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ONS estima afluências estáveis durante o mês de maio – Edição do dia

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Foto: Luis-Tosta-on-Unsplash-
Foto: Luis-Tosta-on-Unsplash-

O boletim do Programa Mensal da Operação (PMO) para a semana operativa entre 3 e 9 de maio traz uma indicação de estabilidade nas projeções de Energia Natural Afluente (ENA) ao final de maio, ante a previsão inicial. A afluência deve ser inferior à média esperada para o período em todos os subsistemas. No Sudeste/Centro-Oeste, o indicador deve chegar a 86% da Média de Longo Termo (MLT). Na sequência, estão o Norte, com 70% da MLT; o Sul, com 49% da MLT; e o Nordeste, com 39% da MLT.

A perspectiva de estabilidade também é observada nos resultados atuais de Energia Armazenada (EAR). Em 31 de maio, três regiões podem apresentar números superiores a 70%: o Norte, 98%; o Nordeste, 73,2%; e o Sudeste/Centro-Oeste, 71,4%. O Sul ao final do mês deve registrar 37,7%.

A tendência para a demanda de carga também está similar à apresentada inicialmente para maio, com possível expansão no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em todas as regiões. O crescimento no SIN é estimado em 1,9% (80.541 MWmed). A indicação de aceleração mais expressiva segue prevista para o Norte, com 5,3% (8.081 MWmed) e seguida pelo Sul, com 4,1% (13.490 MWmed). Para o Nordeste e o Sudeste/Centro-Oeste, o crescimento da carga deve ser de 3,6% (13.510 MWmed) e 0,3% (45.460 MWmed). Os percentuais comparam as projeções de maio de 2025 com os resultados verificados no mesmo período de 2024.

O Custo Marginal de Operação (CMO) para a próxima semana operativa está zerado no Nordeste e Norte. Para o Sudeste/Centro-Oeste, ele está em R$ 244,95 e no Sul em R$ 249,34. (Fonte: ONS)

Lula dá sinal verde e reforma do setor elétrico pode ser encaminhada como MP em até 15 dias, dizem fontes

A Agência Infra informa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu sinal verde ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para a proposta de reforma do setor elétrico. Os dois se reuniram na manhã de sexta-feira (2/5) no Palácio do Planalto.

De acordo com fontes da reportagem, a tendência é que o texto seja enviado ao Congresso como medida provisória (MP) em até 15 dias. Na reunião, Silveira e Lula discutiram dois pontos da reforma: a ampliação da tarifa social para beneficiários do CadÚnico, com gratuidade no consumo de até 80 kWh por mês; e a abertura completa do mercado livre de energia para o grupo B, a partir de 2027.

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Segundo fontes, Lula analisou os detalhes apresentados por Silveira e ficou entusiasmado com a proposta, em especial com a ampliação da tarifa social. Enviada à Casa Civil no último dia 16, a reforma toca em temas como equalização de custos com o mercado livre, autoprodução por equiparação, abertura do mercado e ampliação da tarifa social. O texto foi encaminhado com a intenção de tramitar como projeto de lei, mas tende a ser publicado na forma de MP, com vigência imediata.

Essencial para o sistema elétrico, Belo Monte encara desafio da mudança climática

A Folha de S. Paulo informa que a usina de Belo Monte vai enfrentar risco de mais estiagens na Amazônia. A reportagem destaca que, passados quase dez anos desde que as primeiras turbinas foram ligadas, a Norte Energia, empresa que tem a concessão, já contabilizou R$ 8 bilhões para cumprir mitigações socioambientais, o dobro do previsto inicialmente, bancando até obras de caráter público.

Muitos especialistas do setor já não têm dúvidas sobre a importância da usina para a estabilidade do sistema elétrico nacional. Ainda assim, Belo Monte segue sendo criticada entre ambientalistas e tem pela frente um novo desafio: as mudanças climáticas, de acordo com a reportagem.

A reportagem cita um estudo coordenado a partir de 2013 pelo cientista Carlos Nobre, reconhecido mundialmente por contribuições técnicas sobre mudanças climáticas e proteção da Amazônia, e pelo pesquisador e professor Roberto Schaeffer, do Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro).

No estudo, os cenários de chuvas foram transformados em vazão de rios, e com isso conseguiram ver como diferentes rios brasileiros poderiam ser afetados pelas mudanças climáticas, identificando vulnerabilidades de todo setor elétrico.

“O que vimos, e confirmou estudos anteriores, é que mudança climática no Brasil, em princípio, deve levar a uma savanização do Norte e a um Nordeste mais seco”, diz Schaeffer. “Isso significa que os contratos de venda de energia para 20, 30 anos à frente nessas regiões podem não se confirmar, deixando um buraco na oferta de energia. As fortes secas recentes na região Amazônica, e seu impacto sobre a geração, são aderentes aos cenários de longo prazo que encontramos lá atrás. Já está acontecendo.”

