A queda de 7,08% no preço da gasolina nas refinarias, anunciada ontem (01/09) pela Petrobras, pode conduzir o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mensal de setembro a uma taxa negativa, segundo projeções do economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
O recuo, que entrará em vigor nesta sexta-feira (02/09), deve pegar o “IPCA cheio”, nas palavras do economista, ou seja, impactar o resultado completo do indicador inflacionário no mês, visto que ocorre no início de setembro – e também deve ajudar a frear o resultado anual da inflação pelo índice, que mensura taxa de inflação oficial do país. (Valor Econômico)
Integridade da maior usina da Europa foi ‘violada’ diz diretor da AIEA
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) concluiu sua inspeção na usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, e vai manter membros no local para maior controle da situação após ter visto que a integridade da usina foi “violada”. A visita vinha sendo negociada há semanas entre agentes internacionais, Ucrânia e Rússia, por conta da aproximação cada vez maior dos conflitos na região da instalação, que apesar de ser operada por ucranianos, está sob domínio russo.
Rafael Grossi, diretor-geral da AIEA, disse que viu “as principais coisas que eu precisava ver” e sua equipe conseguiu reunir “muita informação” durante a visita. Mas ressaltou que há problemas no local. “É óbvio que a usina e a integridade física do local foram violadas várias vezes”, disse o diretor à imprensa, após retornar da missão de inspeção. A agência ucraniana de energia atômica e operadora da usina, Energoatom, reportou que cinco representantes da AIEA permaneceriam em Zaporizhzhia, provavelmente até sábado. (Valor Econômico)
USP e Shell assinam acordo para produzir hidrogênio renovável
A Universidade de São Paulo (USP)) assinou ontem (01/09) um acordo de cooperação com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e as empresas Shell Brasil, Raízen e Hytron para o desenvolvimento de duas plantas de produção de hidrogênio renovável a partir do etanol.
A primeira será construída para produzir 5 kg/h (quilogramas por hora) da fonte de energia renovável, enquanto a 2ª tem capacidade 10 vezes maior, de 44,5 kg/h. O acordo inclui uma estação de abastecimento veicular no campus da USP, em São Paulo.
A expectativa é de que um dos ônibus utilizados pelos estudantes e visitantes da Cidade Universitária deixe de utilizar diesel e os tradicionais motores a combustão interna para começar a utilizar hidrogênio produzido a partir do etanol e motores equipados com células a combustível (fuell cell). Segundo comunicado da USP, esse será o primeiro posto de hidrogênio a partir de etanol no Brasil e no mundo. O início da operação está previsto para 2023. (portal Poder 360)
PANORAMA DA MÍDIA
A alta do Produto Interno Bruto (PIB), divulgada ontem (01/09) é destaque da mídia nesta sexta-feira (02/09). A economia brasileira cresceu com força no segundo trimestre, avançando 1,2% em relação ao trimestre anterior, puxada pelos serviços e pela indústria, no lado da oferta, e pelo consumo das famílias e pelo investimento, no lado da demanda. (Valor Econômico)
Embalada pela retomada de atividades após o avanço da vacinação, a economia brasileira cresceu 1,2% acima das previsões do mercado, que esperava alta de 0,9% sobre o período de janeiro a março. Foi o quarto trimestre seguido de expansão. (O Globo)
O aumento das despesas de consumo das famílias (2,6%), o avanço do investimento (4,8%) e o dos serviços (1,3%) reforçam o diagnóstico de que foi a retomada pós-covid-19 o principal fator que ajudou a aceleração. Também empurraram nessa direção, embora subsidiariamente, certas políticas de renda, como a distribuição do Auxílio Brasil e a antecipação do 13º salário dos aposentados. (análise de Celso Ming / O Estado de S. Paulo)
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A Folha de S. Paulo traz, como principal destaque da edição de hoje (02/09), o resultado da última pesquisa Datafolha, de intenção de votos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 48% dos votos válidos, na conta que exclui os brancos e nulos do cômputo final, utilizada pelo Tribunal Superior Eleitoral para definir o resultado da eleição. Nela, vence de forma direta quem tiver 50% mais um voto. Na pesquisa passada, em agosto, o petista tinha 51%. Em junho, 53%. Em maio, 54%. Considerando a margem de erro de dois pontos (para mais ou para menos), isso significa que ele pode ter hoje 46% ou 50%, insuficientes em tese para vencer. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal opositor, tem 39%. Ciro Gomes (PDT) marca 10% e Simone Tebet (MDB), 5%.