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Novo ministro de Minas e Energia diz que vai lutar por redução de tarifas no país – Edição da Manhã

O novo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que irá “lutar” pela redução das tarifas de eletricidade do país. Ao assumir o cargo nesta segunda-feira (02/01), o senador pelo PSD, em fim de mandato, defendeu o aumento da capacidade de refino de derivados de petróleo no país.

“No setor elétrico, nossas maiores batalhas serão no campo da modicidade tarifária e da efetiva universalização da energia de qualidade, limpa e sustentável. Precisamos exterminar a miséria elétrica. Vamos trabalhar para concluir o programa Luz Para Todo (voltado para universalização do acesso à energia). Temos que lutar com afinco pela redução das tarifas de forma ampla, estrutural e duradoura. E também garantir a tarifa social de energia elétrica”, disse o ministro.

Numa cerimônia concorrida no auditório do Ministério de Minas e Energia, Silveira disse que o planejamento do setor não pode errar, sob pena de o país viver sob risco de apagão – como foi em 2021, por conta da seca na região das hidrelétricas. (O Globo)

Silveira defende investimento em refino de petróleo bruto

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O Valor Econômico traz, hoje (03/01), informações sobre a posse de ministros em Brasília e suas primeiras propostas. O novo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu o retorno do investimento do país em capacidade de refino de petróleo bruto para que o mercado interno esteja menos suscetível às oscilações de preço internacional.

“Apesar de sermos, muito graças à Petrobras, a maior produtora de petróleo da América Latina, nossa capacidade de refino deficitária nos torna reféns da importação de derivados de petróleo e de gás natural, deixando o mercado nacional exposto às constantes e abruptas oscilações internacionais de preço”, afirmou Silveira, durante a solenidade que marca a sua chegada ao comando do ministério.

“Precisamos implementar um desenho de mercado que promova a competição, mas que preserve o consumidor da volatilidade de preço dos combustíveis”, afirmou o novo ministro.

Empresas encaminham projetos de geração de energia eólica em alto-mar

Reportagem publicada hoje (03/01) pelo jornal O Estado de S. Paulo ressalta que grandes petroleiras e empresas de energia têm interesse crescente na geração de energia eólica offshore (em alto-mar) no Brasil. No início de dezembro chegou a 70 o número de projetos protocolados no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para licenciamento ambiental.

De acordo com a reportagem, esses projetos têm potencial de gerar 176,6 gigawatts (GW). Joga contra, a lentidão na regulamentação da atividade, que já empurrou os primeiros leilões de cessão de área no mar para 2024. Mesmo assim, segundo especialistas, a busca para desenvolver a atividade no Brasil deve se manter devido à pressão da transição energética e às condições naturais da costa.

A previsão é levantar as primeiras usinas eólicas em alto-mar do país só no fim da década ou depois de 2030, mas os interessados já se movimentam. Em função da escala do investimento necessário, algumas empresas do setor de energia, as chamadas “majors”, começam a alinhar parcerias.

UE estuda alterar seu sistema de precificação de energia

A União Europeia (UE) estuda mudar seu sistema de precificação de energia para priorizar as fontes de energia renovável, segundo o “Financial Times” (FT). A ideia é que a alteração acabe com o sistema de “ordem de mérito”, que define o preço da eletricidade do bloco baseado no custo do combustível mais caro usado na região.

Por muito tempo o sistema funcionou bem devido ao baixo custo do gás natural, porém com o corte de fornecimento do combustível pela Rússia, a alta do gás puxou o custo de todas as outras fontes de eletricidade da UE. Segundo o “FT”, a comissária da UE para assuntos de energia, Kadri Simson, disse que a ideia é que o novo sistema não acabe com a geração de energia pela queima de combustíveis fósseis, mas que ele permita que a geração de eletricidade por essas fontes não seja necessária a todo momento. A UE pretende lançar uma consulta sobre as possíveis reformas e publicará uma proposta completa até o final de março, segundo o “FT”. O plano visa diminuir o custo da energia no bloco. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

O discurso de posse do novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a reação do mercado são os principais destaques, hoje (03/01), na mídia impressa.

Haddad defendeu a adoção de “metas factíveis” para as contas públicas. Descartou, por exemplo, um déficit primário menor que R$ 60 bilhões neste ano. Comprometeu-se, porém, a apresentar um novo arcabouço fiscal ainda no primeiro semestre. (Valor Econômico)

O discurso de posse de Fernando Haddad foi bem recebido pelos analistas, mas todos foram unânimes em cobrar ações concretas em relação à política fiscal. Ele voltou a dizer que vai apresentar uma nova âncora até junho. (O Globo)

A sinalização de que o novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será mais intervencionista na economia e a falta de clareza sobre qual será a agenda do Ministério da Fazenda preocuparam os investidores. Ontem (02/01), o Ibovespa  o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira – fechou em forte queda, influenciado pelo desempenho dos papéis de empresas estatais. O dólar subiu. (O Estado de S. Paulo)

Nas próximas semanas, Haddad precisará cumprir o que prometeu e começar a detalhar o caminho a ser trilhado pelo ministério sob sua liderança. Se pretende entregar uma proposta de nova regra fiscal ainda no primeiro semestre, o ministro deveria começar desde já a sinalizar quais são as premissas para a discussão. (Folha de S. Paulo)