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Para atender a demanda de carros elétricos, são necessárias 50 novas minas de lítio – Edição da Manhã

A mineração de lítio, elemento-chave na fabricação de baterias para carros elétricos, vive em meio a uma corrida mundial por suprimento de matérias-primas às fabricantes de baterias em diversas partes do mundo. A pressão vem também das montadoras de automóveis, que têm metas fixadas de substituição de carros a combustão por elétricos nos próximos anos — 2030 é considerado um marco para a transformação da indústria automobilística global.

Reportagem do Valor Econômico ressalta que recente relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) lançou sombras sobre a viabilidade dessa trajetória nos próximos oito anos. Diz que centenas de novas minas são necessárias para atender à demanda de metais para as baterias elétricas — além do lítio, são fundamentais na fabricação níquel, cobalto e outros materiais críticos.

Conforme a AIE, precisa haver uma expansão correspondente a dez vezes para garantir suprimento até 2030. O relatório aponta que terão de ser construídas mais 50 minas de lítio, 60 de níquel e 17 de cobalto nesse período para se alcançar as metas de emissões líquidas de carbono. Segundo a agência, a demanda por baterias de veículos elétricos crescerá de 340 giga-watts/hora (GWh) atuais para mais de 3.500 GWh até 2030. Por isso, se vislumbra uma grande pressão por suprimento até lá.

Agosto registrou 31 recordes de geração eólica e solar, diz ONS

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As energias solar e eólica no país registraram 31 recordes de geração em agosto, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Entre 26 e 31 de agosto, foram verificados dez recordes, sendo seis da fonte solar e quatro da eólica.

Entre os recordes da geração solar, o Sistema Interligado Nacional (SIN) teve pico de produção instantânea de 4.748 MW, às 10h48 do dia 29 de agosto, o que representa 7,0% da demanda brasileira. A melhor marca anterior era de 4.606 MW, às 12h46, verificada alguns dias antes, em 19 de agosto. No mesmo dia houve um outro recorde de geração, de 1.762 MW médios, equivalente a 2,6% da demanda nacional. O anterior era de 1.718 MW médios, registrado em 27 de agosto.

Já a geração eólica atingiu 17.670 MW de geração instantânea no dia 30 de agosto, correspondendo a 23,9% da demanda do SIN, superando os 17.321 MW aferidos no dia 12 de agosto. Ainda de acordo com o ONS, no mesmo dia 30, as eólicas geraram 15.143 MW médios, o que corresponde a 22,3% da demanda do SIN, acima dos 14.520 MW médios, no dia 17 de agosto. (Valor Econômico)

Para presidente da Equinor, transição energética inclui preço

Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente global da petroleira norueguesa Equinor, Anders Opedal, vê as discussões sobre a transição para uma economia de baixo carbono mais equilibradas depois que os debates passaram a incluir também os temas da segurança energética e dos preços de energia.

“Governos e empresas precisam encontrar soluções que encaixem esses fatores”, disse ao ser perguntado sobre as principais conclusões da Offshore Nothern Seas (ONS), maior evento sobre energia da Europa, realizado, na semana passada, na Noruega.

O executivo, que foi presidente da Equinor Brasil antes de se tornar CEO global em 2020, disse que vê o país como um “gigante energético”, com um papel importante na descarbonização mundial. “O mundo vai precisar do petróleo que o Brasil pode produzir. Ainda há uma demanda crescente, é necessária mais energia para garantir o crescimento econômico de muitos países”, diz. O Brasil é hoje o principal mercado da Equinor fora da Noruega e corresponde a 30% do seu portfólio internacional.

União Europeia avalia teto do gás russo para controlar alta de energia

Com a crise energética devastadora causada na Europa pela invasão da Ucrânia pela Rússia, a Comissão Europeia disse ontem (07/09) que pedirá aos países que aprovem um amplo teto para o preço do gás russo. Também está propondo medidas como cortes obrigatórios no uso de eletricidade, um imposto sobre empresas de petróleo e gás e um imposto sobre o preço da eletricidade gerada por fontes renováveis.

As medidas, que foram apresentadas pela presidente da comissão, Ursula von der Leyen, prepararam o cenário para um período de intenso e urgente debate na União Europeia (UE) para enfrentar a crise energética sem precedentes que envolve a região, enquanto a Rússia corta seu fornecimento de gás natural para muitos países membros da UE, colocando o gás e os mercados de eletricidade relacionados em forte espiral ascendente. (Folha de S. Paulo / The New York Times)

A Comissão Europeia planeja propor que os 27 estados membros do bloco limitem as receitas extraordinárias de empresas que produzem energia de outras fontes que não o gás e usem os lucros para apoiar os consumidores, disse Ursula von der Leyen. Isso seria feito através da imposição de um teto de preço sobre a eletricidade gerada a partir de tecnologias como energias renováveis, linhite ou energia nuclear. (O Globo)

Liz Truss, nova líder do Reino Unido, finaliza plano de subsídio de 100 bilhões de libras à energia

A nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Trus preparou ontem (07/09) os detalhes finais de um plano para enfrentar o aumento das contas de energia. A proposta tem o potencial de diminuir a inflação, mas acrescentará mais de 100 bilhões de libras (R$ 605 bilhões) às dívidas do país, informa a Folha de S. Paulo (com agência de notícias Reuters).

Um dia depois de tomar posse, em seu primeiro dia inteiro como líder britânica após substituir Boris Johnson, Truss disse ao Parlamento que apoiaria empresas e famílias que estão se preparando para uma recessão, prevista para começar ainda neste ano. A libra esterlina caiu para seu nível mais baixo em relação ao dólar desde 1985, em parte devido às preocupações dos investidores sobre a escala da dívida que a Grã-Bretanha terá que vender para financiar o plano de apoio à energia e os cortes de impostos que a primeira-ministra também prometeu.

PANORAMA DA MÍDIA

Com reportagens, editoriais e análises, os atos realizados ontem (07/09) em Brasília e Rio de Janeiro, com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL), são o principal destaque hoje na mídia.

No dia que deveria ser dedicado aos 200 anos da independência, Jair Bolsonaro fez o maior ato de sua campanha pela reeleição. (O Estado de S. Paulo)

Os atos em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, onde houve exibição da esquadrilha da fumaça e desfile naval, atraíram multidões, a maioria vestindo cores da bandeira. (O Globo)

O presidente Jair Bolsonaro assistiu a eventos oficiais em Brasília e no Rio, mas, em carros de som na capital e em Copacabana, ignorou a celebração do Bicentenário da Independência e atacou o petista Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas de intenção de voto, ao afirmar que “esse tipo de gente tem de ser extirpada da vida pública”. Apesar de uma série de denúncias, repetiu não haver corrupção em seu governo. Sem citar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro ameaçou enquadrar os demais Poderes. “Esperem uma reeleição para ver se todos não vão jogar dentro das quatro linhas da Constituição”. (Valor Econômico)

O QG da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) está a postos para tratar e disponibilizar as imagens do desfile do Bicentenário da Independência e das manifestações para distribuir a apoiadores tão logo quanto possível. A ideia é ter tudo pronto para usar já na propaganda eleitoral desta quinta-feira (08/09) e prolongar a sensação de festa que tentam criar. (Folha de S. Paulo)