A Norte Energia, responsável pela construção e operação da usina hidrelétrica de Belo Monte, informou ontem (28/9) que comercializou 4.412 MW médios (equivalente a 19.165 GWh) no primeiro semestre do ano, considerando o ambiente de contratação livre (ACL) e o ambiente de contratação regulada (ACR), um resultado bem próximo ao certificado de garantia física da usina, que é de 4.571MW.
De acordo com o portal Brasil Energia, a marca, baseada em dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), coloca a usina de Belo Monte como a maior vendedora entre todas as fontes de energia do país, renováveis e não renováveis.
Para o diretor de comercialização da empresa, Franklin Kelly Miguel, o resultado reflete a nova estratégia de venda adotada em 2022. “Esse volume de energia comercializado entre janeiro e junho foi atingido devido à mudança que fizemos na estratégia de venda a partir do segundo semestre do ano passado, quando passamos a explorar a totalidade do certificado da garantia física no processo de venda, passando a fazer a gestão ativa do GSF (risco hidrológico), que é fator de escala de geração, aplicado sobre todas as usinas hidrelétricas”, explicou.
A produção de Belo Monte no primeiro semestre correspondeu a 9,4% (29.125 GWh) de toda a energia utilizada no país, o equivalente ao consumo de 30 milhões de residências.
Linhão do Madeira, que leva energia de Girau e Santo Antônio ao Sudeste, volta a operar
O Valor Econômico informa que o linhão do Madeira, que conecta as usinas de Jirau e Santo Antônio ao Sudeste, voltou a operar completamente este mês. Um incêndio na sala de válvulas do polo 4 na subestação Coletora Porto Velho, ocorrido em dezembro de 2022, impedia que o Complexo do Madeira operasse na capacidade máxima.
O restabelecimento do serviço ocorre com cinco meses de atraso — a previsão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) era para abril deste ano. Como as usinas são a fio d’água, ou seja, não têm capacidade de armazenamento, foi necessário que elas liberassem água que poderia ser usada para geração de energia, o chamado vertimento turbinável, no jargão do setor.
Com o fim do inverno e a entrada do período úmido, a previsão é que as chuvas aumentem e as usinas possam gerar energia e despachar para os centros consumidores, conforme ocorram determinações do ONS, órgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN).
RZK Energia conclui compra de usina a biogás no Rio de Janeiro
O portal Energia Hoje informa que a RZK Energia concluiu esta semana a aquisição da UTE Bromélia, movida a biogás e localizada na região Norte Fluminense. Com a compra, a empresa, que chega a sua 20ª usina em operação, entre solares e biogás para o mercado de geração distribuída, soma mais 2 MW de capacidade ao seu portfólio, atingindo um total de 92 MW em 2023.
ONS elevou o limite de intercâmbio de energia do NE na última quarta-feira
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ampliou os limites de exportação de energia do Nordeste para o Sudeste/Centro-Oeste e o Norte dos atuais 8.000 MW para 10.800 MW.
Os novos parâmetros passaram a valer na noite da última quarta-(27/9). Após a ocorrência de 15 de agosto (apagão em 25 estados e Distrito Federal), os limites de exportação desse subsistema estavam reduzidos, dentro de uma política operativa conservadora que visou assegurar o equilíbrio do Sistema Interligado Nacional (SIN) até que as causas para a perturbação tivessem sido identificadas. A adoção desses parâmetros mais restritos era uma prerrogativa do Operador, prevista em procedimentos de rede.
Num primeiro momento, o fluxo de energia Nordeste-Sudeste/Centro-Oeste (FNESE) estava restrito a montantes iguais ou menores que 5.000 MW e agora podem ser iguais ou menores que 6.000 MW. No Fluxo Nordeste-Norte (FNEN), o patamar máximo era 3.000 MW e agora está em 4.800 MW. Os novos limites ainda são inferiores aos praticados nos períodos anteriores a 15 de agosto.
