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Novas soluções no mercado livre ampliam leque de clientes – Edição da Manhã

Reportagem publicada hoje (30/09) pelo Valor Econômico ressalta que, em meio ao crescimento de dois dígitos do número de agentes no mercado livre de energia, comercializadoras vêm criando novos produtos para se diferenciar num ambiente cada vez mais competitivo, e acelerar a tendência de modernização do consumo de eletricidade.

Um dos exemplos citados pela reportagem é a 2W Energia, comercializadora focada no universo de pequenas e médias empresas. A 2W Energia está lançando um serviço para ajudar condomínios comerciais e residenciais na transição para o mercado livre, garantindo descontos de até 30% na conta de energia. Batizado de “Agregga”, o novo produto da 2W já conta com duas adesões: o centro comercial Le Gusta, no Rio de Janeiro, com 179 condôminos; e as áreas comuns do residencial Fazenda Boa Vista, da JHSF, em Porto Feliz (SP).

Já a comercializadora Electra Energy passou a atuar como “agregadora” no programa de redução voluntária da demanda de energia (RVD), lançado pelo governo como uma medida de enfrentamento da crise energética. Ela reúne cargas de empresas distintas que não conseguiriam, isoladamente, atender o volume mínimo de 5 MW para participar do programa. “Há a percepção de que o programa pode vir a ser permanente, feitos alguns ajustes, ou, na pior das hipóteses, um mecanismo disponível para outros momentos de crise”, afirma Leonardo Salvi, diretor de operações da Electra.

Conforme explica a reportagem, as migrações do ambiente cativo (atendido pelas distribuidoras) para o livre mostram tendência de alta desde o ano passado, impulsionadas pela pandemia e, mais recentemente, pela crise hídrica, que levou a uma disparada da conta de luz. O país fechou o mês de agosto com 9.580 consumidores no mercado livre, 18,2% acima do observado um ano antes, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Desse total, 1.115 são livres – podem escolher seu fornecedor sem restrições. Outros 8.465 se enquadram na categoria de “consumidores especiais”, com demanda entre 500 kW e 1,5 MW e direito à aquisição de energia gerada por pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) ou usinas eólicas, solares e a biomassa.

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Outro destaque tem sido o crescimento do ramo “varejista” do setor elétrico, que atende consumidores com cargas relativamente pequenas. Hoje, 37 comercializadoras estão habilitadas a atuar com a modalidade.

MME define preço de R$ 191 MWh para fone solar no leilão A-5

O Ministério de Minas e Energia (MME) definiu o preço inicial de R$ 191/MWh para as fontes solar fotovoltaica e eólica participantes do leilão de contratação de energia A-5, a ser realizado hoje (30/09).

O certame irá contratar energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração a partir de fonte hídrica, eólica, solar fotovoltaica, e termelétrica a biomassa, a gás natural, a carvão mineral nacional, e de tratamento de resíduos sólidos urbanos, com início de suprimento em 1º de janeiro de 2026. (portal Info Solar)

Estados devem discutir ICMS na conta de luz

O Espírito Santo enviou na última segunda-feira (27/09) proposta ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado nas contas de energia elétrica. A ideia do Estado é retirar do cálculo do imposto os valores cobrados das bandeiras vermelhas patamares 1 e 2.

O Valor Econômico informa que fontes próximas à Fazenda capixaba dizem que, conforme a evolução da discussão sobre o ICMS das bandeiras vermelhas, a ideia é colocar em discussão também a retirada da bandeira de escassez hídrica da base de cálculo do imposto. A proposta deve ser discutida amanhã (01/10), quando se realiza a próxima reunião do conselho. Para ter validade, a proposta do governo capixaba precisa ser aprovada pelo Confaz, entidade que reúne representantes do governo federal e demais estados.

Mato Grosso do Sul também tomou iniciativa para redução de ICMS nas contas de luz. O governo do estado sancionou neste mês lei que reduz o imposto sobre energia elétrica aos consumidores em três pontos percentuais a partir de outubro. A medida de Mato Grosso do Sul deve durar enquanto estiver em vigor a bandeira da escassez hídrica, que vigora desde o início de setembro, no valor de R$ 14,20 a cada 100 kWh.

