A reestatização da Eletrobras, privatizada este ano pelo governo Jair Bolsonaro (PL), saiu dos planos do PT caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito, segundo disseram fontes do partido, ao Valor Econômico. Isso porque o resultado mais apertado do que o esperado e o fortalecimento dos partidos de direita no Congresso tornaram mais custoso reverter a operação.
Na avaliação deles, há outras prioridades muito maiores para gastar o capital político. O discurso dos petistas, agora, é de que o governo conseguirá influenciar os rumos da companhia por possuir 40% das ações da empresa, por meio da participação direta da União ou do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, tem uma “golden share”, ação especial capaz de vetar determinadas decisões, sem precisar consultar os demais acionistas.
EDP Brasil desiste de vender usinas hidrelétricas de Jari e Cachoeira
O presidente da EDP Brasil, João Marques da Cruz, informou hoje (27/10), em teleconferência de resultados, que a companhia não está mais vendendo as usinas hidrelétricas Santo Antônio do Jari e Cachoeira Caldeirão, localizadas no Amapá. O executivo afirmou que as ofertas apresentadas por interessados ao longo do processo de venda não embutiam valores considerados justos pelos ativos.
Em maio, a empresa havia anunciado que estava negociando com exclusividade a venda das duas hidrelétricas com o fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ).
Segundo Marques da Cruz, os processos de alienação dessas duas hidrelétricas poderão ser reabertos no futuro, caso o mercado resolva precificar os ativos de acordo com o que a EDP considera justo.
Em relação à hidrelétrica Mascarenhas, vendida à britânica Victory Hill Global, o executivo disse que a expectativa é de concluir a operação até o final deste ano. (portal UOL – com informações da agência Reuters)
Economia de baixo carbono exigirá investimentos de até US$ 6 trilhões ao ano, diz Pnuma
A janela de oportunidade de o mundo cumprir os objetivos do Acordo de Paris e conter o aquecimento global a níveis mais seguros está se fechando, conforme explica reportagem do Valor Econômico. Apesar da promessa dos países de aumentar a ambição de seus compromissos climáticos, feita na conferência do clima de Glasgow, em 2021, o progresso foi pífio — menos de 1% das emissões globais estimadas para 2030.
A transformação global para a economia de baixo carbono irá exigir investimentos de US$ 4 trilhões a US$ 6 trilhões ao ano, o que representa 1,5 a 2% do total de ativos financeiros. A parcela é de 20% a 28% considerando os recursos anuais adicionais necessários. Isso implica na transformação do sistema financeiro internacional, incluindo todos os processos e atores – governos, bancos centrais, bancos de desenvolvimento, bancos comerciais e investidores.
A estimativa faz parte do “Emissions Gap Report 2022: A janela que se fecha: a crise climática exige rápida transformação da sociedade”, produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Esta é a 13ª edição do relatório anual que mostra a lacuna existente entre as emissões de gases de efeito estufa esperadas para 2030 e onde a curva deveria estar para evitar os piores impactos do aumento da temperatura.
PANORAMA DA MÍDIA
A taxa de desemprego desceu de 8,9% no trimestre terminado em agosto para 8,7% no trimestre encerrado em setembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira (27/10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a sétima queda seguida no desemprego no país, que registrou uma abertura de 1 milhão de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre, fazendo o total de ocupados alcançar novo recorde, 99,269 milhões de pessoas.
Já a população desempregada diminuiu em 621 mil pessoas em um trimestre, totalizando 9,460 milhões de brasileiros em busca de uma vaga no trimestre até setembro, menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015. (O Estado de S. Paulo)