O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em conjunto com os agentes, analisa como será o processo de retomada de operação, em segurança, dos ativos do Sistema Interligado Nacional (SIN) afetados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul.
O objetivo do trabalho é ter uma avaliação detalhada sobre os impactos nos equipamentos e avaliar qual será o tempo estimado para recuperá-los. Além disso, o ONS está atento à coordenação da operação hidráulica das bacias da região Sul, num cenário de redução das vazões que serão observadas nos próximos dias.
O ONS informa que ontem (6/5), estiveram fora de operação 30 linhas de transmissão, cinco usinas hidrelétricas e oito transformadores. (Fonte: ONS)
Tarifa de energia de Itaipu que o Paraguai quer “não seria razoável” para o Brasil, diz ministro
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou ontem (6/5), que os US$ 22 por quilowatt (kW) defendidos pelo Paraguai para a tarifa de energia da usina de Itaipu Binacional “não seriam razoáveis para o Brasil”.
“Nós entendemos que nenhuma forma de compensação seria suficiente para poder suprir um aumento de mais de 30% da tarifa. Mas nós queremos discutir algumas contrapartidas que sejam soluções definitivas, que farão parte da negociação do Anexo C. Caso o Paraguai entenda que possa nos atender nisso, nós podemos chegar a um meio-termo nessa questão tarifária”, disse a jornalistas na sede do ministério, em Brasília.
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo esclarece que o Anexo C do Tratado de Itaipu estabelece as condições de suprimento de energia, o custo do serviço de eletricidade, a receita e outras disposições que compõem as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade da empresa. O trecho está sendo rediscutido entre os dois países por conta de seus 50 anos de vigência, completos em abril de 2023.
Neogrid reverte lucro e tem prejuízo no primeiro trimestre
A Neogrid registrou um prejuízo líquido de R$ 3,4 milhões no primeiro trimestre, revertendo o lucro de R$ 3,5 milhões apresentado um ano antes. Na mesma base de comparação, a receita caiu 2,7%, para R$ 68 milhões.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em R$ 2,7 milhões, queda anual de 63,6%. A margem Ebitda também encolheu de 10,5% para 3,9%.
De acordo com a Neogrid, o “desempenho é reflexo dos investimentos na agenda de execução do planejamento estratégico para o desenvolvimento de novas soluções, expansão de malha e monetização de resultados”. (Valor Econômico)
Preço do gás natural precisa cair mais da metade para viabilizar metanol, estima EPE
O preço do gás natural necessário para viabilizar a produção nacional de metanol pode variar de US$ 4 a US$ 7 o milhão de BTU, a depender das condições do mercado e tamanho do investimento, dentre outros fatores, de acordo com estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Reportagem da Agência EPBR informa que hoje, o Brasil depende totalmente das importações de metanol, que pode ser usado na produção de biodiesel e, na indústria química, como intermediário para a produção de moléculas como eteno e propeno. O custo do gás é uma variável importante na viabilidade econômica de um projeto de metanol.
A estatal do planejamento energético destaca que a faixa de preços indicada para viabilizar uma planta de metanol no país é “substancialmente inferior” ao preço final da molécula para o consumidor industrial no Brasil: de US$ 19 o milhão de BTU, segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME) de 2023.
ANP estima que próximo leilão de petróleo ocorrerá apenas em 2025
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estima que a revisão dos blocos de exploração de petróleo disponíveis para leilões futuros deve ficar pronto apenas em 2025, informa a Agência EPBR.
“É quase certo que não haverá leilão esse ano”, disse ontem (6/5) o diretor-geral da agência, Rodolfo Saboia, a jornalistas nesta segunda (6/5). Ele participa da Offshore Technology Conference (OTC) 2024, em Houston, Texas (EUA).
Após o leilão do ano passado, primeiro do novo governo Lula, a ANP revogou os editais da oferta permanente, tanto de partilha como concessão, em razão de mudanças nas regras de conteúdo local.
PPSA firma novo acordo com B3 para vender óleo do pré-sal
A Pré-Sal Petróleo (PPSA) firmou novo acordo com a B3 para vender em leilões a parte do óleo e gás natural que pertencem à União e que é extraído de áreas localizadas no pré-sal. A PPSA e a B3 já negociaram cargas de petróleo em três leilões entre 2021 e 2023, informa o Valor Econômico.