A recomposição total desses limites está atrelada à conclusão das recomendações apontadas pelo ONS para aprimorar o desempenho das usinas, conforme descrito na minuta do Relatório de Análise da Perturbação (RAP).
A revisão dos limites de intercâmbio foi possível após novos estudos utilizando uma nova base de dados provisória para estudos de estabilidade. O objetivo foi estabelecer uma referência alinhada ao desempenho observado das usinas durante a perturbação, uma vez que a causa raiz da intercorrência foi a inconsistência nos dados fornecidos pelos agentes e aqueles aferidos no momento da interrupção. (Fonte: ONS)
Petrobras não tem pressa para avaliar recompra de refinarias e estuda parceria com a Vibra
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse ontem (28/9) que a avaliação sobre a recompra de ativos vendidos pela empresa nos últimos anos será feita “a seu tempo” e com critério. Segundo ele, nem todas as refinarias negociadas pela companhia fazem sentido voltar ao portfólio da estatal.
Na véspera, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu que a Petrobras recompre as refinarias que privatizou. E afirmou que está conversando com a estatal sobre essa possibilidade “dentro de regras de mercado”.
Prates também comentou que a Petrobras cogita voltar ao mercado de distribuição de combustíveis, mas que uma eventual recompra da Vibra (antiga BR Distribuidora) não é “algo que faça sentido priorizar” neste momento.
A estatal, contudo, vê potencial de avançar em parcerias com a Vibra, em negócios específicos como o setor elétrico (a Vibra é sócia da comercializadora Comerc) e hibridização de veículos, com o objetivo de aproximar a Petrobras do consumidor final. As informações foram publicadas pela Agência EPBR.
Petrobras e Vale se unem em busca de energias sustentáveis
Petrobras e Vale assinaram ontem (28/9) memorando de entendimento (MoU) para trabalharem juntas em projetos para soluções de baixo carbono, aproveitando as “expertises técnicas” das duas empresas. A parceria terá duração de dois anos e prevê a avaliação de oportunidades conjuntas de descarbonização.
A lista inclui o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis – como o hidrogênio, metanol verde, biobunker, amônia verde e diesel renovável – e de tecnologias de captura e armazenamento de CO2. A parceria prevê também avaliação de potenciais acordos comerciais para fornecimento de combustíveis de baixo carbono produzidos pela Petrobras para consumo nas operações da Vale. (Agência Petrobras)
Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que os valores de investimentos serão estudados dentro das análises das empresas até julho do ano que vem. Segundo o diretor de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, “serão contratos bilionários se o negócio for adiante.”
Petrobras faz 70 anos com eventos no Rio, em Brasília e em Salvador
A Petrobras dará início na próxima terça-feira (3/10) à agenda de comemorações de seus 70 anos. O primeiro evento será no Cenpes (Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello), no Rio de Janeiro, cidade-sede da companhia.
Na primeira agenda, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, deverá falar da história da companhia e dos planos para o futuro da empresa, levando em conta as demandas pela transição energética. No quarta-feira (4/10), o anfitrião será o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, onde haverá uma sessão solene alusiva aos 70 anos da companhia. (Folha de S. Paulo)
Publicada cartilha de perguntas e respostas que detalha os benefícios do sinal locacional
Está disponível no site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) uma cartilha de perguntas e respostas com detalhes sobre o funcionamento do sistema de transmissão de energia elétrica no Brasil.
A publicação explica como são aplicadas as tarifas de transmissão e detalha como a metodologia do sinal locacional pode beneficiar o desenvolvimento do país. A Aneel explica que nos últimos anos, consumidores do Norte e Nordeste pagavam mais pela tarifa de uso por serem importadores de energia e, consequentemente, demandarem mais a rede de transmissão.
