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Oferta da Eletrobras tem margem para ajuste – Edição da Manhã

Reportagem publicada hoje (13/04) pelo Valor Econômico indica que o governo está trabalhando com um preço mínimo de referência entre R$ 25 e R$ 30 por ação para a oferta pública de capitalização da Eletrobras. A expectativa, no entanto, é que o mercado esteja disposto a entrar no negócio com um valor bastante superior a esse “piso”. Ontem, a ação ON da companhia fechou o pregão cotada a R$ 42,25.

Mantido sob sigilo, o preço mínimo foi definido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que contratou serviços de consultoria externa para auxiliar na avaliação dos ativos da estatal. Esse valor é usado como referência para a fixação do preço de venda da ação, que será definido por meio de um processo de coleta de intenções de investimento. Caso o valor mínimo não seja atingido, o que é improvável, a oferta pode até ser cancelada.

Varejista da AES Brasil usa parceria para ampliar base de clientes no Nordeste

O Canal Energia traz uma reportagem a respeito da estratégia da AES Brasil para a expansão do mercado livre. O foco é diversificar a base de clientes, voltada para o consumidor de menor porte. A empresa, que já possui a plataforma Energia+, equipe própria para atender a grandes consumidores e autoprodutores, tem investido em uma parceria com a Tendência Energia para angariar novos clientes para sua comercializadora varejista. O acordo entre as duas partes não é novo, data de 2019, mas mais recentemente chegou ao Nordeste.

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A reportagem informa que a Tendência abriu um escritório em Fortaleza (CE) para aproximar-se dos clientes, pequenos e médios consumidores para o comercializador varejista. A AES Brasil possui presença no Nordeste por meio de seus complexos eólicos Alto Sertão II, na Bahia, Mandacaru, no Ceará, Salinas e Ventus, no Rio Grande do Norte. Além disso, a empresa possui investimentos na região com a construção dos complexos eólicos Tucano (BA) e Cajuína (RN). O investimento regional previsto de 2022 até 2026 é de R$ 3,3 bilhões.

Irena: mesmo com incertezas, renováveis cresceram 9,1% em 2021

Dados divulgados pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês) mostram que a energia renovável continuou a crescer e ganhar impulso, apesar das incertezas globais. Até o final de 2021, a capacidade global de geração renovável totalizou 3.064 GW, aumentando o estoque de energia renovável em 9,1%.

Embora a energia hidrelétrica represente a maior parte da capacidade total global de geração renovável com 1.230 GW, as estatísticas de capacidade renovável da Irena 2022 mostram que a energia solar e eólica continuaram a dominar a nova capacidade de geração. Juntas, ambas as tecnologias contribuíram com 88% para a participação de toda a nova capacidade renovável em 2021. A capacidade solar liderou com um aumento de 19%, seguida pela energia eólica, que aumentou sua capacidade de geração em 13%. (Canal Energia)

Recife aposta em PPPs de energia solar para reduzir custos em prédios públicos

O portal EPBR informa que a prefeitura do Recife está investindo na instalação de placas solares em locais administrados pela gestão municipal para reduzir custos com energia, diante da escalada de preços. A iniciativa começou pelo Hospital da Mulher do Recife, em agosto passado, com a inauguração de uma usina solar fotovoltaica.

Com a aplicação de 728 módulos de 440 kWp na cobertura do centro hospitalar, a prefeitura estima que a unidade de saúde produza cerca de 40 GWh/mês, permitindo uma economia anual de aproximadamente R$ 240 mil e reduzindo a emissão anual de sete mil toneladas de CO2. Já em novembro, foi anunciada a seleção de 20 escolas do Recife para receber geradores de energia fotovoltaica. A gestão municipal também planeja estender a aplicação dos painéis solares para toda a rede de ensino da cidade em até quatro anos.

PANORAMA DA MÍDIA

A Folha de S. Paulo informa que a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), após receber bilhões de reais em emendas parlamentares, mudou sua vocação histórica de promover projetos de irrigação no semiárido para se transformar em uma estatal entregadora de obras de pavimentação e máquinas até em regiões metropolitanas. De acordo com a reportagem, tal expansão de atividades ocorre sem planejamento e com controle precário de gastos, segundo órgãos de fiscalização e documentos da própria estatal.

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Cargas paradas nos portos há quase três meses. Navios sem espaço para desembarcar mercadorias. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostra que a operação-padrão dos auditores da Receita Federal tem travado a importação de insumos e prejudicado a produção de produtos que vão desde o pãozinho ao sabão em pó. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Comércio Internacional e Investimento (IBCI), o movimento dos servidores elevou de cinco para 20 dias o prazo médio para desembaraço de cargas importadas via portos e aeroportos do Brasil. Os dados constam em carta que será encaminhada nesta quarta-feira (13/04), para o ministro da Economia, Paulo Guedes, obtida pelo Estadão.

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O jornal O Globo informa que o leilão conjunto dos aeroportos cariocas do Galeão e Santos Dumont, previsto originalmente para 2023, deve ser adiado, pelo menos, para 2024. De acordo com a reportagem, atrasos burocráticos no processo de devolução do terminal internacional da Zona Norte do Rio pela concessionária RIOgaleão, controlada pela asiática Changi, pressionam o calendário.

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O principal destaque da edição desta quarta-feira (13/04) do Valor Econômico são os reflexos globais da inflação nos Estados Unidos que, pressionada pelos preços da energia e de alimentos, atingiu 1,2% em março, acumulando variação de 8,5% em 12 meses, o maior índice desde 1981. Na Alemanha, quarta maior economia do planeta e locomotiva da União Europeia, a inflação também acelerou, para 7,3% em um ano. Uma combinação de fatores, que inclui a disparada do petróleo por causa da guerra na Ucrânia, a retração do consumidor em meio aos preços mais altos em quatro décadas e a desaceleração do crescimento da China, aumentou as chances de a economia mundial sofrer uma contração, previu ontem o Peterson Institute for International Economics, centro de estudos de Washington.

 

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