O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), para a semana entre 30 de abril a 06 de maio, traz projeções positivas para as afluências no Sul do país, ou seja, a chuva que de fato cai nos reservatórios das usinas hidrelétricas.
Mesmo o período seco já tendo iniciado, a região Sul destaca-se com a expectativa de registrar 147% da Média de Longo Termo (MLT) no quinto mês do ano. A indicação é de que os outros três subsistemas apresentem índices menores. O Norte, com 98%; Sudeste/Centro-Oeste, com 69% e o Nordeste com 49% da MLT.
O documento sinaliza ainda que a carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN), comparada a maio de 2021, terá alta de 1,8%, com montante de 68.815 MW médios. A região Sudeste/Centro-Oeste indica alta de 2% e 39.910 MW médios. O subsistema Nordeste apresentará um crescimento de 3,6% e 11.305 MW médios. Na sequência, o Sul terá aumento de 1,5% e 11.720 MW médios. O Norte permanece em variação negativa de 2,5% e 5.880 MW médios. A região ainda sente os efeitos de uma redução parcial de um consumidor do mercado livre de energia.
Falta de firmeza nos biocombustíveis
Esse é o tema da coluna de hoje (30/04) de Celso Ming, jornalista especializado em economia do jornal O Estado de S. Paulo. Segundo ele, a disparada dos preços dos combustíveis poderia ter criado condições objetivas para o aumento do consumo interno de biocombustíveis. Mas nenhuma proposta chegou a avançar em direção às políticas que se destinassem a garantir uma opção segura à gasolina e ao diesel, ressaltou.
Ming explica que o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de biocombustíveis do mundo, já dispõe de indústria relativamente consolidada e domina a tecnologia para produção, especialmente de etanol e biodiesel, hoje utilizados na mistura combustível, na proporção de 27% à gasolina comum e de 10% ao óleo diesel.
Mas a produção desses biocombustíveis ainda esbarra em instabilidade nas regras do jogo e distorções no mercado interno, que impedem a redução dos custos, dificultam a expansão do mercado e empurram para cima o preço nas bombas, enfatiza o colunista. Segundo ele, especialistas apontam que a falta de transparência nos preços e a insegurança jurídica no setor afasta investidores e limita o desenvolvimento da indústria nacional de biocombustíveis.
Vendas de resinas da Braskem caem no 1º trimestre; exportações avançam
O Valor Econômico informa que as vendas de resinas da Braskem no mercado brasileiro recuaram 7% em relação ao primeiro trimestre de 2021, para 885 mil toneladas, enquanto avançaram 2% na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Já as exportações de resina somaram 215 mil toneladas entre janeiro e março, avanço de 25% ante o mesmo período do ano passado e queda de 16% ante o trimestre imediatamente anterior.
PANORAMA DA MÍDIA
A taxa de desemprego no Brasil ficou estável com a procura por vagas de trabalho travada no primeiro trimestre de 2022, conforme indicou ontem (29/04) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De janeiro a março, a taxa de desocupação foi de 11,1%, mesmo nível do quarto trimestre de 2021. A notícia é o principal destaque da edição deste sábado da Folha de S. Paulo.
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Após alta de tributo, bancos dizem que obter crédito vai ficar mais caro – esta é a manchete da edição de hoje (30/04) do jornal O Estado de S. Paulo. A reportagem destaca que o recado foi dado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, após o governo aumentar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) cobrada das instituições financeiras.
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O jornal O Globo informa que, em entrevista coletiva realizada ontem (29/04), no Paraná, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, voltou a reforçar a segurança do processo eleitoral no Brasil e disse que não vai aceitar uma intervenção das Forças Armadas nas eleições.