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Nova certificação pode estimular produção de hidrogênio verde no Brasil – Edição da Manhã

A Folha de S. Paulo informa que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) planeja criar uma certificação para estimular a produção de hidrogênio verde no Brasil, garantindo que a eletricidade usada no processo tenha origem em fontes de energia limpa.

A reportagem explica que, considerado o combustível do futuro, o hidrogênio pode ser usado na indústria e até para abastecer veículos e é produzido a partir da água, por meio de um processo térmico. É uma das apostas para reduzir a emissão de carbono.

Companhias de energia estão pesquisando regiões no Nordeste e no Rio de Janeiro para investir na produção de hidrogênio, aproveitando a presença de grandes reservatórios de água de usinas hidrelétricas.

Rentabilidade das elétricas volta a ficar positiva

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Um estudo desenvolvido pela KPMG e pelo Instituto Acende Brasil revela que após três anos no vermelho, a rentabilidade do setor elétrico ficou ligeiramente no terreno positivo em 2020. O resultado global das 47 companhias de geração, transmissão e distribuição pesquisadas foi de R$ 1,892 bilhão.

Apesar de modesto, o desempenho é descrito no estudo como o que se espera de um setor altamente regulado: valor econômico agregado ao redor de zero, ou seja, retorno sobre o capital próximo ao custo de capital. Para os autores, significa que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) finalmente acertou a mão nas últimas definições da taxa de remuneração do capital investido – conhecida pela sigla WACC.

“O nome do jogo é previsibilidade. A volatilidade não é boa amiga de setores regulados”, diz o diretor-executivo do Instituto Acende Brasil, Eduardo Monteiro. “Não dá para ficar prematuramente animado, mas é muito positivo ter quebrado a tendência verificada nos anos anteriores.”

Ainda de acordo com o estudo, considerando o último quadriênio (2017-2020), acumula-se um resultado negativo em R$ 46,9 bilhões – o que sugere uma taxa regulatória desequilibrada no passado recente e destruição de valor no setor. (Valor Econômico)

Consumo de energia cai 3,4% em outubro, aponta ONS

O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) totalizou 68.793 megawatts (MW) médios em outubro, queda de 3,4% em relação ao mesmo mês em 2020, de acordo com o boletim mensal da carga do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), divulgado ontem (29/11).

Em relação a setembro deste ano, o volume representa queda de 2,7%. Já no acumulado de 12 meses, a carga cresceu 4,5% em comparação com período anterior. Segundo o ONS, as temperaturas abaixo do normal no mês, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste, contribuíram para a queda no consumo. Além disso, o órgão também aponta que houve influência, sobre a demanda de energia, da desaceleração do crescimento das vendas e da produção industrial devido à escassez de matéria-prima e às pressões sobre os preços para o Brasil. (Valor Econômico / ONS)

Além do etanol: diesel verde e querosene renovável são novas apostas do Brasil nos biocombustíveis

O jornal O Estado de S. Paulo traz hoje (30/11) uma ampla reportagem a respeito da produção de combustíveis renováveis no Brasil. Um dos exemplos citados é o grupo brasileiro ECB (dono da fabricante de biodiesel BSBios), com sede no Paraguai, que está investindo US$ 800 milhões (cerca de R$ 4,5 bilhões) em uma usina que produzirá combustíveis do futuro. Serão fabricados no local diesel verde (HVO) e querosene de aviação renovável. A planta deve começar a operar apenas em 2025, mas toda sua produção até 2030 já está vendida para a Shell e a BP.

“O comprometimento da sociedade (com a redução de carbono) em 2030 vai ser ainda maior. Então, a expectativa é que o negócio fique ainda melhor depois disso”, diz o presidente do EBC, Erasmo Carlos Battistella. O empresário pretende desenvolver um projeto semelhante no Brasil assim que o HVO for regulado no país – o assunto está em debate no Congresso.

Outro exemplo citado pela reportagem é a Brasil Biofuels, produtora de óleo de palma, que anunciou na semana passada a construção da primeira unidade de HVO do país, a ser instalada na Zona Franca de Manaus e que receberá um aporte de R$ 1,8 bilhão.

O HVO (sigla em inglês para óleo vegetal hidrotratado) emite até 85% menos gás carbônico que o diesel comum e pode ser usado em veículos a diesel sem que os motores precisem ser adaptados. Ele é produzido a partir de óleo de cozinha, de óleos vegetais, como óleo de palma, soja ou girassol, e de gorduras animais, que reagem com o hidrogênio.

