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ONS projeta elevação de 3,6% no consumo de energia na primeira semana de abril – Edição do dia

A carga de energia deve crescer 3,6% no Sistema Interligado Nacional (SIN) entre os dias 1º e 7 de abril, informou na sexta-feira (31/3) o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em boletim. A carga, que corresponde ao consumo de energia mais perdas, deve ser de 73.181 megawatts (MW) médios.

No submercado Sudeste/Centro-Oeste, o ONS projeta elevação de 0,3% na carga, para 41.798 MW médios, enquanto Sul deve ter alta de 12,7% (13.031 MW médios) e o Norte, de 15% (6.750 MW médios). O submercado Nordeste tem previsão de expansão de 1% na carga, para 11.602 MW médios.

“Para a próxima semana operativa, as sinalizações meteorológicas indicam temperaturas mais amenas e precipitação nas capitais do Sudeste/Centro-Oeste e do Sul. As principais cidades do Norte e Nordeste não deverão apresentar variações significativas nos termômetros em relação à semana atual”, disse o ONS, em comunicado.

O ONS projetou ainda que os reservatórios das hidrelétricas em três dos quatro submercados do país devem fechar abril com armazenamento acima de 80%. O Nordeste deve fechar o mês com 89,9%, o Norte, 82,3%, e o Sudeste/CentroOeste, 85,7% – se confirmado, será o maior volume verificado pelo Sudeste/CentroOeste para abril desde 2011, quando foram apurados 87,8% de armazenamento. (Valor Econômico)

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BNDES aprova financiamento de R$ 907 milhões para quatro parques eólicos no Nordeste

A Folha de S. Paulo informa que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve anunciar nesta segunda-feira (3/4) a aprovação de financiamentos de R$ 907 milhões para a Casa dos Ventos. Os recursos devem ser destinados à implantação de quatro parques eólicos no Rio Grande do Norte. São os Ventos de Santa Luzia 11, 12 e 13 e o Ventos de Santo Antônio 1.

Os empreendimentos formam o Complexo Eólico Umari, nos municípios de Monte das Gameleiras, São José do Campestre e Serra de São Bento, com capacidade instalada total de 202,5 MW. Os financiamentos equivalem a quase 70% dos investimentos previstos, de R$ 1,315 bilhão, e a maior parte vai para aerogeradores, obras civis e sistema de transmissão, com início das operações previsto para agosto de 2024.

 Aneel anuncia bandeira verde para o mês de abril 

A bandeira tarifária para o mês de abril de 2023 continuará verde. Com condições favoráveis para a geração no país, a sinalização indica que não haverá custo adicional nas contas de energia elétrica dos consumidores, cenário que permanece desde abril de 2022.

A bandeira verde, válida para todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN), reflete a melhoria dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, beneficiados com o período de chuvas. (Aneel)

Eletrobras divulga política para distribuição de dividendos

A Eletrobras divulgou na noite de sexta-feira (31/3) ao mercado a política de distribuição de dividendos. No documento, de dez páginas, a companhia lembra que adotou o modelo de “true corporation” após o processo de desestatização. Ressalta também que a divulgação tem o propósito de adequar regras e procedimentos relativos à matéria ao novo regime jurídico da companhia, “de maneira transparente e de acordo com os dispositivos legais, estatutários e demais regulamentos aplicáveis”.

O comunicado explica que “a decisão de distribuição de dividendos e demais proventos deve levar em consideração diversos fatores e variáveis, tais como os resultados da companhia, sua condição financeira, necessidade de caixa, perspectivas futuras dos mercados atuais e potenciais de atuação, oportunidades de investimento existentes, manutenção e expansão da capacidade produtiva e seu planejamento estratégico”. (Valor Econômico)

Moody’s rebaixa rating nacional da Light de ‘Bbr’ para ‘CCC-br’, com perspectiva negativa

Na sexta-feira (31/3), a Moody’s rebaixou o rating da Light e de suas subsidiárias Light Serviços de Eletricidade e Light Energia de “B.br” para “CCC-.br” em escala nacional, com perspectiva negativa, informou a companhia em comunicado ao mercado. A agência de classificação de risco diz que o rebaixamento reflete a deterioração do perfil de liquidez da companhia e suas elevadas necessidades de refinanciamento, agravadas pela falta de visibilidade nas condições da renovação da concessão de sua distribuidora, com vencimento em 2026.

