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ONS explica interrupção de energia em Roraima – Edição do dia

Em nota, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informa que no sábado, 15 de abril, às 17h19, houve um desligamento automático do sistema Roraima, incluindo todas as térmicas que estavam em operação no instante da ocorrência. A interrupção total foi de 190 MW de carga. Durante a ocorrência, o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foram informados sobre os avanços da operação.

De acordo com a nota do operador, a partir das 17h55 o ONS iniciou a coordenação das ações de recomposição do sistema. No entanto, problemas técnicos encontrados no processo impediram o efetivo retorno ao atendimento das cargas interrompidas. “Às 20h25, o ONS em parceria com todos os agentes envolvidos iniciaram novo processo efetivo de recomposição e, a partir desse horário, as cargas foram gradativamente normalizadas”, explica a nota. De acordo com o sistema de supervisão do Operador, às 00h10 do domingo a situação havia sido normalizada em todo o estado.

Reportagem do portal G1 explica que Roraima é o único estado do país que não é ligado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e, durante anos, dependeu da energia fornecida pela Venezuela. No entanto, o país parou de enviar energia ao estado em março de 2019 e, desde então, o trabalho é feito por quatro termelétricas da Roraima Energia. O parque térmico do estado é formado pelas usinas termelétricas de Monte Cristo, na zona Rural de Boa Vista, Jardim Floresta e Distrito, ambas na zona Oeste, e Novo Paraíso, em Caracaraí, região Sul do estado.

Prefeitura do Rio aposta em PPP de energia solar para economizar na conta de luz

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A prefeitura do Rio de Janeiro publicou no dia 31 de março o edital de licitação do Solário Carioca, uma usina fotovoltaica que funcionará no antigo aterro sanitário de Santa Cruz, na zona oeste, desativado há 25 anos. Primeira parte de um projeto que mapeia outros terrenos para investir em energia solar, o Solário será controlado pela iniciativa privada por 30 anos, no modelo de Parceria Público-Privada (PPP) e com investimentos de R$ 40 milhões, informa o Valor Econômico.

As instalações terão capacidade de abastecer até 45 escolas ou 15 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da rede municipal, segundo a prefeitura. Outra perspectiva envolve os cofres públicos, mesmo que com valores ainda discretos. Como a energia ali produzida servirá para a própria gestão municipal, existe a estimativa de uma economia anual de R$ 2 milhões nas contas da prefeitura. “Não é nada desprezível e, quando juntarmos esse projeto com os que queremos aplicar em outras áreas, teremos um valor bem considerável”, afirma o presidente da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), Gustavo Guerrante.

Após tentativa de abertura no mercado de gás natural, preço subiu quase 50%, e domínio da Petrobras aumentou

Reportagem publicada hoje (17/4) pelo jornal O Globo ressalta que a Nova Lei do Gás não reduziu o custo do insumo e nem a dominância da Petrobras, como proposto inicialmente. Estudo da consultoria Gas Energy estima que a estatal será responsável por cerca de 80% do volume novo de gás natural que deve entrar em produção até 2030, calculando em cerca de 55 milhões de metros cúbicos por dia.

Embalada sobretudo pelo pré-sal e a perspectiva de uma rede de gasodutos na Bacia de Sergipe-Alagoas, a produção de gás no Brasil deve alcançar a faixa inédita dos 180 milhões de metros cúbicos diários em 2032, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Atualmente, são 130 milhões de metros cúbicos diários, mas ao menos metade não é aproveitada e acaba reinjetada nos poços de petróleo no mar.

De acordo com a reportagem, hoje, 65% da produção de gás natural do país vêm da Petrobras. A estatal concentra ainda 85% de toda a matéria-prima comercializada para o segmento não-térmico (que exclui as usinas de geração de energia elétrica) no país, que inclui indústrias e refinarias.

“O novo marco do gás e a venda de ativos da Petrobras foram essenciais para se iniciar um ambiente de concorrência no segmento, mas a guerra na Ucrânia afetou os preços em todo o mundo. Agora, é preciso permitir o desenvolvimento da demanda para o uso desse gás no Brasil”, diz Rivaldo Moreira Neto, sócio da Gas Energy.

Guinada na Petrobras: diretoria já trabalha na ampliação de refinarias para aumentar produção de diesel

Reportagem publicada ontem (16/4) pelo jornal O Globo destaca que com nova diretoria e prestes a ter o Conselho de Administração também renovado, a Petrobras já iniciou um ambicioso plano de ampliação da capacidade de suas refinarias.

