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ONS: volume de precipitações no Sudeste/Centro-Oeste pode encerrar o mês com níveis superiores à média histórica – Edição do Dia

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) de 4 a 10 de novembro indica que a Energia Natural Afluente (ENA) do Sudeste/Centro-Oeste deve encerrar o mês em 113% da Média de Longo de Termo (MLT), um patamar superior ao divulgado na primeira projeção (92% da MLT). As indicações das regiões Sul e Norte também apresentam comportamento idêntico, podendo atingir 384% da MLT (287% da MLT) e 68% da MLT (49% da MLT) respectivamente. O subsistema Nordeste tem ENA estimada em 32% da MLT.

As expectativas para a Energia Armazenada (EAR) são estáveis, com a manutenção da possibilidade de dois subsistemas encerrarem novembro acima de 60%: o Sudeste/Centro-Oeste, com 69,9%, e o Sul, com 64%, patamares similares àqueles divulgados na semana anterior. O mesmo padrão é verificado no Nordeste e Norte, cujas indicações de EAR são de 47,4% e 47,1%. Se o previsto para o Sudeste/Centro-Oeste se confirmar o índice será 23,4 p.p. superior a novembro de 2022 e o melhor resultado para a época em toda a série histórica iniciada em 2000.

As projeções para a carga em novembro de 2023 são de aceleração no Sistema Interligado Nacional (SIN), assim como nos submercados, sendo que o SIN e três regiões podem registrar um avanço superior a 10% em relação a novembro de 2022. Para o SIN, a estimativa é de expansão de 10,6% (79.485 MWmed) e entre os subsistemas o crescimento mais expressivo deve ser verificado no Norte, com 14,4% (7.670 MWmed), seguido pelo Nordeste, 12% (13.448 MWmed), e pelo Sudeste/Centro-Oeste, 11% (45.098 MWmed). A demanda de carga na região Sul deve crescer 5,6% (13.269 MWmed). Os percentuais comparam os resultados estimados para final de novembro de 2023, ante mesmo período do ano passado. (Fonte: ONS)

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Tarifa elevada: quase 40% do valor da conta de luz do brasileiro é voltada a tributos, encargos e perdas

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De acordo com levantamento feito pela Frente Nacional dos Consumidores de Energia, quase 40% do valor pago com energia elétrica no país é voltado a tributos, encargos e perdas. O levantamento prevê que o montante das contas de luz pagas pelos cidadãos deve chegar a R$ 342,8 bilhões no fim do ano. Desse valor, R$ 132,2 bilhões não são gastos diretos de energia.

Os cálculos técnicos da Frente indicam um total de 515,86 terawatt-hora (TWh) consumidos até o dia 31 de dezembro de 2023. Do total de R$ 342,8 bilhões a serem pagos, 61,40% (R$ 210,6 bilhões) devem ser voltados a gastos com energia, transmissão, distribuição e iluminação pública. Já os outros 38,60% (R$ 132,2 bilhões) correspondentes a custos com perda técnica, furto de energia, tributos e encargos.

Em entrevista ao portal de notícias Terra, o presidente da Frente, Luiz Eduardo Barata, detalhou quais são esses adicionais cobrados com a conta de luz no país.

Custo da instalação de painel solar cai 11% no terceiro trimestre

O preço médio para a instalação dos painéis solares em residências no Brasil foi de R$ 3,17 por watt-pico (Wp) no terceiro trimestre de 2023, queda de 11% em relação ao trimestre imediatamente anterior, aponta levantamento da Solfácil (plataforma tecnológica de financiamentos de energia solar).

Segundo o estudo, a queda nos preços ocorreu devido a redução do dólar frente ao real e custo mais baixo do frete internacional, com reflexos sobre o transporte de painéis solares, conforme explica o Canal EPBR.

O Sudeste teve a queda mais expressiva, de 13% no período. Os projetos mais baratos na região estão no Espírito Santo, com R$ 2,90 por Wp. O estado com o menor custo médio registrado, de R$ 2,89 por Wp, foi o Acre.

CDPQ planeja dobrar negócio de transmissão de energia

O fundo de pensão canadense CDPQ (Caisse de Dépôt et Placement du Québec) planeja dobrar o tamanho de seu negócio de transmissão de energia, a Verene Energia, pelos próximos cinco anos, segundo Eduardo Farhat, executivo-chefe que lidera as operações do grupo no Brasil. A expansão poderá ser feita com novos projetos conquistados em leilões ou por meio da compra de ativos operacionais, disse ele, em conversa com o Valor Econômico.

Na última quarta-feira (1º/11), a gestora anunciou a aquisição da Intesa (Integração Transmissora de Energia S.A.), subsidiária da Equatorial Energia que opera 695 km de linhas de transmissão nos estados de Tocantins e Goiás. O valor da operação foi de R$ 396 milhões, mas, somando as dívidas da empresa, o montante envolvido chega a R$ 714 milhões.