Modi celebra “nova energia” com América Latina de olho em lítio de Chile e Bolívia

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, celebrou, neste mês, uma “nova energia” no relacionamento de Nova Déli com toda a América Latina, enquanto a economia de maior crescimento do mundo tenta aprofundar laços com o continente para garantir os minerais necessários para atingir suas ambiciosas metas de energia verde.

A América Latina possui as maiores reservas de lítio do mundo e a Índia está pressionando grupos de mineração a buscar reservas no “triângulo do lítio” — entre Argentina, Bolívia e Chile — onde a maioria dos recursos comprovados da região está localizada. Nas últimas semanas, Modi se reuniu com o presidente chileno Gabriel Boric em Nova Déli para discutir o fornecimento de minerais a longo prazo— particularmente aqueles necessários para a transição energética, como cobre e lítio. (Folha de S. Paulo – conteúdo do jornal britânico Financial Times)

Pequenas e médias petroleiras ampliam aposta na produção de gás

Reportagem do jornal O Globo indica que as petroleiras de médio e pequeno porte estão aumentando suas apostas na produção de gás. Do poço à distribuição, os investimentos já chegam a responder por até 40% do plano de negócios, dividindo cada vez mais o espaço até então dominado pelo petróleo.

Com a abertura do setor e a ampliação do mercado livre, as companhias vêm ampliando a infraestrutura com a construção de gasodutos e unidades para processar e tratar o gás, de olho em indústrias, residências e térmicas.

As estratégias das pequenas e médias empresas somam-se aos planos das grandes do setor. Somente projetos da Petrobras e da Equinor, como BMC-33 e Raya, devem elevar a oferta de gás no Brasil em cerca de 35 milhões de metros cúbicos por dia até 2030, o equivalente a mais de duas vezes o consumo de São Paulo. O volume é pouco mais que o consumo atual, de cerca de 30 milhões de metros cúbicos, sem levar em conta o uso da matéria-prima para o sistema Petrobras.

Para Márcio Felix, presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip), as empresas buscam ajudar o desenvolvimento do setor, ainda concentrado na Petrobras. Ele lembra que as pequenas e médias companhias já respondem por cerca de 7,51% da produção de gás, somando 11,5 milhões de metros cúbicos por dia, de um total de 153 milhões produzidos no país em 2024.

Opep+ aumenta produção apesar de queda nos preços do petróleo

Oito membros da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados), incluindo Arábia Saudita e Rússia, anunciaram um segundo aumento mensal consecutivo de produção, mesmo com os preços do petróleo em queda.

O cartel do petróleo surpreendeu o mercado no mês passado ao anunciar um aumento na produção do mesmo tamanho, mais de três vezes maior do que o esperado. A combinação do aumento da oferta da Opep e os temores de que as tarifas comerciais dos EUA diminuam a economia global fizeram com que o petróleo Brent de referência caísse quase 20% desde 2 de abril para US$ 61 por barril. (Folha de S. Paulo / Financial Times)

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: Em cinco anos, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) fechou acordos com contribuintes para o pagamento de R$ 445,8 bilhões em dívidas tributárias e não tributárias. Desse total, R$ 82,5 bilhões já entraram nos cofres públicos. Só no primeiro bimestre foram R$ 5,1 bilhões.

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O Globo: Cobrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dar mais transparência às emendas parlamentares, o Congresso concentrou um quinto dos recursos previstos neste ano em ações genéricas, que não detalham como a verba será aplicada. Levantamento do Globo mostra que foram R$ 9,7 bilhões reservados para itens como “fomento à agricultura” e “apoio a projetos de infraestrutura turística”, que, na prática, podem incluir desde obras de pavimentação de ruas à compra de tratores. A destinação exata, porém, só é definida após tratativas dos congressistas com prefeituras e governos estaduais.

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O Estado de S. Paulo: O tempo das discussões sobre o futuro da Igreja começou no dia 23 com a primeira das congregações entre os cardeais. E com elas também foi aberta a temporada das fofocas, intrigas e tentativas vindas do mundo exterior e de dentro da própria Igreja de influenciar a escolha do novo papa. Um dossiê, que busca interferir na eleição, foi enviado aos cardeais com uma seleção de nomes – uma lista com 20 possíveis papáveis.

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Folha de S. Paulo: Em 2024, 11 juízes nos 50 municípios mais pobres do país receberam supersalários (acima do teto constitucional do funcionalismo), com vencimentos mensais que chegaram a R$ 111 mil. Em parte dessas cidades, o que o magistrado ganha em um ano equivale ao orçamento municipal inteiro para políticas públicas em áreas como saneamento e agricultura.

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