A Voltalia, empresa produtora de energia renovável e prestadora de serviços no setor, anunciou na segunda-feira (3/7) a injeção dos primeiros megawatts do SSM3-6, um parque solar de 260 megawatts (MW) localizado no Rio Grande do Norte, no Sistema Interligado Nacional (SIN). A energia será vendida para a Copel.
O parque solar SSM3-6 (Solar Serra do Mel 3, 4, 5 e 6) faz parte do cluster Serra Branca, um dos maiores complexos de energia renovável do mundo, com capacidade que pode chegar a 2,4 gigawatts (GW). Está localizado em uma região que abrange os municípios de Serra do Mel e Areia Branca (RN). Segundo a Voltalia, o novo sistema confirma a vocação híbrida do parque, que combina geração eólica com solar. Além disso, conforme destacou a empresa, o empreendimento abre espaço para projetos de produção de hidrogênio verde no estado.
A construção do parque solar que começa a ser entregue agora foi iniciada em março de 2022. A capacidade total de 260 MW será gradualmente comissionada nos próximos meses. A usina é respaldada por um contrato de compra de energia de 14 anos com a Copel. (portal Terra)
Vibra e Comerc lançam trading de crédito de carbono com foco no avanço de mercado até 2030
A Vibra e a Comerc Energia lançaram ontem (4/7) uma mesa de negociação de créditos de carbono e certificados de energia renovável, mirando um mercado em amadurecimento que deve movimentar volumes crescentes conforme as empresas se aproximam do horizonte de 2030, para cumprimento de suas metas de descarbonização.
A mesa recém-lançada vai comprar e vender créditos de projetos sustentáveis, sejam eles próprios — como os de geração de energia renovável da Comerc, empresa da qual a Vibra detém 50% do capital — ou de terceiros e de outros tipos, como ligados a florestas, que serão selecionados por meio de curadoria.
A ideia é fornecer alternativas para que as empresas possam neutralizar suas emissões de gases do efeito estufa e acelerar a descarbonização de seus processos produtivos. As parceiras não divulgaram projeções para volumes a serem negociados ou receitas relacionadas à mesa de trading, mas executivos das companhias reiteraram a expectativa de forte crescimento desse mercado nos próximos anos, no Brasil, sobretudo se houver regulamentação. (UOL – com informações da agência de notícias Reuters)
Vibra conclui venda da ES Gás para a Energisa por R$ 863 milhões
A Vibra anunciou na segunda-feira (3/7) a conclusão da venda da Companhia de Gás do Espírito Santo (ES Gás) para a Energisa. A venda ocorreu por meio de um leilão de privatização realizado em março, no qual a Energisa apresentou proposta de R$ 1,423 bilhão por 100% da distribuidora capixaba de gás canalizado.
A ES Gás é a distribuidora de gás natural do Espírito Santo, com contrato de concessão até 22 de julho de 2045. Atualmente, a empresa atende cerca de 75 mil clientes em 13 municípios, com volume médio comercializado de 2,2 milhões de metros cúbicos por dia em 2022. (Agência EPBR)
Exigência de exclusividade da Unipar para negociar Braskem não tem consenso de credores
O Valor Econômico apurou que a Unipar condicionou o processo de “due diligence” (auditoria) na Braskem à exclusividade nas negociações. Mas a companhia não deverá contar com o alinhamento dos bancos credores da Novonor (ex-Odebrecht) para garantir essa operação. A Novonor é acionista controladora da Braskem.
Além da Unipar, a Apollo e a Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc) apresentaram oferta formal em maio pela petroquímica. De acordo com uma fonte da reportagem, a Petrobras também estaria alinhada com os credores em discutir o que já está na mesa e manter o processo mais competitivo.
A proposta da Unipar é a que mais agrada à Novonor, uma vez que o grupo manterá uma participação de 4% na petroquímica. O ex-conglomerado quer manter uma fatia minoritária na Braskem, considerada a joia da coroa do grupo, que está em recuperação judicial. Sem a exclusividade, porém, não há disposição da Unipar de avançar no processo.
Conforme comunicados da Braskem e Unipar, a Novonor convidou a Unipar para fazer a “due diligence” na petroquímica. No entanto, para fazer essa auditoria, a companhia teria de desembolsar ao menos R$ 70 milhões.
BNB disponibilizou R$ 2 bilhões para GD solar nos últimos cinco anos
O Canal Solar informa que nos últimos cinco anos, o Banco do Nordeste (BNB) realizou mais de 24,7 mil operações de crédito e disponibilizou cerca de R$ 2 bilhões para o financiamento de projetos de energia solar, no segmento de geração distribuída (GD), por meio do programa FNE Sol.
A linha de financiamento inclui produtos como módulos fotovoltaicos, inversores, componentes e materiais elétricos, com juros pré-fixados e ofertados a partir de 7,9% ao ano.
