A Petrobras anunciou que os preços de venda de gás natural para as distribuidoras terão aumento médio de 19% por metro cúbico. Os novos valores começam a valer a partir de domingo. O gás natural é o usado nas residências que têm gás encanado e é o mesmo do gás natural veicular (GNV) para abastecimento de veículos. É ainda um insumo importante para várias indústrias. Este aumento, porém, não tem relação com os preços do gás de botijão.
Segundo a estatal, os valores se referem ao trimestre entre fevereiro e abril. Ainda segundo a Petrobras, o ajuste decorre da atualização com base nas fórmulas acordadas, que vinculam a variação do preço do gás às variações do petróleo brent e da taxa de câmbio. Os preços atualizados ficarão vigentes até 31 de julho deste ano, conforme condição previamente negociada e estabelecida nos contratos firmados.
“A atualização trimestral para o gás e anual para o transporte atenua volatilidades momentâneas e assegura previsibilidade e transparência. Os contratos são públicos e divulgados no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)”, disse a estatal. A Petrobras esclarece que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras (e, no caso do GNV, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais. Além disso, o processo de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. (Valor Econômico
Biogás tem crescimento acelerado no Brasil
Reportagem do Valor Econômico mostra que o setor de biogás está se expandindo em ritmo acelerado no Brasil. A Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) estima investimentos de R$ 60 bilhões em novas usinas até 2030, elevando a produção brasileira dos atuais cerca de 4 milhões de metros cúbicos diários – dos quais 10% são do derivado biometano – para 30 milhões de metros cúbicos por dia.
“Existem projetos em curso para implantação de novas usinas e expansão de unidades existentes, tanto para geração de energia elétrica quanto para a produção de biometano”, diz a gerente-executiva da entidade, Tamar Roitman. No caso do biometano, a entidade mapeou a entrada de 25 novas usinas até 2027. Elas produzirão 2,3 milhões de metros cúbicos diários e somam mais de R$ 7 bilhões em investimentos.
De acordo com a reportagem, Geo Biogás & Tech, Raízen, grupo Urca, MDC e Orizon são exemplos de quem aposta firme em negócios no setor. A Geo Biogás & Tech, por exemplo, já tem três projetos em parceria operando e vai chegar a 2024 com pelo menos oito grandes operações de biogás e/ou biometano. As cinco novas somam R$ 1 bilhão em investimentos. As joint ventures da GEO são com empresas do setor sucroalcooleiro – Coopcana, Raízen e grupo Cocal, cuja usina produz energia e terá biometano distribuído pela Gas Brasiliano, no próximo semestre. No começo de 2022, mais um negócio foi fechado, desta vez com o grupo Uisa. Será no Mato Grosso, mesmo local da produção de açúcar e álcool. Deve iniciar operações em 2023.
State Grid recebe licença de instalação para linha de transmissão em Goiás
O Valor Econômico informa que a State Grid Brazil Holding (SGBH) recebeu a licença de instalação para o projeto da linha de transmissão de energia de Silvânia, no estado de Goiás. A obtenção da licença ocorreu um ano antes da data do início da concessão prevista no contrato. O projeto foi o primeiro a obter a licença de instalação no modelo trifásico, com a emissão prévia de licenças, de instalação e de operação, pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Goiás (Semad-GO).
O modelo de licenciamento ocorre por meio de um novo sistema estadual, batizado como Ipê, que visa otimizar processos de emissão de licenças ambientais. A SGBH, parte do grupo chinês State Grid Corporation of China (SGCC), ganhou o lote de Silvânia num leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2020 e assinou o contrato de concessão, com duração de 30 anos, em maio de 2021.
A linha de transmissão principal em tensão 500 quilovolts (kV) e vai conectar a subestação Trindade, já existente, e a subestação Silvânia, a ser construída, em um trecho de cerca de 153 quilômetros. Também serão implantados dois trechos de conexão entre outras subestações, um com 16 quilômetros de extensão e outro com 8,3 quilômetros. O projeto prevê investimentos de R$ 476 milhões.
Omega Energia fornecerá energia renovável ao complexo paulistano Cidade Matarazzo
O portal Money Times informa que a Omega Energia fechou um acordo de longo prazo para fornecer energia renovável ao complexo Cidade Matarazzo, projeto imobiliário que está restaurando construções centenárias da capital paulista, com o objetivo de um hotel de luxo e espaços comerciais e culturais.
O acordo assinado com as incorporadoras BM Empreendimentos e Varejo prevê o fornecimento de 3 megawatts (MW) médios de energia renovável ao projeto, a partir de 2023, pelo prazo de um 15 anos. O valor do contrato não foi revelado.
Indústrias brasileiras enfrentam ociosidade na produção de biodiesel, de acordo com Ubrabio
Reportagem publicada pelos portais Click Petróleo & Gás e Cana Online traz informações a respeito da redução da utilização do diesel, derivado do petróleo, e aumento do uso do biodiesel proveniente de óleos vegetais, como opção mais sustentável e menos poluente. A reportagem ressalta que a busca pela utilização do biocombustível envolve políticas que foram idealizadas para que esse segmento pudesse crescer com segurança, já que se trata de uma tática para promover o desenvolvimento da economia e das indústrias de produção de biodiesel no Brasil.
A reportagem destaca, ainda, que em 2022, a comercialização da mistura de biodiesel com o diesel deveria estar na proporção de 14% do biocombustível e 86% de diesel nas bombas de postos de gasolina. Porém, atualmente, o governo mantém a mistura em 10% de biodiesel, mostrando um decréscimo em relação aos anos anteriores que seguiam os percentuais obrigatórios da mistura com o biocombustível.
O déficit na comercialização do biocombustível atinge diretamente as indústrias que investiram na sua produção, como diz o diretor da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski, “Os empresários confiaram e investiram na ampliação da produção e agora estão com uma ociosidade maior que 50% nas indústrias”, afirma.
PANORAMA DA MÍDIA
A China intensificou seu apoio retórico à Rússia, desafiando os Estados Unidos e outras nações que querem que Pequim condene Moscou pela guerra na Ucrânia. “Uma importante lição do sucesso das relações entre China e Rússia é que os dois lados superam o modelo de aliança militar e política da era da Guerra Fria” disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Zhao Lijian, acrescentando que “se comprometem a desenvolver um novo modelo de relações internacionais”. Esse modelo envolve não causar confrontos ou ter outras nações como alvo, disse Zhao em entrevista nesta sexta-feira (29/04), em Pequim. (O Globo)