Sigma anuncia aumento das reservas de lítio em suas concessões no Vale do Jequitinhonha

A Sigma Lithium, companhia de mineração e industrialização de lítio grau bateria com operações no Vale do Jequitinhonha (MG), anunciou na noite de quarta-feira (1º/11) que seu programa de exploração de recursos minerais apontou potencial aumento, ao montante de 110 milhões de toneladas, nas reservas de suas concessões situadas em Araçuaí e Itinga.

Segundo a empresa, em comunicado, o programa conduzido junto com a SGS Canada indicou potencial de recursos minerais para a chamada fase 4 de produção de lítio no projeto Grota do Cirilo. Desde abril, a empresa já opera a fase 1 e finaliza estudos para implantar as fases 2 e 3.

A Sigma informa que elevou o potencial de exploração da fase 4 para aproximadamente 26 milhões a 30 milhões de toneladas de minério de lítio em seus corpos de minério (tipo pegmatitos). Destaca que é um “aumento potencial significativo de 25% na estimativa de recursos minerais” no complexo Grota do Cirilo, no Vale do Jequitinhonha. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.

EDP vende dois ativos de transmissão por R$ 2,7 bilhões

A Energia do Brasil (EDP) vendeu duas linhas de transmissão — EDP Transmissão SP-MG e Mata Grande Transmissão de Energia — para a Edify, um fundo da Actis. O valor da transação foi de R$ 2,7 bilhões. “Esta operação faz parte da estratégia de rotação de ativos de transmissão no Brasil, definida no plano de negócios da companhia”, afirma a EDP em nota.

As linhas de transmissão vendidas têm extensão total de 857 quilômetros, segundo a companhia. “Dentre os 29 países em que o grupo EDP atua, o Brasil é o único mercado com ativos em transmissão. Esta é uma de nossas avenidas de crescimento, de forma que a EDP continuará engajada na realização de investimentos futuros em lotes de transmissão e implementando uma estratégia de rotação de ativos. Seguimos agora com foco na análise dos lotes para os próximos leilões”, afirma o CEO da EDP, João Marques da Cruz. (MoneyTimes)

Primeira fábrica de aerogeradores da Goldwind fora da China será em Camaçari (BA)

A Goldwind, uma das maiores fornecedoras de turbinas eólicas do mundo, vai instalar uma fábrica de aerogeradores em Camaçari, na Bahia. É a primeira da companhia fora da China. A unidade baiana vai começar a operar em março de 2024.

A planta vai fabricar equipamentos de 6 MW a 8 MW de potência. Atualmente, os aerogeradores produzidos nacionalmente têm até 6 MW. Com a nova fábrica, a companhia chinesa espera conquistar uma participação de 25% a 30% do mercado brasileiro de turbinas eólicas. A unidade também será um hub de exportação para outros países da América, segundo a empresa. (Canal EPBR)

Cemig passa a usar na rede cabo de energia sustentável

O Valor Econômico informa que a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) é a primeira distribuidora de energia elétrica a utilizar cabos cujo isolamento tem em sua composição o uso de material contendo plástico de origem vegetal. O isolamento do “cabo green”, desenvolvido pela Prysmian, conta com 20% de polietileno oriundo da cana-de-açúcar, como parte do plano da companhia de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Após a realização de testes em laboratório, a adoção do cabo na rede de baixa tensão da companhia está sendo feita, inicialmente, como parte de um projeto-piloto que prevê a implantação de 10 quilômetros do cabo. Serão avaliados parâmetros operacionais e de segurança em diversas regiões da área de concessão da Cemig.

De acordo com a reportagem, essa extensão já é capaz de evitar a emissão de 1,8 tonelada de gás carbônico, afirmam as duas empresas. Na região metropolitana de Belo Horizonte, foram instalados 300 metros em um circuito, em substituição a uma rede de cabos nus. Os testes, que vão durar dois anos, avaliarão fatores como envelhecimento e degradação sob sol e chuva, aplicação de cargas e impactos no transporte, entre outros pontos. O objetivo é atestar o uso seguro do novo produto nas diferentes regiões de Minas Gerais, estado com diferentes características climáticas.

El Niño agora está atrasando a subida dos rios na Amazônia depois de seca histórica

O jornal O Estado de S. Paulo informa que, depois de meses sem chuvas que levaram a Bacia do Amazonas à pior seca em mais de um século, a situação começou a se estabilizar na região. O processo, no entanto, é lento e, agravado pelo El Niño, não deve ser normalizado antes de dezembro.

Desde maio, parte dos estados do Amazonas e do Pará vem registrando chuvas abaixo da média. A reportagem explica que o fenômeno El Niño eleva as temperaturas do Oceano Pacífico e o aquecimento anormal das águas altera as correntes de ventos e as precipitações.

