A carga de energia no Sistema Interligado Brasileiro (SIN) deve cair 4,6% em junho na comparação anual, segundo estimativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no boletim semanal do Programa Mensal de Operação (PMO). O Valor Econômico ressalta que a previsão piorou frente à divulgada no fim da semana passada, que considerava uma redução de 4% da carga em junho.
O cenário do ONS aponta variações negativas para todos os subsistemas do país, explicadas principalmente pelas medidas de isolamento social devido à pandemia de covid-19. Para junho, são esperadas quedas de 5,2% para o Sudeste, com 35.269 megawatts (MW) médios; de 4,6% no Sul, com 10.261 MW médios; de 3,7% no Nordeste, com 9.886 MW médios; e de 2% no Norte, com 5.409 MW médios.
O boletim semanal apontou ainda uma melhora na afluência da região Sul, que vem enfrentando um período de seca: a expectativa é de que as afluências atinjam 70% da média histórica (MTL) para o mês de junho, contra 36% previstos na semana anterior. As estimativas indicam ainda 76% da MLT no Sudeste, 74% da MLT no Nordeste, e 111% da MLT no Norte.
Enel cobrou por energia não consumida na pandemia, segundo 70% dos restaurantes em São Paulo
A Folha de S. Paulo informa que quase 70% dos estabelecimentos ouvidos em uma pesquisa da Abrasel (associação de bares e restaurantes) na cidade de São Paulo dizem que, apesar de terem fechado as portas na quarentena, estão recebendo cobranças de energia elétrica da distribuidora Enel equivalente à média consumida nos últimos 12 meses, quando estavam em plena atividade.
A Enel esclarece, no entanto, que ofereceu a todos os clientes a alternativa de fazer a autoleitura no período da quarentena, quando reduziu a circulação de seus profissionais nas ruas para evitar o contágio. Mas o modelo não teve adesão total porque os usuários relatam ter sentido dificuldade com o sistema, conforme explica a reportagem.
A distribuidora afirma que já está retomando gradativamente, em junho, a leitura dos medidores de energia. Segundo a empresa, a partir de julho, todos os clientes terão suas faturas emitidas de acordo com o consumo de energia real. “O cliente que teve a fatura emitida pela média, em função da pandemia da covid-19, será compensado automaticamente quando a leitura for realizada”, afirma a Enel em nota.
PANORAMA DA MÍDIA
O Brasil superou ontem a marca de 1 milhão de infectados com o novo coronavírus. Passados 114 dias desde o primeiro caso, hoje praticamente toda a população brasileira está em risco de exposição ao vírus. Somente o Estado de São Paulo soma mais de 200 mil casos. A covid-19 já chegou a 85% dos municípios do país (4.742).
Desde 26 de fevereiro, o País já somou 1.038.568 contaminações (55.209 nas últimas 24 horas) e 49.090 mortes (1.221 relatadas ontem), conforme o levantamento do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, Gi, O Globo, Extra, Folha e UOL com base em dados das Secretarias Estaduais de Saúde. Os números, porém, são inferiores ao real, por subnotificação e falta de testes. (O Estado de S. Paulo)
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A prisão preventiva do policial aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), e novos indícios apontados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) da prática de “rachadinha” (apropriação de parte do salário de funcionários em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde exerceu mandato de deputado até 2018) agravaram a situação do senador Flávio Bolsonaro.
No pedido de prisão preventiva de Queiroz, o MP-RJ apontou provas de que o ex-assessor pode ter sido o responsável por até R$ 286,6 mil em pagamentos e transferências em espécie para cobrir despesas do então deputado estadual e de sua mulher, Fernanda Antunes. Queiroz foi preso quinta-feira (18/06). (O Globo)
Ainda segundo o MP-RJ, Fabrício Queiroz era monitorado pelo advogado do presidente Jair Bolsonaro e de Flávio Bolsonaro, Frederick Wassej, conforme indicam mensagens apreendidas pelo Ministério Público. (Folha de S. Paulo)