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Petrobras aprova plano de US$ 102 bilhões para os anos de 2024 a 2028 – Edição do Dia

O conselho de administração da Petrobras aprovou na tarde de ontem (23/11) o novo plano de negócios para os anos de 2024 a 2028. O valor será de US$ 102 bilhões (cerca de R$ 500 bilhões) com foco em petróleo, gás, refino e energias renováveis, de acordo com a estatal.

É um volume de aportes maior que o do plano de negócios em vigor atualmente, de US$ 78 bilhões (R$ 382,7 bilhões) para o período 2023/2027.

A discussão em torno do novo plano estratégico foi um dos pontos de atrito entre a diretoria da estatal e parte do colegiado, conforme reportagem do jornal O Globo, publicada em 8 de novembro. Recentemente, representantes indicados pelo próprio governo para o conselho (a União, como acionista majoritária tem seis das 11 cadeiras) chegaram a questionar as apostas da atual direção executiva da empresa em aportar recursos nas fontes de energia renováveis. (O Globo)

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A Agência Petrobras informa que a diretoria executiva da estatal concederá entrevista coletiva para a imprensa sobre o Plano Estratégico 2024-2028 nesta sexta-feira (24/11), às 11h, no Hotel Windsor Leme, localizado na Av. Atlântica, 656, no Rio de Janeiro.

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Petrobras planeja investir US$ 5,2 bilhões em eólica e solar nos próximos cinco anos

A Agência EPBR também traz informações a respeito do plano estratégico da Petrobras para o período 2024-2028, anunciado ontem (23/11). O destaque da reportagem é para os investimentos em energia eólica e solar, setor que deverá receber investimentos de US$ 5,2 bilhões (R$ 25,5 bilhões) nos próximos 5 anos.

As fontes renováveis vão responder por metade do investimento total em projetos de baixo carbono no período, que somam US$ 11,5 bilhões (R$ 56,4 bilhões) — o dobro do plano anterior.

Geração de energia solar cresceu 91% na primeira quinzena de novembro

A produção de energia solar das usinas fotovoltaicas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 91,5% na primeira quinzena de novembro, para 3.125 megawatts médios (MWmed), ante 1.632 MWmed no mesmo período de 2022, mostra análise preliminar da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Conforme o boletim, as usinas hídricas e eólicas apresentaram avanço de 6% e 40,3%, respectivamente, no mesmo período. Já as térmicas tiveram redução de 1,5%. No total, a geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou 72,926 MW médios, crescimento de 4,8 % em relação ao igual período anterior. As informações foram publicadas pelo Portal Solar.

Emissões de carbono no Brasil caem 8% em 2022, mas taxa ainda é a terceira maior desde 2005

O Brasil emitiu 2,3 bilhões de toneladas brutas de gases de efeito estufa (GtCO2e) em 2022, o que representa queda de 8% em relação a 2021, quando foram lançados na atmosfera 2,5 bilhões de toneladas de carbono.

Os dados são da nova coleção do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa, elaborada pelo Observatório do Clima e lançado ontem (23/11), em Brasília. (Folha de S. Paulo)

Ceará limita participação estrangeira em concessionária e pode afetar venda de distribuidora de gás

O Valor Econômico informa que em meio ao processo de venda de cinco distribuidoras de gás natural da antiga Gaspetro (hoje Commit) no Nordeste, ao menos dois estados, Ceará e Pernambuco, estão limitando a participação de sócios estrangeiros nas concessionárias locais de serviços públicos. Outros estados da região estariam considerando adotar medida parecida.

No Ceará, o projeto de lei 119/2023, que estabelece em no máximo 40% a participação acionária de capital estrangeiro em empresas públicas, sociedades de economia mista e prestadores de serviço público de competência estadual, acaba de ser aprovado pelo Poder Executivo.

Em Pernambuco, uma emenda ao Projeto de Lei 1503/2023, que altera uma lei complementar de 2003 que dispõe sobre a estrutura do Poder Executivo estadual, limita a 49% a participação de capital estrangeiro nas concessionárias de serviço público.

Enel anuncia novo presidente no Brasil

A companhia italiana de energia elétrica Enel anunciou ontem (23/11) que Nicola Cotugno vai deixar a presidência da empresa no Brasil. Quem assume é Antonio Scala, executivo que está há 18 anos na empresa.

