A Folha de S. Paulo traz matéria sobre a diversificação de investimentos da indústria do petróleo, publicada em sua edição “Seminários Folha”. O destaque é a aposta feita por grandes companhias do setor em matrizes energéticas mais limpas, como a solar e a eólica.
Trata-se de uma estratégia de sobrevivência no longo prazo, traçada em decorrência de exigências da sociedade por uma matriz energética mais limpa e de novas soluções criadas a partir do desenvolvimento tecnológico.
Entre os exemplos citados pela reportagem está a Shell, que criou há cerca de dois anos uma linha de negócios focada em novas energias, com investimentos em novos combustíveis e em energia elétrica. O Brasil está entre os cinco países escolhidos pela companhia para receber a maior parte dos investimentos em novas energias. Uma das apostas no mercado brasileiro é a descentralização do consumo de energia elétrica, principalmente com a expansão do mercado livre de energia.
Outro exemplo citado pela reportagem é a empresa norueguesa Equinor. A companhia já anunciou que até 2030 vai direcionar 20% de seus investimentos globais para energias renováveis. A companhia francesa Total também ampliou sua aposta no setor elétrico. A meta da empresa é que, dentro de 20 anos, as energias de baixo carbono representem 20% de seu portfólio.
A Petrobras tem acordos de negócios com a Total e a Equinor para projetos no setor de renováveis.
ONS eleva previsão de chuvas nas áreas de hidrelétricas do país em abril
O portal de notícias DCI e outros canais de internet informam que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) elevou a perspectiva de chuvas em hidrelétricas da região Sudeste para o mês de abril, em 99 % da média histórica, ante os 92 % previstos na semana passada, conforme relatório divulgado hoje (18/04).
O ONS ainda estima chuvas em 100 % da média histórica nas hidrelétricas do Sul em abril, ante 99 % na previsão anterior, e 57 % no Nordeste, ante 53 % na semana passada. Quanto à carga, o ONS não fez alterações, mantendo a estimativa de alta de 1,6 % na carga de energia do Sistema Nacional em abril, na comparação anual.
Energia solar ultrapassa nuclear em capacidade instalada no Brasil
O site Ambiente Energia informa que o Brasil ultrapassou a marca de 2.000 megawatts (MW) de potência operacional em sistemas de geração centralizada solar fotovoltaica, ou seja, usinas de grande porte, conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). De acordo com mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a fonte solar fotovoltaica atingiu um total de 2.056 MW de potência instalada operacional, o equivalente a 1,2% da matriz elétrica do país.
Com isso, passa a ocupar a posição de 7ª maior fonte do Brasil, ultrapassando a nuclear, com 1.990 MW (1,2%) provenientes das usinas de Angra I e Angra II, localizadas no Rio de Janeiro.
O Brasil possui hoje usinas solares fotovoltaicas de grande porte operando em nove estados nas regiões Nordeste, Sudeste e Norte do País, com destaque para Bahia, Minas Gerais e Piauí. Segundo o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, o Brasil possui atualmente 73 projetos de geração centralizada solar fotovoltaica em operação, contratados por meio de leilões de energia elétrica do Governo Federal.
EPE participa de audiência pública na Alerj
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) participou da segunda audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), realizada terça-feira (16/04), para analisar o cenário atual e apresentar propostas para a geração e distribuição de energia elétrica no estado. Também participaram do encontro representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico e da distribuidora Enel Rio.
Entre os temas abordados estavam reclamações da população em relação ao serviço oferecido no setor de energia elétrica e a demanda por melhorias na qualidade da distribuição e no atendimento aos consumidores. As informações são do site da EPE.
PANORAMA DA MÍDIA
A nova edição da revista Época, que começa a circular, traz como reportagem de capa o questionamento sobre a volta da censura à imprensa, em decorrência de uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de censurar a revista digital Crusoé, do site O Antagonista, que na última sexta-feira (12/04) publicou reportagem relacionando o presidente do STF, José Antonio Dias Toffoli, à delação premiada do empresário Marcelo Odebrecht. Uma decisão de Moraes tirou a reportagem do ar, no site da revista. Em suas palavras, o texto era “fake news”.
Diz a chamada de capa da Época: “Cerceamento por parte da Corte à imprensa fere o direito de livre manifestação e acirra os ânimos — já tensos — no Poder Judiciário.”