MegaExpresso

Parte dos dividendos pagos pela Petrobras virá de reservas de retenção de lucros – Edição da Manhã

A Petrobras divulgou comunicado atualizando dados sobre a distribuição de R$ 43,68 bilhões em dividendos anunciada ontem (03/11). Segundo a companhia, dos R$ 3,3489 pagos por ação preferencial e ordinária em circulação, R$ 3,1448 se referem à antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2022, com base no balanço de 30 de setembro de 2022; e R$ 0,2041 por ação será pago “à conta de reservas de retenção de lucros constantes no balanço do exercício social de 2021”.

Com mais um anúncio de pagamento expressivo de proventos, o montante distribuído pela Petrobras a seus acionistas em 2022 já soma R$ 179,96 bilhões, 77,5% superior ao pago em todo o exercício 2021. No primeiro trimestre deste ano, o colegiado aprovou o pagamento de R$ 48,5 bilhões de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). Em julho, a companhia confirmou o pagamento de outros R$ 87,8 bilhões dividendos, relativos ao resultado de abril a junho, recorde para um trimestre. (Valor Econômico)

Os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais nos meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023, da seguinte forma: O valor da segunda parcela será atualizado pela variação da taxa Selic de 31 de dezembro de 2022 até a data do pagamento. (Agência Petrobras)

AES reverte prejuízo e lucra com o regime de chuvas mais fonte eólica

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Reportagem do Valor Econômico ressalta que a estratégia da AES Brasil de remodelar o portfólio de geração com fontes complementares à hídrica começa a surtir efeito. A melhora do regime de chuvas e a melhor disponibilidade de máquinas para fonte eólica ajudam a entender como a empresa conseguiu reverter o prejuízo (R$ 103,1 milhões) que teve no terceiro trimestre de 2021 para lucro líquido de R$ 102,6 milhões ajustado no mesmo período de 2022.

Em 2021, as geradoras hidrelétricas sofreram com a pior crise hídrica em mais de 90 anos. Hoje o cenário é outro e os reservatórios se encontram em melhores condições. Soma-se ainda que houve o ressarcimento de R$ 35,9 milhões por conta do risco hidrológico (GSF, sigla do setor). A receita líquida da companhia foi de R$ 786,6 milhões, variação positiva de 18,9% em relação ao mesmo período de 2021.

Brasil está de volta ao jogo ambiental após eleição de Lula. Como o país chega à COP-27?

O governador reeleito do Pará, Helder Barbalho (MDB), convidou o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para ir à Conferência das Partes sobre o Clima, a COP-27. Lula aceitou – mais tarde seria convidado também pelas Nações Unidas e pelo presidente Abdul Khalil El-Sisi, do Egito, país-sede.

“A presença de Lula fará com que a Amazônia se torne ainda mais relevante na reunião”, disse Barbalho à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. “Quando (o presidente americano) Joe Biden e (o primeiro-ministro alemão) Olaf Scholz dizem que querem trabalhar com o Brasil na preservação da floresta, eles sinalizam que o que insere o Brasil na agenda mundial é a Amazônia. Façamos disso uma oportunidade.”

As palavras do governador emedebista ecoam as de Annalena Baerbock, ministra do Exterior da Alemanha, a maior economia europeia. Ela disse ter esperança que “o desmatamento desenfreado da Amazônia tenha um fim” e que “o Brasil volte a ser um promotor em nossa luta conjunta contra a crise climática”. Nos últimos anos, a escalada nas taxas de destruição do bioma fez o governo Jair Bolsonaro ser alvo de críticas no Brasil e no exterior.

Barbalho convidou Lula para a COP-27 em nome do Consórcio Amazônia, que reúne os nove governadores da região. Por iniciativa do Consórcio, a Amazônia brasileira será o único ente subnacional a ter um pavilhão na Zona Azul – ordinariamente, os pavilhões costumam representar países.

PANORAMA DA MÍDIA

A equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou um acordo para que seja apresentada, na próxima semana, uma proposta de emenda à Constituição denominada de “PEC da Transição”. O texto vai trazer uma exceção ao teto de gastos, a regra que trava as despesas federais. Esse é o destaque da edição de hoje (04/11) dos principais jornais do país.

Capitaneada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e pelo relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), a PEC vai excluir do teto despesas adicionais consideradas “inadiáveis”, como a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600, para o qual serão necessários R$ 52 bilhões. Como o governo de Jair Bolsonaro (PL) reservou R$ 105 bilhões para o programa social – suficientes apenas para um benefício médio de R$ 405 –, é necessário que uma parte fique fora do teto. (Valor Econômico)

Outros itens que devem ficar fora do teto de gastos, de acordo com o texto da PEC da Transição são: o pagamento de R$ 150 adicionais a famílias com crianças de até 6 anos; o reajuste do salário mínimo que leve em conta a média do crescimento do PIB nos cinco anos anteriores, algo entre 1,3% e 1,4%; verba para a merenda escolar e a Farmácia Popular; a retomada de obras paradas e até R$ 14 bilhões para completar o piso para a Saúde. A equipe quer negociar a PEC da Transição até 15 de dezembro. (Folha de S. Paulo / O Estado de S. Paulo / O Globo)