O jornal O Globo informa que Cotugno já havia anunciado a saída antes mesmo do apagão que deixou mais de 2 milhões de pessoas sem luz em São Paulo e envolveu a empresa em uma crise. Em reunião do conselho de administração da empresa no dia 26 de outubro, o executivo informou que se desligaria do grupo para se aposentar.

“Até que sejam concluídos os trâmites administrativos necessários para nomeação de Antonio Scala, o presidente do conselho de administração, Guilherme Gomes Lencastre, assumirá a posição de forma interina”, informou a empresa, em nota. Nicola Cotugno esteve à frente da Enel nos últimos cinco anos.

Por decisão da Justiça, Enel deve restabelecer a energia elétrica em Niterói em até 24 horas.

O jornalista Ancelmo Gois (O Globo) informa que a Promotoria do Consumidor de Niterói obteve uma liminar na Justiça determinando que a concessionária de energia elétrica Enel deve restabelecer, imediatamente, a luz de todos os moradores que possuem protocolos abertos por conta da falta do serviço no município de Niterói (RJ).

A empresa tem até 24 horas, a partir da notificação, para cumprir a ordem, sob pena de multa de R$ 20 mil por cada consumidor lesado. Ultrapassado esse período, o valor será dobrado para R$ 40 mil por cliente e por cada dia de descumprimento da decisão. No último sábado (18/11), uma forte chuva caiu sobre a cidade, deixando diversos moradores, de diferentes bairros, sem energia elétrica.

Além da retomada imediata do serviço, a Enel deverá elaborar, em até 15 dias úteis, um plano de contingência para o período de verão.

Paraty fica sem energia no primeiro dia da Flip; Enel é responsável pela energia na cidade

Ontem (23/11), primeiro dia da 21ª edição da Flip, tradicional feira literária de Paraty (RJ), foi marcado pela queda de energia na cidade, por volta das 19h10. Algumas atrações foram canceladas, outras puderam ser concluídas após acionamento de gerador.

Restaurantes e hotéis também foram afetados pela falta de energia. Os donos dos comércios recorreram ao uso de velas para seguir com o atendimento. Turistas usaram lanternas e celulares para andarem nas ruas. A rede elétrica do município é operada pela Enel. (TV Cultura)

Em vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito de Paraty, Luciano de Oliveira Vidal (MDB), criticou a Enel e pediu que o governo federal tomasse providências sobre o caso. Segundo o prefeito, a Enel informou à administração municipal que o apagão foi provocado pela queda de um raio em uma região vizinha, que partiu um cabo de energia. A empresa decidiu desligar a luz de Paraty para fazer o conserto, dando previsão final de reparo para 21h30, mas só cumpriu o combinado às 23h. (Folha de S. Paulo)

Dívida de Minas: Zema segue governadores do passado, não faz dever de casa e arma bomba fiscal

O problema de Romeu Zema no governo de Minas Gerais, embora agravado pelo não pagamento de parcelas da dívida e pelo acúmulo de juros desde 2018, está longe de ser novo, conforme destaca análise publicada pelo jornal O Globo.

O estado, a exemplo de outros vizinhos, armou uma bomba fiscal cuja origem remonta aos anos 1990, época em que a União assumiu rombos de bancos e empresas estaduais privatizadas e uma lei federal isentou produtos exportados de recolherem tributos estaduais.

Desde então, diferentes governadores buscaram paliativos para dar alívio ao caixa, e sem cumprir o dever de casa. O próprio Zema, enquanto suspendeu o pagamento da dívida com a União, viu a despesa do seu governo crescer dos R$ 98,3 bilhões em 2018 para um pico de R$ 121,8 bilhões em 2021, a reboque da alta de arrecadação com o ICMS no período, conforme explica a reportagem.

“Zema teve folga orçamentária, surfou essa onda e não cortou gastos”, resume Rafael Ribeiro, professor de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

As privatizações defendidas por Zema entraram em pauta em 1995, na gestão de Eduardo Azeredo (PSDB), que chegou a vender um terço das ações da Cemig. O procedimento foi desfeito por seu sucessor, Itamar Franco, que mudou a Constituição estadual para dificultar futuras tentativas.

Os motivos para a Eletrobras comemorar a federalização da Cemig

As discussões a respeito de uma possível federalização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) seguem em destaque na mídia. Ontem (23/11), a seção online do Radar Econômico da revista Veja, trouxe novas informações sobre as articulações entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o governador Romeu Zema (Novo-MG), para a renegociação de R$ 160 bilhões em dívidas de Minas Gerais com a União.

