A Petrobras anunciou ontem (02/04), em nota, que descobriu óleo em reservatórios porosos do primeiro poço do bloco Uirapuru, localizado no chamado “polígono do pré-sal”, na Bacia de Santos.
Segundo a companhia, essa é uma área de exploração conhecida, informalmente, como Araucária. O poço está localizado a cerca de 200 km da costa da cidade de Santos, no litoral de São Paulo, a 1.995 metros de profundidade. Os dados do poço serão analisados para melhor direcionar as atividades exploratórias na área e avaliar o potencial da descoberta.
O bloco Uirapuru foi adquirido na 4ª Rodada de Partilha de Produção, em junho de 2018, tendo a Pré-sal Petróleo S.A. (PPSA) como gestora. A Petrobras é operadora do bloco e detém 30% de participação, em parceria com ExxonMobil (28%), Equinor (28%) e Petrogal (14%). As informações são da Agência Petrobras.
Distribuidoras veem inadimplência de até 35% na conta de luz em dois meses
O jornal O Estado de S. Paulo informa que distribuidoras de energia elétrica perceberam que a inadimplência começa a crescer no setor e estimam que pode chegar a 30% e 35% em dois meses.
Hoje, a inadimplência do setor é inferior a 10%. O índice cai bastante, para 3,5%, após notificações de corte. Na semana passada, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a suspensão de cortes, como uma das propostas de enfrentamento da pandemia de covid-19.
De acordo com a reportagem, o setor ainda espera o anúncio de medidas do governo para ajudar a população de baixa renda, cadastradas no programa Tarifa Social, teria contas isentas, por 90 dias, limitadas a um consumo de 220 kWh. O governo, no entanto, ainda não definiu a fonte de recursos da proposta.
Usinas pedem socorro para a Aneel
Surpreendidas nos últimos dias com pedidos das distribuidoras de energia elétrica para rever contratos de longo prazo, as usinas sucroalcooleiras vão pedir apoio do governo para que suas clientes mantenham os pagamentos previstos nas contratações em leilão, informa o Valor Econômico.
Embora a cogeração de energia nas usinas a partir da queima do bagaço da cana represente uma parcela pequena das receitas do setor, o negócio oferece alta rentabilidade. Segundo o presidente da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Newton Duarte, a venda de energia para as distribuidoras representa 10% do faturamento em uma safra, mas 30% a 40% da rentabilidade da usina.
A Cogen deverá entregar uma carta ao Ministério de Minas e Energia (MME) e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), junto com outras entidades, para pedir apoio às distribuidoras, evitando o rompimento dos contratos.
PANORAMA DA MÍDIA
Um mês atrás, em 3 de março, o mundo ainda não contabilizava 100 mil contágios pelo novo coronavírus. O SarsCoV-2 era tratado então como um problema principalmente da China, que concentrava mais de 80% dos casos. Em 30 dias, a pandemia se multiplicou mais de dez vezes, superando ontem (02/04) a marca de 1 milhão de casos, com mais de 51 mil mortos, destaca o jornal O Globo.
Segundo levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, mais de 500 mil dos infectados atuais estão na Europa, e mais de 243 mil, nos EUA. No Brasil, são 7.910 casos confirmados.
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Países travam disputa por material da China, destaca o Valor Econômico. A China produz hoje, mais de 100 milhões de máscaras por dia. Se o Brasil quiser comprar máscaras e outros produtos médicos, precisará ser ágil, pagar a importação à vista e transportar rapidamente o material por avião. Do contrário, corre o risco de outro país passar na frente.
A demanda por luvas, respiradores, material para testes e equipamentos de proteção (roupas, óculos) não tem se limitado ao Ministério da Saúde. Empresas, governos estaduais e prefeituras também estão tentando importar esses itens da China. Poucos negócios, porém, foram fechados.
A França encomendou 600 milhões de máscaras e organizou ponte aérea com 12 grandes aviões para fazer o carregamento desses e de outros produtos. Nos EUA, o governo anunciou recentemente a abertura de 22 voos para transportar equipamentos de proteção a profissionais da área de saúde.
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem (02/04), em entrevista à rádio Jovem Pan, que está “faltando humildade” ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e disse que gostaria de determinar a reabertura da atividade comercial no país, mas que ainda não tem apoio popular suficiente para dar uma “canetada”. Esse é o destaque da edição de hoje da Folha de S. Paulo.
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A Raízen, empresa de combustíveis da Cosan e da Shell, declarou na última terça-feira ‘força maior’ em relação aos contratos assinados com seus fornecedores, por conta da epidemia do novo coronavírus, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Com isso, poderia rever os volumes de compra de etanol, originalmente programados porque, com a maioria da população em casa, a venda de combustível caiu em até 80% em algumas cidades do país.
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O “Diário Oficial da União” publicou ontem (02/04) à noite, em edição extra, a lei que assegura o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais, aprovada pelo Congresso nesta semana e sancionada ontem pelo presidente Jair Bolsonaro. O objetivo é atingir 54 milhões de pessoas que ficaram sem renda por conta das medidas restritivas provocadas pela pandemia do coronavírus. (Valor Econômico)