O jornal O Globo informa que Belo Monte e Tucuruí, no Pará, e Sobradinho, na Bahia, que somam 20% do potencial hidrelétrico do país, estão desperdiçando água por falta de capacidade de escoar toda a energia que podem produzir. Parte da água é liberada rio abaixo sem passar pelas turbinas.
Enquanto isso, ressalta a reportagem, parte das linhas de transmissão para o Centro-Sul está ocupada por uma termelétrica que custa R$ 378 milhões por mês, mesmo com energia mais barata disponível nas hidrelétricas, depois das chuvas recentes que recuperaram parte dos reservatórios.
Uma das termelétricas citadas pela reportagem é a Porto Sergipe, que tira espaço das hidrelétricas nas linhas de transmissão que ligam os sistemas do Norte e do Nordeste ao centro-sul do país. Ela custa R$ 12,6 milhões por dia, R$ 378 milhões por mês.
Para dar uma dimensão do que isso significa, a reportagem lembra que o programa adotado pelo governo para estimular a economia de energia entre setembro e dezembro gerou um bônus de R$ 2,4 bilhões, ou R$ 600 milhões por mês. O custo mensal de uma única termelétrica é mais da metade do montante destinado a descontos nas contas de luz de 35,3 milhões de consumidores nas faturas de janeiro.
Após aquisições, TotalEnergies terá no Brasil 10% da sua produção mundial
Reportagem publicada hoje (24/01) pelo Valor Econômico destaca que a TotalEnergies deu um passo importante para fortalecer a presença no país, ao comprar, em dezembro, parte dos volumes excedentes da cessão onerosa de Sépia e Atapu, no pré-sal, por R$ 2,9 bilhões em bônus de assinatura.
O presidente global da companhia, Patrick Pouyanné, conta que os novos ativos, por estarem em operação, renderão frutos já neste ano e que, com as aquisições, o Brasil atingirá uma participação de 10% dentro de toda a produção global de petróleo da empresa em 2023.
Com ambições de crescimento tanto no setor de óleo e gás quanto em energias renováveis, a multinacional prevê investir, por ano, cerca de US$ 1 bilhão no mercado brasileiro em cinco anos. A TotalEnergies (ex- Total) mudou de nome em 2021, para simbolizar o plano de transição energética.
EPE publica os fatos relevantes da indústria de óleo e gás de dezembro de 2021
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) traz, em seu site, um resumo sobre o que aconteceu de mais relevante na indústria de óleo e gás em dezembro de 2021.
Entre as informações e análises em destaque em nível internacional estão a recuperação nos preços do petróleo após um período de baixa por causa da rápida disseminação da variante ômicron do coronavírus; os acordos de importação de gás natural liquefeito (GNL) a longo prazo estabelecidos pela China com EUA e Qatar; e a volatilidade dos preços internacionais do gás natural.
No Brasil, a publicação cita o leilão dos volumes excedentes da cessão onerosa, a aprovação de planos de desenvolvimento, declarações de comercialização e as aprovações de campanhas exploratórias.
A publicação “Fatos Relevantes da Indústria do Óleo & Gás”, da EPE, divulga, mensalmente, os principais eventos ocorridos na indústria de petróleo e gás natural, no contexto internacional e nacional. Acesse aqui a íntegra do documento.
Nove em cada dez consumidores temem novos aumentos na conta de luz
O portal EPBR informa que quase nove entre dez consumidores temem novos aumentos no preço da energia elétrica em 2022. Os números são de uma pesquisa da Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), encomendada pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS).
Dentre os principais responsáveis pelos aumentos, foram apontados o governo federal (47%) e os governos estaduais (43%, com destaque no Sudeste), seguidos pelas empresas de energia (32%, com destaque no Norte) e as usinas hidrelétricas (20%). Foram ouvidas 2002 pessoas em seus domicílios, com 16 anos ou mais, em todas as regiões do Brasil, entre 11 e 17 de novembro.
Shell retira Royal Dutch do nome
A Shell anunciou na sexta (21/01) que vai retirar o “Royal Dutch” – parte da sua identidade desde 1907 – do nome. Dutch significa holandês, na tradução do inglês. Segundo a companhia, as participações dos acionistas não serão afetadas pela mudança de nome e os certificados de ações existentes devem ser retidos, pois permanecerão válidos e não serão emitidos novos certificados de ações. A mudança acontece na esteira da transferência de sede da Holanda para a Grã-Bretanha. (portal EPBR)
PANORAMA DA MÍDIA
Investidores estrangeiros têm reduzido apostas contra o real no mercado de câmbio, informa o Valor Econômico. Dados de operações realizadas na B3 até quinta-feira (20/01) mostram que a posição comprada de estrangeiros, isto é, os contratos em que o investidor lucra com a alta do dólar, encolheu US$ 7,6 bilhões nas últimas duas semanas, para US$ 19,7 bilhões. Este é o menor montante desde 31 de outubro, quando o dólar estava cotado a R$ 5,1697.
A posição vendida, em que o investidor aposta na queda do dólar (ou valorização do real), de investidores institucionais locais (fundos de pensão, seguradoras) está estacionada em US$ 59 bilhões, perto do pico registrado em junho de 2021, quando o dólar operou abaixo de R$ 5,00. São essas movimentações que definem a cotação do dólar, explica a reportagem. Neste ano, o real acumula valorização de 2,21%.
*****
O jornal O Globo informa que três partidos do centrão – PL, PP e Republicanos – comandam ao menos 32 postos-chave na administração federal e têm sob gestão mais de R$ 149,6 bilhões. Além disso, deputados e senadores dessas legendas foram beneficiados com ao menos R$ 901 milhões do orçamento secreto, mecanismo de distribuição de verba parlamentar de forma desigual e sem transparência.
*****
No ano passado, 64,3% dos inadimplentes que renegociaram dívidas em 2020 deixaram de pagar os compromissos em dia, ao menos uma vez, e ficaram novamente inadimplentes, revela uma pesquisa nacional da Boa Vista, empresa especializada em análise de crédito, obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo.
*****
O número de pessoas que vivem nas ruas de São Paulo cresceu 31% durante a pandemia de covid-19. Em 2021, segundo a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), havia 31.884 pessoas sem-teto na cidade, são 7.540 a mais do que o registrado em 2019, quando eram 24.344 nessa situação. Em relação a 2015, quando havia 15.905 moradores de rua, o número dobrou.
Os dados foram obtidos pela Folha de S. Paulo e fazem parte do censo de população de rua encomendado pela prefeitura. O levantamento, feito entre outubro e dezembro de 2021, ainda indica uma mudança do perfil daqueles que não têm um lar. O número de famílias que foram morar nas ruas quase dobrou durante a pandemia.