Em um resultado embalado por “um aumento catastrófico de incêndios florestais” em várias regiões, o planeta bateu recordes de perda de cobertura florestal em 2024, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo.
País com maior área de floresta tropical, o Brasil liderou, mais uma vez, o ranking internacional da devastação em termos de extensão, com 42% de toda a perda de floresta tropical primária no mundo. Os dados são da plataforma Global Forest Watch (GFW), da ong WRI (World Resources Institute), que utiliza dados do laboratório GLAD da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.
Pela primeira vez desde que o monitoramento começou, em 2002, os incêndios superaram a agropecuária como principal causa de supressão de florestas tropicais no mundo, causando praticamente a metade de toda a destruição mapeada. Em anos anteriores, os fogos representavam cerca de 20% do total.
Em mais um ponto inédito na série histórica do levantamento, foram registrados incêndios de grandes proporções tanto nos trópicos quanto nas florestas boreais, com destaque para grandes áreas ardidas no Canadá e na Rússia.
Os incêndios que castigaram o Brasil também chamaram a atenção, com 66% da perda de cobertura florestal no país em 2024 sendo causada pelas chamas, alimentadas por uma das piores secas da história. Isso representa um aumento de quase seis vezes em relação ao ano anterior.
Engie propõe tirar subsídio apenas de novas usinas
Os subsídios que encarecem as contas de luz têm de ser reduzidos em algum momento para não pesarem ainda mais no bolso do consumidor. A avaliação é de Eduardo Sattamini, presidente da Engie Brasil, uma das maiores geradoras de energia elétrica do país, com cerca de 11 gigawatts (GW) de capacidade.
Mas o executivo pondera que a solução deve ser endereçada de maneira que não comprometa usinas existentes que estão sem contratos firmados no mercado livre de energia. Como esses ativos foram criados considerando a estrutura de subsídios existentes, uma mudança brusca no regramento pode inviabilizar unidades que estejam descontratadas. (Valor Econômico)
Aneel aprova reajuste médio de 7,78% para Cemig
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem (2/50) o reajuste médio de 7,78% para os consumidores da Cemig a vigorar a partir de 28 de maio. Na alta tensão, o reajuste será de 9,45% e, para os consumidores em baixa tensão, 7,03%. O reajuste está acima da inflação.
O diretor-geral, Sandoval Feitosa, destacou que a tarifa média da Cemig estava há 15 anos abaixo do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e do IGPM (Índice Geral de Preços – Mercado). Segundo ele, mais da metade do percentual de reajuste se deve ao custo da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), refletindo políticas públicas implementadas pelo Congresso Nacional. (Agência Infra)
Origem do apagão na Espanha é divulgada
Após suspeitas de ataque cibernético, o governo espanhol anunciou que a causa principal do apagão que afetou Espanha, Portugal e parte da França se deu em decorrência de uma falha na subestação de Granada.
O governo informou que a interrupção no fornecimento de energia vinda de Granada afetou, segundos depois, as cidades de Badajoz e Sevilha. Os três incidentes, que ocorreram praticamente simultaneamente, causaram uma perda de 2,2 GW de potência, desencadeando o apagão nos países atingidos.
Os investigadores descartam como causas um ataque cibernético à operadora elétrica espanhola REE Rede, desequilíbrio entre oferta e demanda, ou capacidade de rede insuficiente. Além disso, segundo comunicado oficial do governo da Espanha ,foi criado um grupo conjunto de monitoramento entre Espanha e Portugal para investigar detalhadamente o ocorrido. O objetivo é coordenar respostas e melhorar a resiliência da infraestrutura elétrica ibérica frente a falhas em cadeia como a ocorrida no dia 28 de abril. (Canal Solar)
Solange Ribeiro é reconduzida à presidência do conselho de administração do ONS
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) realizou, no último dia 15 de maio, a 266ª reunião do conselho de administração, na qual, por aclamação, reconduziu Solange Maria Pinto Ribeiro à presidência e Ramon Sade Haddad à vice-presidência do colegiado, para mandatos de um ano.
Primeira mulher a ocupar o cargo, Solange Ribeiro está na presidência do conselho de administração do ONS desde 2023 e destaca-se por sua experiência no setor elétrico.
Formada em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco e com mestrado pela PUC-Rio, Solange também representa a categoria Consumo no Conselho de Administração do ONS. Atualmente, é vice-presidente de Regulação, Institucional e Sustentabilidade da Neoenergia e vice-chair do Conselho do Pacto Global das Nações Unidas. (Fonte: ONS)
PANORAMA DA MÍDIA
O Estado de S. Paulo: O governo Lula faz os últimos ajustes em uma medida provisória (MP) para promover uma ampla mudança no setor elétrico que, no curto prazo, terá como consequência aumentar as contas de luz de consumidores de classe média. O projeto prevê a ampliação da tarifa social para isentar da conta de luz famílias de baixa renda que consomem até 80 kWh de energia por mês. Outras que consomem até 120 kWh por mês e têm renda per capita entre meio e um salário mínimo teriam um desconto.
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O Globo: A Câmara dos Deputados aprovou a urgência do projeto de lei que proíbe descontos de mensalidades de associações nas aposentadorias na folha de pagamentos do INSS. Com o requerimento aprovado, o mérito do texto pode ser votado em breve em plenário.
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Valor Econômico: A fila de espera no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deu um salto neste ano, o que tende a pressionar mais as contas públicas no segundo semestre. Em abril, havia 2,68 milhões de pedidos de benefícios em análise, quase o dobro do 1,36 milhão de requerimentos aguardando resposta 12 meses atrás. Desde dezembro de 2024, o aumento foi de 31%.
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Folha de S. Paulo: O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou ontem (20/5), uma resolução que proíbe os órgãos do Poder Judiciário, como tribunais de Justiça, de reconhecer e pagar novos benefícios ou vantagens por decisão administrativa. A partir de agora, esse tipo de reconhecimento somente poderá ser realizado a partir do trânsito em julgado de decisão judicial em ação coletiva, ou de precedente qualificado dos tribunais superiores.