Em reportagem produzida para o suplemento sobre infraestrutura e logística, publicado hoje (29/10), o Valor Econômico aborda as perspectivas para os próximos meses, de investimentos privados em concessões, Parcerias Público-Privadas (PPP) e desestatizações.
De acordo com a reportagem, o cenário apresenta diversas oportunidades que poderão destravar mais de R$ 50 bilhões em negócios. Entretanto, há um conjunto de questões regulatórias e jurídicas que representam desafios grandes a serem superados.
Na área de energia, a pandemia trouxe queda do consumo de eletricidade e, consequentemente, provocou a suspensão dos leilões de contratação de energia no mercado regulado. Além disso, a conjuntura derrubou os preços do petróleo, o que fez os certames de licitação de 128 blocos de óleo e gás também serem adiados para 2021.
Um destaque do setor tem sido o mercado livre de energia. Grandes empresas estão buscando contratos no ambiente livre de olho em preços mais baixos e nos certificados de energia renovável, uma tendência devida às mudanças climáticas. O Brasil é o segundo maior emissor dos certificados globais de energia renovável (IRECs), atrás apenas da China, com quase 9 milhões de RECs emitidos no ano. “O futuro do mercado é livre e renovável”, resume a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum.
A reportagem aborda, entre outros, temas como a adoção do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) Horário, em janeiro, e o lançamento, em breve, pelo Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE), dos contratos de derivativos de energia.
Geração volta a ganhar fôlego este ano
A geração de energia elétrica é outro tema abordado pelo suplemento sobre infraestrutura e logística publicado hoje (29/10) pelo Valor Econômico. A reportagem destaca que o ano de 2020 gerou menos energia e mais problemas para o setor elétrico brasileiro.
Houve queda de consumo, aumento da inadimplência no mercado livre e das distribuidoras, além de atrasos nas importações de equipamentos para as usinas, o que poderá causar problemas em relação ao cumprimento legal de prazos estabelecidos nos contratos. Ainda assim, passada a fase mais aguda da crise desencadeada pela pandemia da covid- 19, o setor começa a dar sinais de recuperação.
A geração de energia elétrica no país, que chegou a cair mais de 10% em virtude das medidas de isolamento, ganhou fôlego, crescendo 4,9% na primeira quinzena de outubro em relação ao mesmo período do ano passado, a maior variação positiva até o momento. “A perspectiva é de que continue subindo entre 3% e 4% até o fim do ano, comparados à carga do ano passado. Isso, com o isolamento cada vez menor e com a chegada do verão e do calor”, diz Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Ainda entre as reportagens publicadas pelo suplemento de infraestrutura e logística do Valor estão: “Iluminação e saneamento são as áreas de maior destaque”; “Renováveis impulsionam expansão do setor até 2024”; “Debêntures incentivadas mostram sinais de recuperação”.
PANORAMA DA MÍDIA
O recrudescimento da pandemia de covid-19 na Europa e nos Estados Unidos e seus impactos nos mercados globais são destaque na edição de hoje (29/10) dos principais jornais do país.
As Bolsas de Valores americanas e europeias fecharam em quedas que passaram de 4%, a cotação do petróleo também recuou 5% e até o ouro teve queda de 1,65%. O Brasil não escapou à onda mundial de pessimismo. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia com queda de 4,25%, aos 95.368 pontos, a maior baixa porcentual desde 24 de abril (-5,45%). O dólar chegou a ser cotado a R$ 5,79, recuou após uma intervenção do Banco Central (ler mais na pág. B3), mas acabou voltando a subir e fechou em R$ 5,76 com alta de 1,39%. (O Estado de S. Paulo)
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A França anunciou “lockdown”, versão mais rígida do distanciamento social, para todo o país a partir de amanhã (30/10). Na Alemanha, a primeira-ministra, Angela Merkel, disse que o país entrará em confinamento por um mês. Nos EUA, o número de novos casos diários de covid-19 superou os 70 mil da terça-feira, depois do recorde de 80 mil na última sexta-feira. Apesar disso, o Congresso tem sido incapaz de aprovar medidas de estímulo à economia. (Valor Econômico)
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“Temos que agir rápido, antes que as pessoas comecem a morrer em grandes números.” A frase dita ontem (28/10) por um dos mais respeitados virologistas do mundo, o belga Peter Piot, resume bem o atual estado de ânimo da Europa. Confrontadas com um crescimento incontrolável de novos casos de Covid-19, as duas principais potências europeias, Alemanha e França, voltaram a pronunciar a palavra que preferiam esquecer: “lockdown”. (Folha de S. Paulo)
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A poucos dias das eleições, os Estados Unidos lidam com um recrudescimento da pandemia de covid-19, elemento indissociável da corrida presidencial de 2020. Apenas na última semana, o país registrou quase 500 mil novos casos da doença, número sem precedentes que acirra as apreensões sobre como será o pleito do dia 3 e quando seu vencedor será conhecido. (O Globo)