Mistura de biodiesel no diesel continua em 10% em 2022

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu ontem (29/11) manter em 10% o teor da mistura obrigatória de biodiesel no diesel fóssil vendido nos postos do país para todo o ano de 2022. A medida contraria os interesses do setor produtivo, que pediu ao governo que fosse adotado o percentual de 13% – e que deveria estar em vigor desde março deste ano, mas que só foi adotado em um dos leilões desde então.

O percentual foi definido ontem, com a retomada da reunião do CNPE que havia sido suspensa na semana passada por falta de acordo sobre o tema. No momento, a adição está em 10% por causa de um corte temporário na mistura. Os ministérios da Agricultura e de Minas e Energia defendiam o B13, conforme previsto na lei. De acordo com a Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), a articulação para manter o teor mais baixo partiu da equipe econômica, sob a alegação de que a manutenção deve aliviar a pressão do preço do biodiesel sobre o valor final do diesel ao consumidor. (Valor Econômico)

Fusões e aquisições movimentam mercado de startups elétricas

Reportagem publicada hoje (30/11) pelo Valor Econômico indica que fusões, aquisições e investimentos de startups que atuam no setor de energia movimentaram R$ 217,6 milhões, em um total de oito transações entre dezembro do ano passado e outubro de 2021.

Um levantamento da plataforma de inovação Liga Ventures com apoio da firma de consultoria e auditoria PwC Brasil, mostrou a evolução de 220 startups da área de energia no período. De acordo com o estudo, os principais segmentos em que as companhias iniciantes no setor de energia atuam hoje no Brasil são geração compartilhada, eficiência energética e análise de dados. Há também crescente interesse nos segmentos de mobilidade elétrica, descarbonização, gestão do consumo e em soluções para o mercado livre de energia.

Das empresas estudadas, 15% estão na área de análise de dados. Gestão do consumo é outra área que também tem um percentual de startups interessante, dado que o preço da energia teve um salto enorme com a crise hídrica. Do total pesquisado, 11,8% das empresas se tornaram inativas, ou seja, interromperam atividades púbicas nos oito meses do estudo. Dessas, a maior parte atuava na área de novos equipamentos para o setor.

Transição energética terá custos elevados, diz diretor-geral da ANP

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia, afirmou ontem (29/11) que a transição energética para uma economia de baixo carbono terá custos elevados e que a sociedade precisa ser conscientizada sobre isso. “A transição vai ser cara e impactar muito a vida da gente… Não me parece que isso esteja sendo colocado claramente”, disse Saboia, durante evento on-line da FGV Energia.

Saboia também vê riscos à segurança energética global, uma vez que os investimentos em fontes renováveis não estão acontecendo na medida necessária para que a transição aconteça. “Há um estrangulamento do investimento em fósseis e subinvestimentos em renováveis. A conta não vai se fechar”, comentou.

Segundo o diretor-geral da ANP, a pressão da sociedade e investidores sobre as petroleiras já tem se traduzido nas estratégias das empresas e inibindo investimentos em novas fronteiras exploratórias. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

A Câmara dos Deputados e o Senado decidiram manter o orçamento secreto com repasses bilionários para redutos eleitorais parlamentares sem revelar quem apadrinhou essas verbas nos últimos dois anos. Esse é o principal destaque da edição de hoje (30/11) dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo.

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A nova variante ômicron, do coronavírus, representa um “risco muito elevado” para o planeta, advertiu ontem (29/11) a Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade destacou, ainda, que são muitas as incógnitas sobre essa cepa, especialmente acerca do perigo real que representa. “Dadas as mutações que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune, e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a ômicron se propague pelo mundo é elevada”, afirma a entidade. Até o momento, não houve registro de morte associada à variante. (Folha de S. Paulo)

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O Valor Econômico informa que a pandemia deixou um legado de 4,6 milhões de novos pobres no Brasil, em meio a um cenário de ausência de medidas para promover a recuperação econômica nessa faixa da população. A proporção de pessoas com renda per capita mensal de até R$ 261 era de 10,97% (23,1 milhões) em 2019. Em agosto de 2020, passou para 4,63% (9,8 milhões), o melhor ponto da série histórica, um efeito do Auxílio Emergencial pleno, segundo a FGV Social, a partir de microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e da Pnad Covid.

 

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