Neste acordo, o primeiro certame será em 31 de julho, para negociar 33 milhões de barris de petróleo, em quatro lotes, com prazo de um ano de entrega, em meados de 2025. O negócio pode render entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões para a estatal, cujos recursos são destinados para o Fundo Social.
Inmet emite alertas de grande perigo para RS e regiões Sudeste, Centro-Sul e Sul
O Instituto Nacional de Meteorologia (Unmet) emitiu ontem (6/5), dois alertas de grande perigo, um para tempestades no extremo sul do Rio Grande do Sul e outro para ondas de calor em Estados do Sudeste, Centro-Oeste e Sul.
No Estado gaúcho, a previsão é de mais de 100mm de chuva por dia, ventos superiores a 100 km/hora, além de queda de granizo. Há grandes riscos de danos nos edifícios, corte de energia elétrica, estrago em plantações, queda de árvores e alagamentos. A chuva pode superar os 150mm até amanhã (8/5).
Também há alerta de grande perigo para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. De acordo com o Inmet, a previsão é de que, por ao menos cinco dias, a temperatura das regiões ficará 5ºC acima da média, representando risco à saúde. O alerta permanece até quinta-feira (9/5). (O Estado de S. Paulo)
Câmara aprova decreto enviado por Lula que acelera medidas de ajuda ao RS
A Câmara aprovou na noite desta segunda-feira (6) a proposta enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que decreta estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até o fim deste ano. Com isso, as “despesas autorizadas por meio de crédito extraordinário e renúncias fiscais” para socorrer o estado poderão ficar fora do limite de gastos e das metas fiscais. O texto será, agora, apreciado no Senado.
Esse é o primeiro item de um pacote de medidas que deve avançar no Congresso para dar suporte ao Rio Grande do Sul, que vem sendo afetado por tempestades e enchentes desde a semana passada. Até o momento, mais de 80 pessoas já morreram em razão das chuvas. (Valor Econômico)
RS tem bloqueio em 58 rodovias; aeroporto e porto de Porto Alegre estão fechados, sem precisão de retomada
O Rio Grande do Sul ainda enfrenta bloqueios parciais e totais em 102 trechos de 58 rodovias, devido às enchentes que atingem o estado desde a semana passada. Além disso, o aeroporto e o porto da capital Porto Alegre seguem fechados, sem perspectiva de retomar as operações. (Valor Econômico)
Entenda por que o Rio Grande do Sul inundou
Diversas regiões do Rio Grande do Sul sofrem, desde a semana passada, com fortes alagamentos, deixando cidades inteiras debaixo d’água. As inundações são reflexo da quantidade elevada de chuva que cai no estado desde o dia 27, sob efeito do El Niño, e são também uma das consequências dos efeitos das mudanças climáticas no mundo.
Além do El Niño, que causa aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico, as chuvas intensas também foram causadas por um “anticiclone”, que atinge a localidade e cria um bloqueio atmosférico, diz Andrea Ramos, meteorologista do Inmet. (Valor Econômico)
Chuva acima da média e calor marcam abril de 2024
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou, na semana passada (3/5), um levantamento dos principais fenômenos meteorológicos que atuaram no Brasil em abril de 2024.
O mês foi marcado por episódios de chuvas que causaram alagamentos, deslizamentos e impactos no agronegócio. Destaque para a chuva ocorrida nos estados da Bahia, Rio Grande do Sul, Pará e Maranhão, onde os acumulados ultrapassaram a média histórica. Além disto, o mês também foi marcado por calor, típico do verão e influência do El Niño.
Vazão das Cataratas do Iguaçu aumenta cinco vezes acima da média
As fortes chuvas que atingem a região Sul do país provocaram também o aumento da vazão das Cataratas do Iguaçu, no Paraná. Os dados foram informados pelas redes sociais da administradora do Parque Nacional do Iguaçu.
De acordo com a concessionária Urbia, a vazão das cataratas chegou a 8,3 milhões de litros por segundo no sábado (4/5), aproximadamente cinco vezes a média diária de 1,5 milhão de litros por segundo. Ontem (6/5), o ritmo da vazão diminuiu, caindo para 4,5 milhão de litros por segundo, mas ainda sim três vezes acima da média diária, segundo informou o Parque Nacional do Iguaçu.
