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Pequenos reatores ganham viabilidade – Edição da Manhã

Reportagem publicada hoje (18/11) pelo Valor Econômico indica que a principal tendência para a energia nuclear, os pequenos reatores modulares avançados (SMR, na sigla em inglês) já possuem custo de geração mais próximo ou até abaixo das térmicas a gás natural, o que torna esses equipamentos viáveis em uma eventual retomada da expansão dessa fonte energética no Brasil, pretensão manifestada algumas vezes no passado recente.

No entanto, o avanço da modalidade requer vontade política, avanços no processo de licenciamento ambiental e regulação específica, conforme explica a reportagem. Os SMR incluem modalidade de construção segundo a qual as peças podem ser transportadas para os locais de instalação como se fossem módulos pré-fabricados. Usinas nucleares SMR possuem potência instalada entre 50 megawatts (MW) e 300 MW.

As unidades têm sido vistas no mundo como uma alternativa adicional para a transição energética diante dos altos preços do gás natural no mercado externo, por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia, e devido à dependência dos países europeus do gás russo, um dos principais produtores do insumo no mundo.

O presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (Abdan), Celso Cunha, diz que uma usina de 300 megawatts (MW) pode ter custo de geração de R$ 440/MWh, que foi o preço médio das térmicas a gás natural que contrataram energia no leilão de 2 GW realizado em outubro deste ano.

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Na busca por parceria em iluminação, 17% dos municípios procuram apoio da Caixa

O Valor Econômico informa que cerca de 17% dos municípios brasileiros, onde vivem 44,6 milhões de pessoas, se inscreveram na Caixa no mês passado para obter apoio na estruturação de parcerias com empresas privadas na área de iluminação pública.

A procura surpreendeu, disse a vice-presidente de Governo do banco, Tatiana Thomé de Oliveira. São 201 novos projetos, cinco vezes mais que a atual carteira da Caixa. A troca no governo federal não deve interromper esses projetos que estão em andamento, segundo ela. Concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) estão se firmando como políticas de Estado e os prefeitos têm cada vez mais clareza das vantagens desse modelo, na visão de Tatiana.

Metade dos brasileiros conhece alguém que gera a própria energia, diz CNI

Quase metade dos brasileiros conhece alguém que gere a própria energia, por meio de painéis solares ou usinas eólicas, por exemplo. É o que diz uma pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar do indicador, apenas 3% dos entrevistados afirmaram ser autogeradores de energia.

De acordo com a confederação, o percentual dos que dizem conhecer familiares ou conhecidos que gerem a própria energia aumenta conforme a faixa de renda. Enquanto o índice é de 37% no grupo dos entrevistados com renda familiar de até um salário mínimo, a fatia salta para 64% entre aqueles que têm uma renda familiar superior a cinco salários. (Folha de S. Paulo)

COP-27: Lula acerta reabertura de Fundo Amazônia com governo da Noruega

O Valor Econômico informa que o governo de transição do Brasil e o governo da Noruega irão cooperar para a reestruturação imediata do Fundo Amazônia. A ideia é montar equipes que façam o necessário para que o Fundo Amazônia possa ser lançado nos primeiros dias do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

A decisão foi tomada ontem (17/11), entre o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eide, em encontro bilateral em Sharm El-Sheikh, no Egito, durante a COP-27. “Foi uma ótima conversa e o ponto-chave foi a reabertura do Fundo Amazônia”, disse Barth Eide a jornalista do Valor, da GloboNews e da agência Reuters.

Equipes técnicas vão fazer um esforço para que a governança do Fundo possa ser restabelecida. O Fundo Amazônia é o mais estruturado mecanismo global de compensação pelos esforços de contenção ao desmatamento e de apoio a projetos na região amazônica.

PANORAMA DA MÍDIA

Com reportagens e análises, a reação do mercado após a apresentação da Proposta de Emenda da Constituição (PEC) da Transição é destaque na edição desta sexta-feira (18/11) dos principais jornais do país.

O mercado doméstico teve mais um dia nervoso por causa de incertezas fiscais após a apresentação da PEC da Transição e novas críticas do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, ao teto de gastos. “Se eu falar isso, vai cair a bolsa, o dólar vai aumentar? Paciência”, disse Lula na COP 27. (Valor Econômico)

A PEC da Transição só deverá ser votada no Senado no fim do mês. Segundo parlamentares envolvidos nas negociações, o calendário desenhado pelos próprios aliados do futuro governo descarta a apreciação da matéria na próxima semana, como cogitado inicialmente. Primeiro, senadores e deputados escalados para discutir o assunto vão começar a se reunir a partir de segunda-feira (21/11) a fim de construir algum consenso sobre a proposta. Só depois que o texto estiver alinhado é que a base aliada do governo eleito começará coletar assinaturas para a apresentação formal da PEC. (Valor Econômico)

Depois de um dia de turbulência, a queda da Bolsa de Valores brasileira foi significativamente amenizada no encerramento da sessão de ontem (17/11) após a notícia, no final da tarde, de que o ex-ministro Guido Mantega comunicou sua renúncia à equipe de transição. O evento coincidiu com um salto do Ibovespa, que saiu dos 107.668 pontos às 16h46, para fechar o dia aos 109.702 pontos, às 18h20. (Folha de S. Paulo)

Ontem (17/11), no Egito, ao participar de um evento promovido na 27.ª Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas, Lula defendeu a PEC da Transição e questionou novamente a regra fiscal do País, sem ainda indicar o que pretende colocar no lugar. Em declaração dada na quarta-feira (16/11), o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin afirmou que a discussão sobre uma nova âncora fiscal só terá início em 2023. (O Estado de S. Paulo)

A proposta de emenda constitucional apresentada pelo novo governo para garantir o Bolsa Família de R$ 600 e recompor verbas de programas sociais e investimentos, tem potencial de gerar um rombo nas contas públicas — quando as despesas são maiores que as receitas — que deve se estender até o fim do mandato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. (O Globo)