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No Paraguai, ministros informam que Brasil não aceitará reajuste das tarifas de Itaipu – Edição do Dia

Reportagem do Valor Econômico indica que o governo brasileiro informou ontem (5/2) a autoridades paraguaias que não vai aumentar a tarifa de energia da Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional. Os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), e Relações Exteriores, Mauro Vieira, estão em Assunção para uma reunião sobre o tema com lideranças locais.

O argumento dado aos vizinhos é de que o governo brasileiro está preocupado com os efeitos de um eventual reajuste da tarifa sobre a conta de luz da população mais pobre. Silveira e Vieira também sustentam que custos maiores com energia podem prejudicar a indústria nacional e o desenvolvimento econômico do país.

A reportagem explica que o reajuste é muito importante para o Paraguai, já que o país vizinho recebe do Brasil o pagamento pela sobra de energia não utilizada da usina. Pelo Tratado de Itaipu, cada país tem direito a 50% da energia gerada pela hidrelétrica, mas os paraguaios nunca atingiram essa cota, consumindo menos de 20% do total produzido.

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Em 2022, por exemplo, o país vizinho consumiu 17% da energia gerada pela usina e os 33% restantes da parte paraguaia foram comprados pelo Brasil por cerca de US$ 1 bilhão. Em abril do ano passado, o Conselho de Administração de Itaipu aprovou o valor de US$ 16,71 por quilowatt, no que teria sido um consenso entre conselheiros brasileiros e paraguaios. Eleito pouco tempo depois com a promessa de renegociar o acordo, Peña faz pressão pelo reajuste.

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MME publica agenda regulatória para níveis de eficiência energética

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou ontem (5/2) a Resolução CGIEE nº 1/2024 que aprova a Agenda Regulatória do Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE) para o período 2024-2026 do comitê.

O documento apresenta todas as atividades que o grupo irá desenvolver nos próximos três anos, o que permite maior previsibilidade para o consumidor e para a indústria em relação a equipamentos, sistemas e edificações que serão objeto de estudos de melhoria na eficiência energética.

Entre os temas que o grupo irá trabalhar estão estudos sobre a iluminação indoor (doméstica), refrigeradores comerciais, edificações (residenciais, de serviço e públicas), condicionadores de ar comerciais. Estão incluídas, ainda, questões relacionadas à iluminação pública, ventiladores de mesa, fornos e fogões a gás e elétricos, bombas e compressores de ar. O CGIEE poderá revisar a Agenda Regulatória anualmente e ajustá-la, se necessário, para o próximo triênio. (Fonte: MME)

Exportação de energia a países vizinhos produz ganho de R$ 888 milhões

O Brasil exportou 844 megawatts médios de energia elétrica para a Argentina e Uruguai em 2023. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), esse foi o maior volume de toda a história do país.

Pelos cálculos da CCEE, o benefício para o Brasil chegou a R$ 888 milhões, dinheiro que permite reduzir o custo de produção nas hidrelétricas e ainda diminui os impactos na tarifa dos consumidores brasileiros, que são proporcionais ao total exportado. (Agência Brasil)

UE recua em meta para redução de emissões após protestos de fazendeiros

Bruxelas descartou ontem (5/2) uma meta recomendada para o corte nas emissões do setor agrícola dos gases que contribuem para o efeito estufa, enquanto os governos da União Europeia (UE) tentam conter os protestos dos agricultores contra a ambiciosa agenda ecológica do bloco.

Um roteiro sobre como cortar as emissões em 90% até 2040, que deverá ser divulgado pela Comissão Europeia nesta terça-feira (06), não inclui mais uma referência à meta de redução de 30% nas emissões de metano, nitrogênio e outros gases ligados à agricultura, segundo disseram ao jornal Financial Times três autoridades da UE envolvidas nas discussões.

A decisão surge na sequência de amplos protestos de agricultores na França, Alemanha, Bélgica e, mais recentemente, Itália, envolvendo bloqueios de vias públicas, demolição de estátuas e a necessidade de envio de tropas de choque. A resistência às regras ambientais de Bruxelas tem sido alimentada por uma percepção de que as autoridades estão ignorando as zonas rurais — um sentimento do qual a extrema direita vem tentando tirar proveito nesse período que antecede as eleições para o Parlamento Europeu previstas para junho. (Valor Econômico – com informações do Financial Times)

Como os EUA se tornaram o maior fornecedor de gás natural do mundo

O jornal O Estado de S. Paulo traz, hoje (6/2), uma reportagem produzida pelo americano The New York Times, que explica como em apenas oito anos, os Estados Unidos deixaram de vender quase nada de gás natural no exterior para se tornarem o fornecedor número 1 do mundo. Foi uma mudança notável que beneficiou as empresas de petróleo e gás e fortaleceu a influência americana no exterior.