De acordo com a reportagem, a estratégia inclui o investimento em unidades para produzir diesel 100% renovável e até a ampliação de escopo do polo Gaslub (antigo Comperj), em Itaboraí, na região netropolitana do Rio de Janeiro, que será rebatizado e pode receber a produção de petroquímicos de segunda geração, como polipropileno, matéria-prima do plástico.

As discussões fazem parte dos ajustes que estão em curso no plano de negócios da estatal, conforme explicaram dois diretores da estatal ao Globo. Aprovados os projetos, pode haver aumento do volume de investimentos previstos para a área que inclui refino e gás natural, que hoje está em cerca de US$ 9 bilhões até 2027. “Nas primeiras deliberações feitas pela diretoria, fizemos uma revisão das propostas de diretrizes para o planejamento estratégico. O pré-sal continua sendo o carro-chefe. Mas tudo isso está alinhado com a transição energética”, disse Claudio Romeo Schlosser, diretor de Comercialização e Logística da estatal.

Conquistar consumidores livres de energia é um desafio, diz Abraceel

Em entrevista ao portal Poder 360, o presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Rodrigo Ferreira, disse que o principal desafio do setor é conquistar novos consumidores livres com a abertura do mercado para toda a alta tensão a partir de 2024.

Ferreira falou, ainda, sobre o que considera uma das polêmicas no setor elétrico quando o tema é a abertura do setor: a conta que pode ficar para o mercado cativo, por causa da sobrecontratação das distribuidoras de energia. Para ele, esse é “um mito” da abertura. “Não é uma verdade absoluta. A sobrecontratação dos distribuidores, quando existe, não significa necessariamente um problema. Energia tem um valor, eu comprei energia por ‘x’, se na hora que essa energia sobrar eu tiver que vendê-la no mercado e o preço estiver mais elevado do que paguei, isso vira um benefício para o consumidor”, disse.

Nasce um novo mercado: o comércio bilateral de gás entre produtores

Reportagem publicada na semana passada pela Agência EPBR indica que novos agentes do mercado começam a explorar o comércio bilateral de gás, atrás de flexibilidade para o portfólio. De acordo com a reportagem, a entrada de novos agentes começou a fomentar um novo tipo de negociação no mercado brasileiro de gás natural: o comércio bilateral de molécula entre os novos fornecedores.

Os produtores têm, aos poucos, apostado em acordos flexíveis de compra e venda com concorrentes — e nesse caso também parceiros — que lhes permitem ajustar seus respectivos portfólios de suprimento. Trata-se de uma solução que promete dar mais liquidez ao mercado e que pode ajudar, no futuro, a amadurecer o desenvolvimento de um mercado secundário — o da revenda de gás, propriamente dito.

Ao menos cinco produtores de gás nacional têm contratos bilaterais, hoje, de compra e venda no mercado brasileiro. A Como exemplos, a reportagem cita a Repsol Sinopec e a chinesa CNOOC, duas das principais produtoras do pré-sal, que têm contratos para venda de seus volumes para a Galp. Outro exemplo é a PetroRecôncavo, que possui contratos de compra e venda com a Shell, Galp e Origem Energia.

Acelen vai investir R$ 12 bilhões em 10 anos para produzir biocombustíveis

O Valor Econômico informa que a Acelen busca se posicionar no segmento de biocombustíveis ao anunciar investimento de R$ 12 bilhões nos próximos dez anos na produção de diesel verde e querosene de aviação renovável (HVO e SAF, nas respectivas siglas em inglês). O plano da Acelen, que hoje opera a refinaria de Mataripe, na Bahia, é estabelecer uma cadeia verticalizada de produzir biocombustíveis a partir da macaúba, planta natural da Bahia de alto poder energético e, até então, subaproveitado.

A meta da Acelen é de produzir 1 bilhão de litros por ano a partir da produção da macaúba, em plantio em áreas degradadas que totalizam 200 mil hectares. Do total a ser investido, entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões serão destinados para pesquisa e desenvolvimento, com foco em estabelecer um modelo denominado “Fazenda 4.0”, com altos níveis de inovação agrícola. A expectativa é que a Acelen realize 50% dos aportes necessários nos primeiros 36 meses de implantação do projeto. Os R$ 12 bilhões a serem investidos correspondem a pouco mais do que o destinado pelo fundo Mubadala, de Abu Dhabi, principal acionista da Acelen, na aquisição e modernização da refinaria de Mataripe, em pouco mais de um ano.