Crise hídrica derruba otimismo das empresas

A crise hídrica está derrubando as expectativas da indústria e criando uma assimetria dentro do setor. Empresas mais dependentes de energia elétrica estão mais temerosas, em um ambiente de aumento do custo de energia e possibilidade de racionamento, informa o Valor Econômico.

Análise de empresas por perfil de utilização energética na Sondagem da Indústria, feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), mostra que a diferença interanual do Indicador de Expectativa da Indústria caiu com força em setembro, atingido terreno negativo. O indicador, feito com base nas perspectivas dos próximos três a seis meses em relação a fatores como produção prevista, emprego previsto e tendência de negócios, mostra que até junho as expectativas de empresas de alta, média e baixa intensidade do gasto com energia elétrica estavam alinhadas.

O indicador para indústrias consideradas de alta intensidade, segundo definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como minerais não metálicos, era então de 102,8 pontos. Para as de média, 102,2, e para as de baixa, como informática, 103,4.

Petrobras viola acordo com Cade por abertura do gás, diz indústria

O Valor Econômico informa que, dois anos após a assinatura de um acordo entre o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Petrobras, que buscava eliminar práticas anticompetitivas no mercado de gás natural, seis associações da indústria apontaram formalmente vários problemas no cumprimento dos compromissos assumidos pela estatal e pediram novas medidas do órgão antitruste para garantir a concorrência no setor.

A reportagem ressalta que a celebração de um termo de compromisso de cessação de condutas (TCC), em julho de 2019, foi um dos pilares do Novo Mercado de Gás anunciado pelo governo. O ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu na ocasião um “choque de energia barata” e falou em redução de até 40% nos preços do insumo à indústria.

Para além de medidas mais emblemáticas, como a venda de participação acionária da Petrobras nos gasodutos de transporte e nas distribuidoras estaduais de gás, o acordo estabelecia uma série de ações menos chamativas. O que esse grupo de associações argumenta é que a Petrobras mantém uma postura cuja consequência é limitar os efeitos do TCC na redução de barreiras e na remoção de dificuldades aos seus concorrentes no mercado.

“Nota-se a permanência de dificuldades para alcançar os objetivos de concorrência, transparência e eficiência em todas as cadeias do gás natural, bem como para monitorar o efetivo cumprimento dos compromissos assumidos pela Petrobras”, diz trecho do documento, enviado na terça-feira à cúpula do Cade e obtido pelo Valor. O texto é assinado por advogados que representam a Abrace (associação de indústrias eletrointensivas), a Anace (outros grandes consumidores de energia), a Abiquim (produtos químicos), a Abal (alumínio), a Abividro (fabricantes de vidro) e a Abpip (produtores independentes de petróleo e gás). Entre outras críticas citadas pela reportagem, o documento argumenta que a Petrobras impõe preços incompatíveis com o mercado e faz exigências de inflexibilidade no uso dessa infraestrutura que são tidas como inviáveis com um mercado em processo inicial de maturação.

Procurada pelo Valor, a Petrobras afirmou que está cumprindo “todos os compromissos” estabelecidos no acordo firmado com o Cade em 2019.

Câmara cria auxílio Gás Social para famílias de baixa renda

A Câmara dos Deputados aprovou ontem (29/09) o auxílio Gás Social, com valor de, no mínimo, 50% da média do preço nacional do botijão, com objetivo de subsidiar famílias de baixa renda. O texto foi aprovado em votação simbólica e, agora, segue para o Senado.

A Folha de S. Paulo explica que o projeto, de autoria do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), busca minimizar o efeito do preço do gás no orçamento das famílias de baixa renda. No ano, o preço médio do botijão de 13 quilos subiu 30%. O cenário vem levando famílias de baixa renda a optar por lenha ou carvão para cozinhar.

Segundo o texto, relatado pelo deputado Christino Aureo (PP-RJ), o Ministério da Cidadania regulamentará, até 60 dias após a publicação da lei, os critérios para elegibilidade das famílias de baixa renda que terão acesso ao subsídio, assim como a periodicidade do benefício.