De acordo com a reportagem, a negociação envolveria a transferência das participações mineiras na Codemig (desenvolvimento econômico), Cemig e Copasa (saneamento) para o governo federal, além de processos judiciais decorrentes da tragédia de Mariana (rompimento de uma barragem da Samarco/Vale, em 2015) e um novo programa de refinanciamento da dívida estadual.

Apesar da surpresa do mercado, alguns analistas entendem que as mudanças no tabuleiro podem ser positivas para a Eletrobras. A avaliação é que o governo federal teria em mãos a sua própria empresa de energia e poderia concentrar menos esforços na reversão da privatização da Eletrobras. “A Cemig passaria a ser a Eletrobras que o governo não conseguiu ter, caso a federalização se conclua”, escreveram analistas do BTG Pactual em relatório enviado a clientes.

Congresso de GD movimentou mais de R$ 500 milhões em negócios

A 8ª edição do Congresso Brasileiro de Geração Distribuída, realizada em Belo Horizonte (MG), na semana passada, reuniu diversos players do mercado e movimentou mais de R$ 500 milhões em negócios, segundo dados do Grupo FRG Mídias & Eventos, empresa organizadora do evento.

Tiago Fraga, CEO da empresa, explica que o encontro contou com uma série de novidades em relação às fontes renováveis, com destaque para a geração distribuída (GD), armazenamento da energia e produção de hidrogênio renovável. (Canal Solar)

Itaipu Hidrelétrica estabelece novo marco na geração de energia em 2023

A Usina Hidrelétrica de Itaipu alcançou um novo patamar na produção de energia elétrica, estabelecendo um recorde para o ano de 2023. Segundo informações da Superintendência de Operação da usina, a geração de energia atingiu 287.848 MWh em um único dia, com uma potência média impressionante de 11.994 MW. Esse marco foi atingido na última segunda-feira (20/11), ultrapassando o recorde anterior de 282.781 MWh, registrado cinco dias antes.

Este avanço é atribuído às condições hidrológicas favoráveis e ao aumento da demanda energética nos sistemas do Paraguai e do Brasil. A região vem enfrentando ondas de calor, o que elevou a necessidade de eletricidade nos dois países. (Click Petróleo)

Torre de alta tensão da Energisa está escorada em postes; MP diz que há risco de cair sobre casas

O portal G1 informa que a Justiça deu prazo de 48 horas para a Energisa e a prefeitura e Colinas do Tocantins resolverem a situação de uma torre de alta tensão que está colocando moradores em risco. A estrutura foi atingida por um caminhão há quase um mês e atualmente está escorada com postes de concreto.

Segundo o Ministério Público, há risco iminente de desabamento. A Energisa afirmou que não comenta decisão judicial, mas diz que já fez análise da torre e não há risco de queda. A reportagem pediu posicionamento da prefeitura de Colinas, mas não obteve resposta.

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: Bradesco troca o comando para enfrentar o desafio de reinventar o varejo. O Bradesco anunciou troca de comando, nomeando o vice-presidente de varejo, Marcelo Noronha, para o lugar de Octavio de Lazari Jr., que ocupava a presidência desde 2018. O novo CEO tem pela frente a missão de tirar o banco de um dos períodos mais difíceis de sua história recente. A instituição gerou, nos nove primeiros meses do ano, retorno sobre o patrimônio líquido de 11% – inferior à Selic, hoje em 12,25% a.a.

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Folha de S. Paulo: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou na íntegra a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia. A medida levou a reações entre congressistas. Em resposta, deputados e senadores tendem a derrubar o veto de Lula. Empresários dizem temer pelo aumento do desemprego. Economistas elogiam a decisão do presidente em razão do impacto do benefício fiscal para as contas públicas.

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O Globo: O Senado aprovou ontem (23/11) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita as decisões tomadas individualmente por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A iniciativa, defendida pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), passou por dois turnos com o mesmo placar, 52 votos favoráveis e 18 contrários. O texto agora segue para a Câmara dos Deputados, onde a tendência é que enfrente mais resistências.

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O Estado de S. Paulo: Aprovação da PEC abala relação do governo com STF. Os ministros Luis Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e o decano Gilmar Mendes voltaram a criticar, ontem (23/11), as propostas em votação no Congresso para alterar as regras de funcionamento da Corte.