Alemanha encerra era nuclear e fecha últimas três usinas

As três últimas usinas nucleares da Alemanha foram definitivamente fechadas à meia-noite do sábado (15/4) para domingo, informa a Folha de S. Paulo. O ato encerrou a era da energia nuclear comercial no país, iniciada em 1958, com a construção da usina de Kahl.

A reportagem explica que a guerra da Rússia na Ucrânia, responsável pelo fechamento da torneira do gás russo para a Alemanha, atrasou o encerramento dessas últimas plantas em alguns meses. Mas nem a crise energética foi suficiente para fazer o governo mudar de ideia.

Em outubro do ano passado, o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholtz, anunciou que manteria as usinas em operação apenas até meados de abril de 2023. As três usinas remanescentes, agora encerradas, ficam no noroeste, sudoeste e sudeste do país e contribuem com 6% da geração de eletricidade alemã.

A reportagem destaca que, atualmente, a eletricidade oriunda de fontes renováveis na Alemanha chega a 44% da produção total, enquanto aquela vinda carvão, anteriormente principal matriz energética no país, teve sua participação reduzida de cerca de 60% em 1990 para 30% hoje. Já a energia nuclear respondia por pouco mais de um terço da eletricidade alemã em 1990, quando 19 usinas do tipo estavam em operação.

Maior reator nuclear da Europa entra em operação na Finlândia

Horas depois de a Alemanha desativar suas três últimas usinas nucleares, o reator nuclear finlandês Olkiluoto 3, o maior da Europa, começou a produzir eletricidade ontem (16/4), conforme anúncio feito pela operadora TVO. Após 18 anos de construção, o reator localizado na costa sudoeste da Finlândia tem 1.600 megawatts, fornece cerca de 14% da produção de eletricidade finlandesa e é o mais potente da Europa. O reator foi construído pelo grupo francês Areva e pela emepresa alemã Siemens. (O Globo)

PANORAMA DA MÍDIA

Sem ativos da Petrobras, setor de petróleo deve passar por fusões, diz a manchete da edição de hoje (17/4) do Valor Econômico. Empresas independentes do setor de petróleo e gás (O&G) devem se tornar alvo de movimento bilionário de fusões e aquisições, em um momento em que começam a direcionar o foco para novas estratégias de crescimento. De acordo com a reportagem, a busca por alternativas que garantam a expansão ocorre diante da expectativa de interrupção na venda de poços maduros pela Petrobras sob a nova administração. Com isso, essas companhias estão atrás de possibilidades para continuarem entregando retorno a seus acionistas.

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Governo quer usar estatal do pré-sal para subsidiar gasodutos em nova tentativa de baratear o gás natural, informa o jornal O Globo. A reportagem destaca que o governo prepara um novo programa para aumentar a oferta e o uso de gás natural no Brasil e, assim, reduzir o preço do insumo energético. O Ministério de Minas e Energia (MME) quer usar a estatal Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) — responsável pela gestão dos contratos de partilha na exploração de reservas em águas ultraprofundas e a comercialização da parte do petróleo dessas áreas que cabe à União — para subsidiar a construção e operação de novos gasodutos para levar à terra a crescente produção de gás natural no mar.

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O principal destaque da edição desta segunda-feira (17/4) da Folha de S. Paulo é o início do julgamento de envolvidos na depredação das sedes dos Três Poderes, dia 8 de janeiro, em Brasília. O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a decidir na madrugada desta terça-feira (18/4) se torna réus os acusados de participação nos ataques golpistas de 8 de janeiro. Nessa primeira leva, a corte analisará as acusações contra cem envolvidos. Há sinalização de que os ministros devem abrir ações penais contra os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e parte segue presa por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator da apuração. O ministro optou por priorizar os casos de quem continua atrás das grades. As denúncias relativas ao restante, de um total de 1.390 acusados pela PGR, será analisado posteriormente.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que juízes federais vão receber um penduricalho salarial que pode custar até R$ 1 bilhão aos cofres públicos. A cifra foi estimada por técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) e equivale ao pagamento retroativo do chamado adicional por tempo de serviço (ATS). A reportagem destaca que a regalia, extinta havia 17 anos, voltará a ser paga e, por decisão monocrática do corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luis Felipe Salomão, de forma retroativa. Assim, magistrados mais antigos irão receber até R$ 2 milhões cada, referentes ao alegado pagamento atrasado.