A reportagem ressalta, ainda, que os ativistas do clima temem que o aumento das exportações de gás natural liquefeito piore o aquecimento global. No mês passado, o governo Biden disse que iria pausar o processo de licenciamento para novas instalações que exportam gás natural liquefeito a fim de estudar seu impacto sobre as mudanças climáticas, a economia e a segurança nacional.

Mesmo com a pausa, os Estados Unidos continuam no caminho certo para quase dobrar sua capacidade de exportação até 2027 devido aos projetos já autorizados e em construção. Mas quaisquer expansões além dessa data estão agora em dúvida.

Novos apagões em SP devem ser incluídos em processo administrativo contra Enel, determina Lewandowski

O Valor Econômico informa que em um dos primeiros atos à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), o ministro Ricardo Lewandowski determinou que novos apagões em São Paulo devem ser incluídos em um processo administrativo instaurado pela Pasta em dezembro do ano passado em desfavor da Enel, distribuidora de energia que atende o estado.

A norma determina que, em caso de blecaute, a Enel terá até 20 dias para defesa e deverá apresentar detalhes do incidente e as ações empreendidas para solucionar o problema. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do MJSP que cuida de demandas dos consumidores, avaliará as informações oferecidas pela empresa antes de aplicar possíveis sanções.

Subestação pega fogo e deixa 40 mil unidades sem energia em Campo Grande (MS)

Uma explosão seguida de incêndio em uma subestação de energia da Energisa, na Vila Progresso, em Campo Grande (MS), provocou a morte de uma pessoa e deixou cerca de 40 mil unidades consumidoras sem eletricidade, na madrugada de ontem (5/2).

A principal suspeita é que a unidade tenha sofrido uma tentativa de furto de cabos, ocasionando um curto-circuito e as chamas na sequência. Em nota, a Energisa informou que o incidente danificou equipamentos da subestação e causou a interrupção no fornecimento de energia, que foi restabelecido totalmente às 6h36. O episódio segue em investigação pelas autoridades competentes. As informações foram publicadas pelo Canal Solar.

Moradores de Niterói estão sem energia elétrica desde a chuva de domingo

A chuva forte que caiu sobre a cidade do Rio de Janeiro e a região metropolitana, na tarde de domingo (4/2), e deixou alagamentos em diferentes pontos, ainda causa prejuízos, conforme indica reportagem do jornal O Globo.

Em Niterói, o temporal foi acompanhado de ventos fortes e muitos raios e provocou a queda de várias árvores sobre a rede elétrica em localidades distintas, o que causou um apagão que seguia ao menos até a tarde de ontem (5/2). De acordo com a Enel, distribuidora de energia elétrica, as quedas das árvores causaram danos na rede que demandam a reconstrução de trechos inteiros.

A concessionária afirmou, ontem, que havia normalizado o fornecimento de energia de mais de 67% dos clientes de Niterói. A companhia diz ainda, em nota, que “segue trabalhando ininterruptamente com aumento em até quatro vezes o número de equipes em campo, para concluir os últimos reparos na rede elétrica e normalizar o serviço o mais breve possível no município”.

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: A fusão entre Arezzo e Soma, maior acordo do mercado de moda brasileiro, teve seu plano apresentado ontem. O projeto é criar um grupo global, trazer marcas internacionais para o país e retomar a estratégia de aquisições, para crescer mais rapidamente.

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O Globo: O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), proferiu nesta segunda-feira (5/2) o seu discurso mais duro em cerimônia de abertura do ano Legislativo, em pronunciamento cheio de recados ao governo. (…) Em plenário, Lira cobrou o cumprimento de acordos firmados, disse que “errará” quem apostar na inércia da Casa por causa das eleições municipais e elevou a tensão na queda de braço pelo controle das contas públicas ao dizer que a peça orçamentária “pertence a todos e não apenas ao Executivo”.

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Os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo trazem como principal destaque da edição desta terça-feira (6/2) a informação de que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli determinou que a ONG Transparência Internacional seja investigada por supostamente se apropriar indevidamente de recursos públicos na época da Operação Lava Jato.

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