O jornal O Globo defende a privatização da Eletrobras em seu editorial de hoje (31/12) e afirma que o Congresso precisa ter consciência de que está em jogo a energia necessária para o crescimento do país.
Na opinião do jornal, a pauta do Congresso é cada vez mais desafiadora para deputados e senadores, e um dos projetos que se enquadram no quesito de alta relevância é o da privatização do controle da Eletrobras, “tema que vem do governo Michel Temer e é tratado com a relevância necessária pela equipe econômica de Jair Bolsonaro”.
O editorial cita as resistências que o projeto enfrenta no Congresso por parte dos parlamentares, sobretudo das bancadas do Norte e Nordeste. Segundo o jornal, enquanto a resistência não for vencida, projetos de investimento no setor elétrico não decolam, porque o maior acionista da Eletrobras, o Estado, sabidamente não tem dinheiro. “O país já tem muitos entraves para voltar a crescer. Não pode permitir que a essas dificuldades venha se somar a falta de energia.”
Petrobras e Bolívia negociam mudança na fórmula de preço do gás natural
O acordo de transição assinado na semana passada entre a Petrobras e a estatal boliviana YPFB, para manter as importações de gás boliviano enquanto as duas empresas negociam um adendo ao contrato atual, que vence nesta terça-feira (31/12), é tema de reportagem da edição de hoje da Folha de S. Paulo.
Conforme vem sendo noticiado pela imprensa nos últimos dias, o acordo garante o envio ao Brasil de 19,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia até 10 de março, quando está prevista a assinatura de adendo ao contrato com novos cronogramas de entrega. Nesse período, as duas partes negociarão ainda uma mudança na fórmula de indexação do gás, para alinhar os preços às cotações internacionais do combustível.
A reportagem da Folha informa que, na avaliação de especialistas, a mudança tem o objetivo de melhorar a competitividade do gás boliviano em um cenário de crescimento do comércio do combustível em navios e podem representar redução no valor da commodity.
Estados, municípios e Distrito Federal recebem R$ 11 bilhões do leilão de cessão onerosa
A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou ontem (30/12) que emitiu ordens bancárias no valor de R$ 11,73 bilhões para o Banco do Brasil creditar nas contas de estados, municípios e Distrito Federal. O montante, que estará disponível a partir desta terça-feira, último dia do ano, se refere a valores arrecadados pelo governo, a título de bônus de assinatura, no leilão do excedente da cessão onerosa de duas áreas do pré-sal da Bacia de Santos.
Na sexta-feira passada (27/12), a Petrobras e as companhias chinesas CNODC e CNOOC concluíram o pagamento dos R$ 69,96 bilhões do leilão, realizado no início de novembro. O consórcio, que arrematou os campos de Búzios e Itapu, pagou os R$ 35,54 bilhões que faltavam para quitar o bônus de assinatura do leilão. (Fonte: site da revista IstoÉ)
Geração de energia solar cresceu 1.700% em Minas Gerais; Cemig rebate críticas
O Diário do Comércio (MG) informa que nos últimos meses, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) tem sido alvo de críticas pela demora em atender aos pedidos de conexão de fazendas solares à sua rede de distribuição de energia. Em palestra durante a Semana do Engenheiro, a coordenadora de Estudos de Conexão de Acessamento ao Sistema Elétrico da Cemig, Ciceli Martins Luiz, negou que a demora seja fruto de uma determinação da estatal no sentido de não ampliar para outras empresas o mercado de geração de energia elétrica.
A demora se deve, segundo ela, à necessidade de investimentos na construção de subestações e redes de transmissão por parte da Cemig. E nem sempre, explicou, tais investimentos se dão na velocidade esperada pelas empresas que operam as fazendas solares. Segundo a coordenadora, nos últimos 36 meses, o crescimento de sistemas de energia solar no estado foi de 1.700%.
PANORAMA DA MÍDIA
O Ibovespa registrou alta pelo 4º ano consecutivo, o melhor resultado desde 2016; com a aprovação da reforma da Previdência, a expectativa de melhora da economia e recuperação das bolsas globais, os analistas projetam valorização de até 20% para o próximo ano. As ações das empresas que integram o Ibovespa (o principal índice da B3) avançaram 31,58% no ano, sem descontar a inflação, e estimativas do mercado apontam que elas devem voltar a subir em 2020, desta vez entre 12% e 21%. Esse é o principal destaque de hoje (31/12) dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo.
O jornal O Globo traz uma reportagem sobre as expectativas para 2020. De acordo com a apuração do jornal, após um ano priorizando a agenda econômica, o comando do Congresso Nacional definiu que continuará focado nas pautas que podem auxiliar a retomada do crescimento em 2020. Em detrimento de projetos de lei que tratem de costumes, os presidentes da Câmara, deputado Rodrigo Maio (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), prometem acelerar a votação de temas como a reforma tributária, a autonomia do Banco Central e o projeto que trata da flexibilização do licenciamento ambiental para obras.