Na quinta-feira (30/3), a Fitch Ratings já havia rebaixado as notas da Light e subsidiárias de “CCC” para “CC” em escala nacional e de “CCC+” para “CC” em escala internacional. O rebaixamento foi atribuído à “alta probabilidade de que o grupo Light entre em um processo de reestruturação da dívida”, seguindo as declarações feitas pela administração durante sua teleconferência de resultados do quarto trimestre de 2022. (Valor Econômico)

Opep anuncia corte surpresa na produção de petróleo

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciou ontem (2/4) um corte surpresa na produção de petróleo, com uma diminuição da ordem de um milhão de barris por dia, deixando de lado as previsões anteriores — segundo as quais os patamares atuais seriam mantidos.

Essa é uma redução significativa para um mercado no qual, apesar das recentes flutuações de preços, a oferta parecia apertada no final do ano. Os contratos futuros de petróleo não estavam sendo negociados quando o corte foi anunciado ontem, mas a reação nos preços pode aumentar as pressões inflacionárias em todo o mundo, forçando os bancos centrais a manterem as taxas de juros mais altas por mais tempo, o que ampliaria o risco de recessão.

A Arábia Saudita liderou o cartel, prometendo sua própria redução de oferta de 500 mil barris por dia. Outros membros, incluindo Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Argélia, seguiram o exemplo, enquanto a Rússia disse que o corte de produção que estava implementando de março a junho continuaria até o final de 2023. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo.

Pátria estuda próximos leilões de transmissão e analisa hidrogênio verde

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Marcelo Souza, responsável pelo setor elétrico no Pátria Investimentos, informa a área, tradicionalmente de destaque no segmento de infraestrutura da companhia, segue como prioridade para potenciais novos aportes. Temas ligados à transição energética estão entre as apostas da gestora, que não deixa de lado segmentos nos quais já tem atuação de destaque, como transmissão e geração renovável.

“Vamos estar sempre muito atentos a todos os temas de transição energética”, disse Marcelo Souza. O executivo citou, como exemplos, hidrogênio verde, mobilidade elétrica e baterias. A primeira investida na área, disse Souza, veio por meio da recém-criada Élis Energia, plataforma voltada ao desenvolvimento de projetos de geração distribuída remota.

A estratégia de apostar em miniusinas solares também foi impulsionada pelo forte crescimento desse segmento, em oposição ao de geração renovável centralizada, ou seja, de usinas de maior porte, que enfrenta um cenário adverso de preços de energia muito baixos e custos de construção mais elevados, dificultando a viabilização de novos empreendimentos.

A respeito do segmento de transmissão, Souza lembrou que a gestora criou e desenvolveu, em 2016, a Argo, que construiu três concessões, sendo posteriormente vendida para o Grupo Energía de Bogotá e a Red Elétrica de Espanha. Segundo Souza, a equipe que lidera analisa os lotes que devem ir a leilão este ano. “Se conseguirmos buscar um ângulo em que a gente consiga ganhar algum lote, ficaremos superfelizes”, afirmou.

Petrobras recebe autorização para retomar produção do polo Bahia Terra

A Petrobras informa que obteve, na sexta-feira (31/03), autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para retomar a produção do campo de Araçás, localizado no polo Bahia Terra, no Recôncavo Baiano.

Dessa forma, a companhia iniciou a execução dos procedimentos operacionais para o retorno seguro da operação de poços, dutos e estações de tratamento de óleo e compressão de gás natural desse campo, o que possibilitará o reestabelecimento de aproximadamente 27% da produção do Polo, que teve a operação paralisada por determinação da ANP no fim do ano passado. (Agência Petrobras) 

A paralisação da operação do polo, no fim de 2022, ocorreu após a fiscalização identificar problemas de integridade. A Petrobras, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), colocou o polo à venda e já havia recebido propostas de um consórcio formado por Eneva e Petroreconcâvo.