Com a alteração nos padrões de chuva provocados pelo El Niño, especialistas apontam que os rios da Bacia do Amazonas deverão ter uma subida atrasada e lenta. De acordo com dados do Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Amazonas, divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), o Rio Negro, em Manaus, por exemplo, apresentou estabilidade ao subir 17 centímetros nos últimos dias e, assim, interromper a série de descidas que duraram mais de 130 dias.

No mês passado, a média de descida chegou a 10 centímetros por dia. A atual seca histórica acontece dois anos após o Rio Negro ter registrado a sua maior cheia, em 2021, quando a marca de 30,02 metros foi atingida em Manaus.

Refinaria privatizada do Amazonas vende gás 72% mais caro do que a Petrobras

Reportagem da Folha de S. Paulo indica que a Refinaria Amazônia (Ream), em Manaus, privatizada em dezembro de 2022, hoje pratica o preço mais alto do país na venda do botijão de gás de 13 kg, a R$ 54, enquanto nas unidades da Petrobras o vasilhame sai por R$ 31. A diferença atual, medida pelo Observatório Social do Petróleo (OSP), é a maior desde que a refinaria foi desestatizada.

Segundo levantamento do OSP, entre 1º de julho e 18 de outubro o preço do botijão da Ream ultrapassava em 44% o da Petrobras e já registrava diferença recorde. No dia 19 de outubro, a refinaria amazonense aumentou em 19% o preço do gás de cozinha, ampliando ainda mais essa margem. Os dados mostram ainda que Ream foi responsável por 24% da oferta de gás liquefeito de petróleo (GLP) no Norte do país em 2023 e a Petrobras por 75,8%.

Em 11 meses, governo ainda não indicou presidência da PPSA, estatal-chave para a política de gás

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou no seu 11º mês na quarta-feira (1º/10) sem indicar o comando da PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.), estatal considerada fundamental para a política de gás natural no país.

A empresa é comandada interinamente por Tabita Loureiro, diretora-técnica empossada em 1º de agosto, que assumiu provisoriamente a presidência, acumulando as funções enquanto o governo não tem um nome para a vaga.

Embora ainda não tenha oficializado quem comandará a empresa, o governo a inseriu como peça-chave do programa Gás Para Empregar. O “swap” de hidrocarbonetos, um mecanismo de troca de óleo da União por gás a preços competitivos, seria um dos principais destaques desse programa. (Agência Infra)

Especialistas criticam privilégios criados pela reforma tributária

Reportagem publicada pelo portal Metrópoles indica que especialistas consideram positivos os efeitos da reforma tributária que deve ser votada na próxima terça-feira (7/11) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Eles afirmam, por exemplo, que as propostas simplificam o sistema de tributos. Muitos deles, contudo, veem um grave senão nas medidas em debate: a criação de ilhas de privilégios para uns poucos setores da sociedade.

Na avaliação do economista Maílson da Nóbrega, sócio da consultoria Tendências, essas brechas oferecem um retrato do poder dos lobbies para obter ou ampliar privilégios no Brasil. Para ele, a lista de problemas começa com a redução do imposto sobre o valor agregado (IVA), que incide sobre o consumo de serviços.

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: Norte puxa alta do PIB, além do Centro-Oeste. Além do forte impacto do agronegócio no Centro-Oeste, elementos menos dependentes do ciclo econômico doméstico impulsionam a atividade no Norte neste ano, o que contribui para o PIB em 2023. A expansão da região surpreendeu no 2º trimestre e deve ficar na vice-liderança em dezembro, atrás da do Centro-Oeste, prevê a consultoria 4intelligence.

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O Globo: Haddad indica que alíquota pode ir a 27,5% com novas exceções. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem (2/11) que as novas exceções no texto da Reforma Tributária, incluídas pelo relator do projeto no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), elevam a alíquota padrão em meio ponto percentual. Haddad e Braga se reuniram em Brasília. Com base na proposta original, a estimativa da área técnica da Fazenda em agosto era que o percentual usado para calcular o valor do imposto ficasse entre 25,45% e 27%. Mas, com as novas concessões, a alíquota pode chegar a 27,5%.

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Folha de S. Paulo: Aliados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se lançaram em uma operação para preservar a imagem do chefe da equipe econômica, após o presidente ter dito que “dificilmente” o país eliminará o déficit no ano que vem —abrindo caminho para enterrar um dos principais objetivos do ministro Fernando Haddad (Fazenda). Enquanto a Casa Civil estuda enviar uma mensagem ao Congresso para concretizar a mudança, uma ala do governo busca uma solução menos desgastante para o ministro para a revisão da meta de déficit zero proposta para 2024.

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O Estado de S. Paulo: Com guerra, crescem casos de antissemitismo e islamofobia. Estados Unidos, Europa e Brasil veem aumento de ameaças e agressões.

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