As distribuidoras do grupo Neoenergia entraram na Justiça com mandados de segurança, com pedidos de liminar, contra os termos da resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que regulamentou a ‘Conta-Covid’, empréstimo emergencial ao setor elétrico.
Segundo reportagem do Valor Econômico, as concessionárias afirmam, no documento encaminhado à Justiça, que a Aneel impôs um prazo “arbitrário” de 10 dias para adesão à ‘Conta-Covid’ sem definir integralmente pontos considerados essenciais da operação financeira, como “as condições e os seus ônus”. Além disso, segundo as empresas, o regulador também não “assegurou o reequilíbrio econômico-financeiro da concessão ou a suficiência de recursos em contrapartida das renúncias e restrições a direitos exigidas para o exercício da referida adesão”.
As empresas do grupo solicitam a interrupção do prazo para adesão à ‘Conta-Covid’ até que essas questões sejam solucionadas. Pedem ainda que a Aneel tenha que definir, dentro de 30 dias, as providências caso os recursos do financiamento se mostrem insuficientes, além dos procedimentos de reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão diante dos impactos da pandemia.
Eneva avalia Omega e nova proposta por AES Tietê
O Valor Econômico informa que a geradora de energia Eneva continua em busca de ativos potenciais para crescer por meio de aquisição ou fusão. De acordo com a reportagem, a companhia teve uma conversa preliminar com a geradora de energia renovável Omega, avaliando a potencial incorporação ou compra de controle. No entanto, esse seria um plano B, uma vez que a companhia ainda não descartou uma nova tentativa de incorporação da AES Tietê, como ocorreu há dois meses.
Em fato relevante ao mercado, divulgado ontem (30/06) à noite, a empresa informou que está analisando a possibilidade de formular nova proposta para a combinação de negócios. Uma possível transação alternativa com a Omega se daria por acerto direto com o controlador da empresa.
A Omega é dona de parques de energia eólica e hidrelétrica. A companhia tem valor de mercado atual de R$ 6,03 bilhões – muito próximo ao da AES Tietê, avaliada em bolsa em R$ 6,3 bilhões. A Eneva vale um pouco mais que o dobro, com valor de mercado de R$ 13,9 bilhões.
Equatorial analisa leilão de concessão de saneamento
O presidente da Equatorial Energia, Augusto Miranda, disse ontem (30/06), em teleconferência de resultados, que a empresa estuda expandir sua atuação para o setor de saneamento e pode participar do leilão de desestatização da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), previsto para acontecer ainda neste ano.
O executivo explicou que a companhia tem uma área de fusões e aquisições dedicada a estudar uma série de oportunidades de crescimento. “Saneamento é um segmento naturalmente atrativo. Estamos olhando sim, até por obrigação”, afirmou. Segundo ele, a aprovação do novo marco regulatório de saneamento pelo Congresso, na semana passada, estimulou a companhia. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
O impacto da pandemia de coronavírus sobre o mercado de trabalho é o principal destaque de hoje (01/07) do jornal O Estado de S. Paulo. A pandemia provocou uma destruição massiva de postos de trabalho, informa o jornal. No trimestre em que a crise sanitária se agravou no país, de março a maio, 7,8 milhões de pessoas perderam o emprego. E, pela primeira vez, mais da metade da população brasileira em idade de trabalhar não tem nenhuma ocupação, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O Valor Econômico informa que a ajuda emergencial às populações vulneráveis pode levar o Nordeste a sair da recessão mais rapidamente do que o restante do país. Com a prorrogação do benefício por mais dois meses, anunciada ontem (30/06), o montante destinado à região vai chegar a R$ 50 bilhões, valor que representa 6,3% do Produto Interno Bruto (PIB) regional. Em todo o país, em média, a ajuda responde por 2,5% do PIB. Os dados fazem parte de um estudo dos economistas Ecio Costa, da Universidade Federal de Pernambuco, e Marcelo Freire, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado.
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Os jornais O Globo e Folha de S. Paulo trazem como principal destaque em suas edições desta quarta-feira (01/07) o pedido de demissão de Carlos Alberto Decotelli, indicado para o Ministério da Educação. O ministro, que não chegou a tomar posse, saiu após apontamentos sucessivos de informações falsas em seu currículo. Ele foi nomeado em 25 de junho e hoje, um novo ato deve ser publicado no Diário Oficial para tornar sem efeito a nomeação. O governo volta agora a buscar um nome para o comando da pasta, sem que haja um favorito até agora.
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A Folha de S. Paulo registra, também em destaque na primeira página da edição de hoje (01/07), o ciclone extratropical registrado ontem em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, com ventania e tempestade. Houve queda de árvores, destelhamento de casas, falta de energia e bloqueio de estradas. A Defesa Civil de Santa Catarina confirmou ao menos três mortes: uma idosa de 78 anos, de Chapecó, no oeste, atingida por uma árvore; um homem de Santo Amaro da Imperatriz, região metropolitana de Florianópolis, atingido por fios de alta tensão; e em Tijucas, litoral catarinense, uma morte foi causada por queda de estrutura. Uma pessoa está desaparecida. Em Nova Prata, na serra gaúcha, uma morte por soterramento foi registrada pela manhã devido a um deslizamento de terra causado pelo grande volume de chuvas.