O presidente da estatal, Jean Paul Prates, reiterou, na semana passada, que a companhia respeitará os contratos assinados para venda de ativos, mas a liquidação do Bahia Terra será reavaliada sob “nova ótica” e ainda não há decisão sobre o futuro dos campos. (portal EPBR)

Mais influente, Marina enfrenta o desafio de projetos sensíveis

O Valor Econômico traz, na edição desta segunda-feira (3/4), uma reportagem a respeito dos desafios que aguardam a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A reportagem destaca que, considerada figura-chave no compromisso do governo brasileiro com a agenda global de combate às mudanças climáticas, a ministra está mais influente do que em sua primeira passagem pela pasta, há 20 anos.

Ainda de acordo com o Valor, ministros de outras áreas têm pisado em ovos para levar adiante obras consideradas sensíveis em relação ao impacto ambiental, cientes do capital político de Marina junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do potencial de que a ministra mude os rumos de projetos.

Há duas semanas, a ministra se manifestou pessoalmente contrária ao projeto de exploração de petróleo e gás na margem equatorial – do Amapá ao Rio Grande do Norte. “A Petrobras deve transitar para ser uma empresa de energia e não apenas de exploração de petróleo”, afirmou ela, ao defender que esforços para a transição energética “devem ser acelerados” para a produção de energia de fontes renováveis. O projeto apresenta potencial impacto sobre a fauna e flora marinha da região.

A reportagem traz informações a respeito de projetos considerados importantes para o governo, mas que apresentam sensibilidade ambiental e deverão passar pelo crivo do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ligado à pasta do Meio Ambiente. Entre esses projetos estão a linha de transmissão de energia elétrica Manaus-Boa Vista, com influência na Terra Indígena Waimiri Atroari, e diversos projetos rodoviários, com influência em áreas ambientalmente sensíveis.

PANORAMA DA MÍDIA

Venda de ações em bloco somam R$ 2,6 bilhões neste ano. Esta é a manchete de hoje (3/4) do Valor Econômico. O jornal informa que acionistas de empresas listadas em bolsa têm buscado vender as suas ações em bloco na B3. Só neste ano, foram sete transações desse tipo, com negócios envolvendo papéis de PetroRecôncavo, Inter, Raízen, M. Dias Branco, GPS, Vivara e Smartfit. Conhecidas no mercado como “block trade”, as operações já movimentaram R$ 2,58 bilhões, muitas vezes por parte de fundos que detêm participação em companhias abertas, como os de private equity.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que, diante de um cenário de juro alto, desaceleração econômica, dificuldades no mercado internacional e crise na Lojas Americanas, o crédito corporativo no Brasil secou. Endividadas, empresas têm recorrido a renegociação de débitos, além de recuperação judicial e extrajudicial, para tentar sobreviver. A tendência, segundo analistas, é que as condições de crédito continuem duras pelo menos até o fim do ano, dificultando a operação das companhias brasileiras. Na semana passada, o Banco Central (BC) divulgou que a concessão de crédito para pessoas jurídicas foi de R$ 166 bilhões em fevereiro, valor 8,6% inferior ao de janeiro.

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A Folha de S. Paulo destaca que o percentual de brasileiros que dizem acreditar em uma piora da situação econômica do país nos próximos meses aumentou em março, aponta a primeira pesquisa Datafolha com o tema feita após o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na rodada anterior, feita em dezembro e logo após a eleição do petista, 20% diziam esperar uma piora da economia brasileira — agora, esse percentual é de 26%, mesmo patamar daqueles que acreditam que não haverá mudança. Entre os que contam com uma melhora, houve uma queda de 49% para 46%.

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Reportagem do jornal O Globo revela que falsos CACs (categoria dos caçadores, atiradores e colecionadores), compram armas novas para abastecer milícias na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ao menos cinco delas, compradas legalmente com autorização do Exército, acabaram apreendidas quando eram empregadas por grupos paramilitares.