O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), referente ao período de 21 a 27 de janeiro, indica crescimento da carga em dois subsistemas: no Norte, com 11,6% (6.381 MWmed) e no Nordeste com 2,3% (11.507 MWmed). Para os resultados do Sistema Interligado Nacional (SIN) e dos demais subsistemas a previsão é de redução.
Para o SIN, a desaceleração é estimada em 1,4% (71.212 MWmed), ante 2,2% projetados previamente. Para o Sudeste/Centro-Oeste e o Sul as reduções estimadas são de 2,8% (40.321 MWmed) e de 5,6% (13.003 MWmed), respectivamente. Todos os dados apresentados comparam o percentual estimado para o final de janeiro de 2023 ante o mesmo período do ano passado.
Para as previsões de carga da próxima semana operativa, foram consideradas premissas como a possibilidade de manutenção de temperaturas elevadas nas principais cidades do Sudeste/Centro-Oeste e na região Sul. (ONS)
Reservatórios de hidrelétricas devem encerrar janeiro com mais de 60% de capacidade
Os reservatórios das usinas hidrelétricas em todas as regiões do Brasil têm previsão de chegar ao final de janeiro com um volume de água acima de 60% da capacidade, segundo a atualização semanal do boletim mensal do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), divulgada ontem (19/1). O subsistema Sudeste/Centro-Oeste deve encerrar o mês com capacidade de 69%.
Caso a projeção se confirme, esse será o maior nível para o mês de janeiro nessas regiões em 11 anos. Já os reservatórios no Sul devem chegar ao fim de janeiro com um nível de água de 86,6% da capacidade, percentual que deve ser de 71% para o Nordeste e 98,4% para o Norte. (Valor Econômico)
Petrobras vai cancelar privatização de subsidiária de biocombustíveis e voltará a apostar no setor
A Petrobras vai cancelar a privatização da Petrobras Biocombustível (Pbio), de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Dona de três usinas no Sudeste e no Nordeste, a Pbio voltaria, assim, a ser um dos pilares da estratégia de descarbonização da estatal.
A produtora de combustível renovável se tornará, com cinco refinarias de petróleo, mais uma subsidiária da petroleira cuja venda à iniciativa privada será cancelada pela futura gestão de Jean Paul Prates. Ainda de acordo com a reportagem, a ideia é retirar definitivamente a Pbio do programa de desinvestimentos da estatal e fortalecer sua produção.
A empresa, porém, não desistirá do desenvolvimento de biocombustíveis de última geração. É o caso do Diesel R (renovável) e o bioQAV, que dominam os planos futuros da atual administração. Prates aguarda o aval da área de conformidade da empresa e do Conselho de Administração para assumir a presidência da Petrobras.
Leilão de R$ 1,3 bi da estatal de gás do Espírito Santo avança e pode sair em abril
O jornal O Estado de S. Paulo informa que o governo do Espírito Santo quer vender, até abril, sua participação de 51% na ES Gás, concessionária de gás natural do estado, e aguarda apenas a aprovação do Tribunal de Contas do Estado (TCE ES) para agendar o leilão na B3.
Estudos feitos pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e entregues ao governo no final do ano passado apontaram valor mínimo de R$ 1,3 bilhão para a operação. O vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado, Ricardo Ferraço, disse que há grande expectativa de que o Tribunal homologue a aprovação nas próximas semanas e afirmou que o estado tem recebido consultas de interessados no processo. “Com esse parecer concluído, vamos marcar o leilão”.
PANORAMA DA MÍDIA
O pedido de recuperação judicial do grupo Americanas é destaque, hoje (20/1), nos principais jornais de circulação nacional.
Em prazo recorde, a Justiça do Rio de Janeiro recebeu e aprovou, em cerca de quatro horas, o pedido de recuperação judicial da Americanas. Com a notícia, as ações da varejista encerraram o pregão de ontem – seu penúltimo na composição do Ibovespa –, em queda de 42,53%, a R$ 1 a ação. Desde quinta-feira, o papel perdeu 91,6% do seu valor. (Valor Econômico)
Após a aprovação do pedido de recuperação judicial da Americanas, os credores e os acionistas já começam a se articular para avaliar a proposta que será feita pela varejista para reduzir o nível de endividamento de R$ 43 bilhões, conforme revelado no pedido apresentado ontem à Justiça do Rio. Já é esperado entre os credores financeiros que a rede varejista ofereça um corte entre 80% e 90% do valor total da dívida. Segundo uma das fontes ouvidas pela reportagem do jornal O Globo, sob condição de anonimato, o clima será de uma extensa e estressante negociação. Ninguém espera que o plano de recuperação judicial da Americanas seja aprovado antes de dois anos.
A situação das Lojas Americanas dominou o noticiário econômico nos últimos dias: rombo bilionário, renúncia de executivos e o pedido de recuperação judicial. Nas lojas, contudo, os problemas da empresa pouco alteraram o dia-a-dia. A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo visitou três lojas nesta quinta, e viu pouca alteração ao comum de antes do turbilhão que envolveu a companhia.
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A Folha de S. Paulo traz como principal destaque da edição desta sexta-feira (20/1) a participação de militares da ativa que trabalharam na Presidência da República no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em atos golpistas em frente a quartel do Exército em Brasília. É o que mostra relatório produzido durante a transição de governo com base em conversas obtidas de grupos de WhatsApp. Os militares estavam alocados em especial no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência durante a gestão do general Augusto Heleno, um dos principais aliados de Bolsonaro.