Anuário Valor 1000: AES Energia é o destaque do setor

O anuário “Valor 1000” traz a relação das empresas de mais destaque na seleção em 26 setores, além de apresentar o ranking das 1000 maiores companhias do Brasil. A AES Energia foi o destaque do setor de energia elétrica e a Petrobras, em petróleo e gás. A cerimônia de premiação foi realizada ontem (29/09), de forma virtual.

Os resultados da atual edição foram consolidados a partir da análise de 1.102 balanços do exercício de 2020, ante 1.139 de 2019. A pandemia ajuda a explicar essa redução. Mesmo com o menor número de balanços analisados, a nota de corte de receita da última colocada do ranking cresceu, passando de R$ 431,8 milhões em 2019 para R$ 496,8 milhões em 2020.

O processo de coleta de dados e análise foi feito em parceria do Valor Econômico com a Serasa Experian e o Centro de Estudos em Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (Cef-EAESP/FGV-SP).

Dois novos fundos nascem para destravar mais de R$ 500 milhões em investimentos ESG

O jornal O Estado de S. Paulo informa que dois novos fundos brasileiros acabam de ser desenhados para destravar mais de R$ 500 milhões em investimentos diretos em projetos ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança). Os dois instrumentos estão sendo lançados nesta quinta-feira (30/09), pelo Laboratório Global de Inovação em Finanças Climáticas (Lab), um programa de aceleração de inovação financeira patrocinado pelos governos da Alemanha, Holanda, Suécia e Reino Unido e pela e pela Fundação Rockefeller, dos Estados Unidos.

O primeiro é um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), proposto pela Natura e pela Mauá Capital, que prevê captar US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 265 milhões) na fase-piloto. O segundo fundo será de renda fixa e servirá como garantia para os empreendedores ligados ao projeto proposto pela Associação Brasileira de Biogás (Abiogás). O Guarantee Fund for Biogas (GFB) servirá de garantia em empréstimos que serão tomados por desenvolvedores de projetos de biogás.

PANORAMA DA MÍDIA

A Petrobras informou ontem à noite (29/09) que irá destinar R$ 300 milhões para a criação de um programa social de apoio a famílias em situação de vulnerabilidade social, para garantir que tenham acesso a insumos essenciais, com foco no gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha.

O jornal O Globo destaca que a decisão foi anunciada dias depois de o presidente da estatal, general Joaquim Silva e Luna, ter afirmado que não haveria qualquer mudança na política de preços da estatal e que não caberia à empresa ações para subsidiar o preço do botijão de gás, um dos itens que mais pressionam os gastos das famílias de baixa renda.

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A disparada da inflação, que bateu 10% em 12 meses até setembro, segundo o IPCA-15, trouxe um problema adicional para os brasileiros na hora de ir às compras: uma grande variação de preço de um mesmo produto entre estabelecimentos diferentes, conforme mostra reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com levantamento feito pela reportagem, das cotações de 15 itens de consumo básico, entre alimentos e produtos de higiene e limpeza, há diferença de até 578% no preço do mesmo creme dental, por exemplo. A embalagem do produto com 90 gramas, da mesma marca, foi encontrada pelo menor preço de R$ 1,18 e o maior, de R$ 8.

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A Folha de S. Paulo traz como principal destaque da edição desta quinta-feira (30/09), o depoimento feito ontem à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado pelo empresário catarinense Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan. O jornal informa que, em uma sessão tumultuada, Hang negou fazer parte do gabinete paralelo que assessorava o governo federal em questões da pandemia de covid-19. O empresário também defendeu o tratamento da doença com remédios sem eficácia comprovada.

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O prêmio “Valor 1000” é o principal destaque da edição de hoje (30/09) do Valor Econômico. Segundo o jornal, em 21 anos, desde a criação do prêmio, as lideranças empresariais do país nunca foram tão desafiadas. A pandemia exigiu mais criatividade para lidar com a crise sanitária e preservar os negócios. E quando a vacinação finalmente chegou e parecia trazer alívio à atividade, surgiram outros problemas.

Pressão inflacionária e alta dos juros se somaram a um contexto já conturbado pela necessidade de resolver questões urgentes, como reformas estruturais e equilíbrio das contas públicas, agravado pela crise política. Para grande parte dos empresários e executivos que participaram da entrega virtual do prêmio “Valor 1000”, na noite de ontem, o Brasil não terá paz enquanto os três Poderes não se entenderem.

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