a capitalização é necessária porque a Eletrobras não tem capacidade de investimento para fazer frente ao seu papel no sistema energético brasileiro. Segundo o executivo, dos R$ 14 bilhões que seriam necessários para investimentos, a companhia só é capaz de investir R$ 4 bilhões por ano.
Na ocasião, o presidente da Eletrobras afirmou, ainda, que as obras da usina de Belo Monte, no Pará, devem ser concluídas até o final deste ano. A construção e a operação da hidrelétrica são responsabilidade da Norte Energia. As informações são da Agência Estado.
CPFL Renováveis perde R$ 93 milhões do primeiro trimestre
O site Paranoá Energia publicou matéria sobre os resultados econômico-financeiros da CPFL Renováveis no primeiro trimestre deste ano. A receita líquida foi de R$ 334,2 milhões, ante os R$ 383,5 milhões registrados no mesmo período de 2018. Já o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 192 milhões, com margem Ebitda de 57,5%.
No trimestre, a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 93 milhões ante os R$ 72,5 milhões do mesmo período do ano passado. Já o resultado financeiro líquido negativo foi de R$ 111,7 milhões, 13,6% inferior ao apurado nesse período em 2018, quando havia totalizado R$ 129,2 milhões. Os investimentos, direcionados basicamente para a manutenção de seus ativos, totalizaram R$ 29,5 milhões.
Conferência nacional em Curitiba irá discutir energia renovável
Começa amanhã (08/05), em Curitiba, a 3ª edição da Conferência Nacional de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), evento realizado pela Associação Brasileira de PCHs, que reunirá, até sexta-feira (10/05), empreendedores e especialistas do setor.
A Agência O Globo informa que o encontro tem entre seus objetivos discutir propostas do setor a serem apresentadas ao governo, fomentar o debate técnico e discutir aspectos regulatórios, socioambientais, econômicos e políticos da implantação e operação de PCHs e CGHs.
Entre as principais demandas do setor estão a manutenção do mercado, a ampliação da informação sobre os benefícios ambientais e sociais dos empreendimentos e a desburocratização do processo de licenciamento ambiental, considerando que o tempo de espera para o licenciamento das PCHs tem sido, em média, de nove anos.
A reportagem ressalta que há no Brasil 1.124 PCHs e CGHs em operação e outros 493 empreendimentos aguardando licenciamento ambiental estadual para obtenção de autorização ou outorga junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). As PCHs são empreendimentos de 5 até 30 megawatts (MW) de potência. Já as CGHs vão de 1 até 5 (MW) e os seus reservatórios devem ter menos de 13 km² de área.
Decisão da Aneel em foco
O site Paranoá Energia publicou hoje (07/05) uma matéria, sem citar fontes nem fornecer detalhes, em que menciona “indignação entre agentes de comercialização (de energia elétrica) com a decisão recente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de autorizar o funcionamento de uma nova comercializadora claramente ligada a uma outra, de Recife, que não honrou os seus compromissos, no contexto de um movimento ocorrido em fevereiro e março deste ano, quando várias empresas sofreram fortemente os efeitos do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD)”.
A matéria ressalta que o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, tem prometido fortalecer os controles sobre os comercializadores.
Aneel esclarece que não autorizou nova comercializadora com sócios da Vega
O site Canal Energia também traz matéria sobre as informações que têm inquietado o mercado de comercialização de energia elétrica nos últimos dias. De acordo com a reportagem, há relatos de que sócios da Vega Energy, empresa que deixou em aberto transações no mercado, estão retomando as operações por meio de uma nova empresa, chamada Igara Comercializadora.
A base da informação seria um registro retirado do cadastro de agentes da Agência Nacional de Energia Elétrica, no qual constam os nomes de sócios da Vega como representantes da Igara. Procurada pela Agência Canal Energia, a Aneel esclareceu que, em abril, a agência registrou a mudança da razão social da Regalia Comercializadora de Energia para Igara Comercializadora de Energia.
Também em abril – informa o site – foi registrada a saída da empresa do representante Abenaias José da Silva, sócio da Vega Energy. Portanto, o que ocorreu em abril deste ano foi a saída de um sócio da Vega da comercializadora Igara, outrora chamada Regalia. A reportagem ressalta que despacho publicado em 26 de abril pela Aneel, contudo, não dá conta da saída de Abenais José da Silva do quadro societário da empresa, mas apenas da alteração da razão social. O comunicado esclarece ainda que a entrada de Abenaias como representante da empresa ocorreu em dezembro de 2018, quando a razão social foi mudada pela primeira vez, para Regalia.
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico informou, no início da tarde de hoje (07/05), que o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), relator da medida provisória enviada pelo governo para alterar a estrutura administrativa do Executivo, afirmou que após reunião com o presidente Jair Bolsonaro, foi decidido o desmembramento do Ministério do Desenvolvimento Regional.
Segundo Bezerra, no lugar da pasta serão recriados os ministérios das Cidades e da Integração Nacional, em atendimento à demanda de parlamentares, que querem, ainda, a criação de outros ministérios, como os da Segurança Pública, da Cultura e do Trabalho. Mas o deputado não mencionou a criação dessas pastas.