O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) identificou, na terça-feira (21/1), três novos recordes em geração fotovoltaica. Dois no Sistema Interligado Nacional (SIN) e um no subsistema Sudeste/Centro-Oeste.
De acordo com o diretor-geral do ONS, Marcio Rea, no SIN, a marca inédita registrada foi de 12.576 MWmed produção da fonte solar diária, superando em 5,3% os 11.899 MWmed, último recorde identificado em 7 de outubro de 2024. Além disso, a geração fotovoltaica instantânea atingiu 36.364 MW às 11h53, o que representa energia suficiente para atender 37,4% da demanda do SIN naquele momento. O recorde anterior foi de 36.283 MW apontado no mesmo dia da geração máxima fotovoltaica.
Os raios de sol também estão fortes no Sudeste/Centro-Oeste. Ainda na terça-feira, foi identificado um percentual inédito de produção solar diária de 6.621MWmed, representando 13% da demanda da região. O recorde anterior foi de 6.511MWmed, em 9 de dezembro do ano passado. (Fonte: ONS)
Preço médio da energia solar residencial caiu 3% no 4º trimestre de 2024, segundo estudo da Solfácil
O preço médio da energia solar fotovoltaica instalada em telhados residenciais foi de R$ 2,46 por watt-pico (Wp), no quarto trimestre de 2024, queda de 3% frente ao terceiro trimestre do ano passado, segundo estudo da empresa de geração distribuída Solfácil. Os preços referem-se à modalidade conhecida no setor como microgeração, que envolve centrais com potência de até 75 quilowatts (kW).
O valor é o menor desde que o indicador começou a ser medido pela Solfácil. Segundo a empresa, a queda de preços foi causada pela competitividade do mercado: mesmo com aumento nos preços dos equipamentos das centrais, especialmente nos últimos dois meses do ano, muitas empresas do segmento evitaram repassar tais custos aos consumidores. (Valor Econômico)
Trump suspende novas licenças para energia eólica nos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na segunda-feira (20/1) um decreto presidencial suspendendo temporariamente a emissão de novas licenças para projetos de energia eólica onshore e offshore em terras e águas federais.
O decreto determina que as secretarias do Interior, da Agricultura, de Energia, a Agência de Proteção Ambiental e os chefes de todas as outras agências envolvidas não devem emitir “aprovações novas ou renovadas, direitos de passagem, licenças, arrendamentos ou empréstimos para projetos eólicos onshore ou offshore”.
Entre as justificativas para a decisão está a necessidade de “promover uma economia energética capaz de atender à crescente demanda do país por energia confiável”. (Agência Eixos)
Conselho da Petrobras deve discutir preços de combustíveis sob pressão do governo
A Agência Infra informa que o conselho de administração (CA) da Petrobras marcou reunião para a próxima semana, na quarta-feira (29/1), ocasião em que será discutida a atual política de preços dos combustíveis da estatal, segundo fontes.
A reportagem ressalta que a convocação se dá em um momento em que a defasagem nos valores cobrados pela petroleira tem sido crescente. O governo Lula, por outro lado, sinaliza intensificar a pressão contra um reajuste diante do temor de impacto na inflação.
A Petrobras tem segurado ao máximo repassar aumentos desde que a atual presidente da companhia, Magda Chambriard, assumiu em maio de 2024. No ano passado, só houve um reajuste, em julho, que resultou no aumento do preço da gasolina. Já no caso do diesel, a última alteração foi em dezembro de 2023, ainda sob o comando de Jean Paul Prates.
Agora, analistas de mercado avaliam que a situação é insustentável. Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), há uma defasagem média de -25% no óleo diesel e de -13% dos preços praticados pela Petrobras comparados ao cenário internacional na segunda-feira (20/1).
BNDES aprova R$ 800 milhões para CPFL digitalizar medidores de energia
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de cerca de R$ 800 milhões para um plano de digitalização de três concessionárias de distribuição da CPFL Energia.
Os recursos devem ser usados na compra e na instalação de medidores inteligentes de consumo (smart meters), em substituição a equipamentos convencionais, conforme informações divulgadas ontem (22/1) pelo banco. (Folha de S. Paulo)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: O dólar voltou a fechar abaixo dos R$ 6 após mais de um mês. Com queda de 1,4%, a moeda encerrou ontem cotada a R$ 5,945, o menor nível desde 27 de novembro. O cenário internacional foi fundamental para o desempenho do câmbio. Em meio à expectativa de que o governo de Donald Trump irá taxar importações da China em percentuais bem menores do que vinha sinalizando, o dólar perdeu força globalmente.
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Folha de S. Paulo: O dólar despencou 1,40% nesta quarta-feira (22/1) e terminou o dia cotado a R$ 5,956. Essa é a primeira vez que a moeda norte-americana fica abaixo do patamar de R$ 6 desde dezembro do ano passado, quando esteve em uma sequência de disparadas em meio ao estresse fiscal do país.
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O Estado de S. Paulo: Um veto imposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na regulamentação da reforma tributária fará com que passem a ser taxados os fundos de investimentos relacionados a aluguel, compra e venda de imóveis e os do agronegócio (Fiagro). A tributação pode interferir na rentabilidade de um segmento com R$ 286 bilhões em ativos, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
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O Globo: Quando Donald Trump começou a divulgar suas indicações para cargos de alto poder em seu gabinete, muitos dos nomes despertaram atenção imediata, seja por estarem envolvidos em escândalos ou por serem considerados desqualificados para desempenhar tais funções. Para assegurar que seus indicados sejam confirmados sem resistência pelo Senado, apesar das controvérsias, o presidente americano tem uma carta poderosa em mãos: Elon Musk. O bilionário tem usado de seu vasto poder financeiro — sua fortuna, segundo a Forbes, chega a US$ 428 bilhões (R$ 2,5 trilhões) — para pressionar e ameaçar congressistas que se mostram contrários às nomeações, levantando questões sobre o alcance de sua influência no novo governo.