Usinas da Saint Gobain no Brasil vão substituir gás natural por biometano da Gás Verde
Com mais de 60 fábricas só no Brasil, a gigante francesa de materiais de construção Saint Gobain vai substituir o gás natural que alimenta seus fornos no país por biometano. O insumo será produzido pela Gás Verde, empresa do grupo Urca Energia, que mantém usinas em aterros sanitários para purificar o biogás gerado a partir do lixo.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Saint Gobain na América Latina, Javier Gimeno, detalhou que o plano é fazer essa transição para biometano, iniciada no Brasil, em todas as unidades do continente antes de 2030, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa até lá em 35%. A meta global é chegar à neutralidade em carbono até 2050.
Biogás produzido a partir do bagaço da cana-de-açúcar ganha escala no Brasil
Reportagem publicada pelo Canal da Cana, com base em informações da União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo (Única), ressalta que dentre as rotas para a descarbonização da matriz energética brasileira, a contribuição do setor sucroenergético tem crescido e diversificado a oferta de renováveis.
Além do etanol e da bioeletricidade, desponta no setor a produção de biogás, que por sua vez é fonte para o biometano, combustível equivalente ao gás natural, mas com uma pegada de carbono bastante inferior. Segundo levantamento da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), nos próximos cinco anos, 65 novas plantas de biometano devem entrar em operação no país, juntando-se às mais de 750 plantas de biogás já em funcionamento.
Cemig busca aprovação no Legislativo para renovar concessões
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) precisa manifestar, até o fim deste ano, o interesse na renovação das concessões de duas grandes hidrelétricas, mas a principal opção para mantê-las em seu portfólio é alienar o controle acionário, o que dependerá de aprovação da Assembleia Legislativa mineira.
Segundo disse à agência de notícias Reuters o diretor de geração e transmissão da estatal, Thadeu Carneiro, a aprovação legislativa para a prorrogação contratual das hidrelétricas Nova Ponte e Emborcação é necessária porque, pelas regras atuais de renovações de concessões federais, a Cemig teria que “privatizar” mais da metade de seu parque gerador. (Diário do Comércio)
Produção de petróleo e gás no pré-sal cresce 5,9% de abril para maio
O Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural de maio, divulgado ontem (4/7) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), revela que a produção na região do pré-sal alcançou 3,196 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Esse total corresponde a 77,8% da produção brasileira.
Foram produzidos 2,510 milhões de barris diários de petróleo e 109,16 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) de gás natural, em 144 poços. O aumento registrado foi de 5,9% em relação a abril deste ano e de 12,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No total, em maio de 2023, foram produzidos no país 4,110 milhões de barris de óleo equivalente por dia, sendo 3,201 milhões de barris de petróleo e 144,410 milhões de metros cúbicos de gás natural.
No petróleo, houve aumento de 1,9% na comparação com o mês anterior e de 11,2% em relação a maio de 2022. No gás natural, a produção aumentou 2% ante abril de 2023 e 9,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado. (Agência Brasil)
Acionistas da Enauta aprovam destituição do conselho e eleições de novos membros
O Valor Econômico informa que os acionistas da Enauta, reunidos ontem (4/7) em assembleia geral extraordinária (AGE), aprovaram a destituição dos atuais membros do conselho de administração. Eles também aprovaram em sete o número máximo de membros efetivos a compor o conselho, sem suplentes.
Os novos conselheiros eleitos são Antônio Augusto de Queiroz Galvão, Ricardo de Queiroz Galvão, Luiz Carlos de Lemos Costamilan, Mateus Tessler Rocha, Fábio de Barros Pinheiro, Ana Marta Horta Veloso e Bruno Pirim Baratta. Eles terão mandato unificado de dois anos, a contar de ontem.
PANORAMA DA MÍDIA
A reforma tributária, que está para ser votada na Câmara dos Deputados é o principal destaque da mídia nesta quarta-feira (5/7).
A promessa de um esforço concentrado partiu do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que tem tido um bom diálogo com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) e também se coloca como uma espécie de fiador da reforma tributária, pois deseja imprimir essa marca à sua gestão no comando da Casa. (Folha de S. Paulo)
O Valor Econômico informa que o residente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conta votos entre os partidos para tentar aprovar a reforma tributária até o fim desta semana. As diversas siglas, prefeitos e governadores intensificaram as reuniões ontem, e o relator da proposta, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), sinalizou que apresentará novo parecer para acolher algumas sugestões que tem recebido.
Governadores e centenas de prefeitos estão em Brasília negociando com deputados pontos da reforma tributária, o que tem travado a tramitação da proposta. Parte dos governadores e prefeitos é contra pontos do texto e defende o adiamento da votação. (O Globo)
Manifesto assinado por mais de 60 empresários e economistas apoia formado em debate na Câmara. (O Estado de S. Paulo)