Com a geração da usina de Belo Monte no Norte e a expansão das usinas eólicas e solares no Nordeste, as duas regiões passaram de importadoras para exportadoras de energia. Diante desse cenário, a Aneel aprovou a nova metodologia de cálculo da TUST (Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão) – a TUST locacional, que prevê a redução dessas tarifas para os consumidores localizados nos estados do Norte e Nordeste, por estarem mais próximos da geração. (Fonte: Aneel)
Aneel recebe subsídios para alteração de procedimentos de rede relacionados ao ONS
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informa que até o dia 3 de novembro, interessados poderão participar da tomada de subsídios 016/2023 sobre a alteração dos procedimentos de rede relacionados à conformidade regulatória do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Serão mudanças em alguns submódulos dos procedimentos de rede para tratamento de não conformidades identificadas no 1º ciclo de gestão da conformidade regulatória do ONS. O objetivo é aperfeiçoar sete submódulos que tratam da elaboração e manutenção do manual de procedimentos da operação; definição das redes do Sistema Interligado Nacional (SIN); planejamento da operação elétrica de médio prazo, quadrimestral e mensal; programação de intervenções em instalações da rede de operação procedimental e manutenção do sistema de medição para faturamento. (Fonte: Aneel)
Estados e municípios recebem mais de R$ 1,8 bilhão em royalties em exploração de petróleo e gás
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) concluiu, na última segunda-feira (25/09), a distribuição de mais de R$ 1,8 bilhão em royalties para estados e municípios. Os valores relativos aos contratos de concessão e cessão onerosa baseiam-se na produção de julho de 2023 e irá beneficiar 946 municípios, em 11 estados.
O valor repassado aos entes estaduais foi de R$ 807,7 milhões, enquanto os municípios receberam R$ 997,8 milhões. Além disso, foram repassadas parcelas dos royalties à União e ao Fundo Especial. (Fonte: MME)
Excesso de chuvas no RS vai afetar produtividade do trigo e da cevada
Reportagem do Globo Rural destaca que o excesso de chuvas no Rio Grande do Sul nas últimas semanas deve afetar a qualidade e a produtividade de culturas de inverno como trigo e cevada na atual safra. Além disso, também pode adiar o plantio de arroz e de soja no estado.
A situação mais complicada é do trigo. As principais regiões produtoras de trigo apresentam alta umidade do solo, de acordo com Hamilton Jardim, coordenador da comissão de trigo da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). Segundo ele, o rendimento do trigo pode realmente ser menor que o inicialmente esperado. No entanto, ponderou que ainda é cedo para quantificar o desempenho dos cultivos.
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: Petrobras busca plano B para explorar novas áreas da Margem Equatorial. A dificuldade em obter licença ambiental para perfurar poços de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, levou a Petrobras a buscar um plano B com foco em áreas do Nordeste. Documento obtido pelo Valor mostra que a companhia pediu ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para priorizar o licenciamento de dois blocos na bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, onde a estatal já produz petróleo, mas quer ampliar presença nessa parte da Margem Equatorial.
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O Globo: Em reunião marcada fora da agenda, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi ao encontro do presidente da Câmara, Arthur Lira, na manhã de ontem (28/9), em Brasília, para tentar destravar e acelerar a pauta econômica no Congresso. Haddad voltou a atuar como articulador político, após duas semanas de agenda praticamente vazia na Casa.
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O Estado de S. Paulo: Barroso assume presidência do STF com discurso a favor de “autocontenção e diálogo”. Ao tomar posse, ontem (28/9), o novo presidente do Supremo Tribunal Federal procura distensionar relação com o Congresso e diz que “não há poderes hegemônicos”.
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Folha de S. Paulo: As contas do governo central tiveram um rombo de R$ 104,6 bilhões nos primeiros oito meses deste ano. Trata-se do pior resultado nessa comparação para um primeiro ano de mandato presidencial, segundo informações do Tesouro Nacional. O déficit indica que o governo gastou mais do que arrecadou no período. O dado agrega estatísticas do Tesouro, Banco Central e INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).