O funcionamento do espaço segue normalmente, conforme a administração do parque, “com a passarela, trilha e todos os mirantes liberados”. (O Estado de S. Paulo)
Alagoas volta a pesar em venda e Adnoc desiste da Braskem
Reportagem do Valor Econômico destaca que, cinco anos depois, Alagoas voltou a ser a pedra no sapato do processo de venda da Braskem. A falta de acordo definitivo sobre os passivos ambientais da petroquímica em Maceió e um interesse recente em outros ativos de óleo e gás ao redor do mundo, incluindo a BP, levaram a Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc) a desistir de comprar a companhia brasileira.
Ainda de acordo com a reportagem, a Braskem, contudo, segue no radar de outra empresa árabe, a Petrochemical Industries Company (PIC), que recebeu representantes da Novonor no Kuwait, na semana passada, segundo fontes. A PIC segue conduzindo uma “due diligence”, em processo ainda inicial.
Eletrobras aprova R$ 83 milhões para remuneração de executivos
A Folha de S. Paulo informa que a Eletrobras, que busca reduzir em 12,5% os salários de seus funcionários, cortou R$ 10 milhões do teto de pagamento previsto para os executivos de alto escalão, incluindo o presidente.
No fim de abril, a companhia aprovou, em assembleia de acionistas, o pagamento de até R$ 83 milhões para sua cúpula. Em 2023, esse montante foi de R$ 94 milhões. Em 2022, quando foi privatizada, R$ 10,9 milhões.
Instalar usinas solares no Brasil é mais caro que em outros países emergentes, aponta AIE
O Brasil tem o maior custo de capital para instalar usinas solares entre economias emergentes analisadas pela AIE (Agência Internacional de Energia). Segundo a Agência, o país perde, por exemplo, para Indonésia, México e Índia.
O dado faz parte de um relatório publicado ontem (6/5) pela AIE e considera usinas de 100 MW (megawatts). O estudo trata sobre a produção de tecnologias para a geração de energia limpa no mundo. (Folha de S. Paulo)
Brasil está entre os maiores em capacidade instalada de energia solar
O Brasil está na liderança dos países quando o assunto é capacidade instalada de energia solar. É o que diz um relatório publicado pela Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA, na sigla em inglês).
De acordo com a pesquisa, o Brasil está na sétima posição no ranking global de produção de energia solar fotovoltaica. Essa colocação atual significa que o país saltou suas posições relação ao relatório anterior. De acordo com o levantamento, até o ano de 2019 o Brasil ocupava a 12ª posição. (Click Petróleo e Gás)
PANORAMA DA MÍDIA
A cheia no Rio Grande do Sul, que já deixou mais de 80 mortos e levou o estado ao colapso, é o principal destaque de hoje (7/5) na mídia.
Em meio à pior tragédia climática já vista no estado, com todos os serviços básicos afetados, o Rio Grande do Sul chegou ontem à marca de 85 mortes em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região ao longo da última semana. Ainda há 134 desaparecidos, além de 339 feridos. (Valor Econômico)
Com mais de 5 metros acima do nível normal, o lago Guaíba deve demorar mais de 10 dias para ficar abaixo da cota de inundação, de 3 metros, segundo estimativas do governo estadual. A previsão, portanto, irá prolongar a emergência na capital gaúcha e nos demais municípios afetados. (Folha de S. Paulo)
A situação de Porto Alegre e dos municípios da região metropolitana continua crítica e as águas do Guaíba não devem descer abaixo da cota de inundação antes de 10 dias. Até lá, as cidades continuarão alagadas. O rio ontem estava a 5,26 metros, baixou apenas 7 cm desde sábado e segue 2,26 metros acima da cota de inundação. (O Globo)
Previsto em lei federal desde 2012, o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNDC) ainda não foi lançado e terá seu documento apresentado apenas no fim do próximo mês. A ideia do projeto é identificar as áreas sujeitas a riscos de desastres no país, propor estratégias e criar um gerenciamento integrado com estados e municípios. Para especialistas, se já estivesse em prática o PNDC poderia ter ajudado a diminuir os impactos da tragédia gaúcha. (O Estado de S. Paulo)
