MegaExpresso

Petrobras conclui venda da RLAM para o Mubadala Capital – Edição da Manhã

A Petrobras finalizou ontem (30/11) a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada em São Francisco do Conde, na Bahia, para o Mubadala Capital, subsidiária de gestão de ativos da Mubadala Investment Company, um investidor soberano global com sede em Abu Dhabi.

A Agência Petrobras informa que a operação foi concluída com o pagamento de US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhões – valor estimado, considerando a taxa de câmbio de ontem) para a Petrobras. O contrato ainda prevê um ajuste final do preço de aquisição, que se espera seja apurado nos próximos meses.

A RLAM é a primeira entre as oito refinarias que estão sendo vendidas pela Petrobras. A Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital para a operação, assumirá a partir de 1º de dezembro a gestão da RLAM, que passa a se chamar Refinaria de Mataripe.

Além da RLAM, outras duas refinarias já tiveram seus contratos de venda assinados: a Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), no Amazonas, cuja assinatura ocorreu em 25 de agosto, e a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, com contrato assinado em 11 de novembro. Quando também forem concluídos os processos de desinvestimento dessas duas unidades, a Petrobras responderá por cerca de 50% do abastecimento do mercado de combustíveis no país. Além da Petrobras e dos novos operadores dessas refinarias, o mercado também é suprido por importadores e produtores de biocombustíveis. O processo de venda da RLAM foi lançado em junho de 2019 e em fevereiro de 2021 foi recebida a proposta vinculante.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

A RLAM tem um perfil de produção de 48% de diesel e gasolina, 40% de óleo combustível e bunker, além de produtos especiais, como parafina e propeno. Seus ativos incluem quatro terminais de armazenamento e um conjunto de oleodutos que interligam a refinaria e os terminais, totalizando 669 km de extensão.

Setor do biodiesel vai a Bolsonaro tentar reverter decisão do CNPE

O jornal O Estado de S. Paulo informa que o setor do biodiesel considerou um “golpe mortal” a decisão do governo de fixar em 10% o porcentual da mistura de ao diesel ao longo de 2022, contrariando resolução do mesmo órgão, de 2018, que previa a elevação para 14% no próximo ano, e 15% em 2023.

Segundo a Federação Parlamentar do Biodiesel (FPBio), formada por 19 deputados, os efeitos serão sentidos direta e indiretamente por toda a sociedade. Apoiados por outras frentes parlamentares ligadas ao agronegócio, à bioenergia e à bioeconomia, além das entidades do setor de biodiesel, a FPBio decidiu recorrer ao presidente , para tentar reverter a decisão que afeta 300 mil produtores familiares.

A reportagem explica que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) anunciou na segunda-feira (29/11) que iria reduzir a mistura, e justificou a medida para “proteger os interesses do consumidor quanto ao preço, qualidade e oferta dos produtos”. Mas entidades que representam a cadeia produtiva do biodiesel afirmam que não há justificativa para a decisão, e que ela destoa da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), que visa promover a expansão dos biocombustíveis, reduzir a intensidade de carbono e assegurar previsibilidade para o mercado de combustíveis.

“A redução estimada de 2,4 bilhões de litros de biodiesel será uma conta paga tanto pelo campo, com a desarticulação ainda maior da cadeia produtiva, quanto pela sociedade, com maior emissão de gases poluentes”, disse o presidente da FPBio, deputado federal Pedro Lupion (DEM-PR).

Com nova usina, Camil aumenta a geração de energia com biomassa

O Valor Econômico informa que, com recursos obtidos com a emissão de debêntures verdes, a Camil, uma das maiores empresas de alimentos do país, vai construir uma nova usina de geração de energia térmica (vapor) e elétrica a partir da palha do arroz (biomassa). A unidade será instalada em Cambaí, no município de Itaqui (RS), a partir de um investimento total previsto em R$ 150 milhões até 2023.

Paralelamente, a companhia está criando uma nova subsidiária, a Camil Energia Renovável, que comercializará o excedente de energia e cuidará de futuros projetos sustentáveis da empresa. “A intenção é termos uma matriz energética totalmente limpa”, disse Renato Accessor, diretor de operações da Camil no Brasil, ao Valor. A casca do arroz tem alto poder calorífico e regularidade térmica, características próprias para a produção termelétrica.

Segundo Accessor, 95% da energia que a Camil usa atualmente é de fontes renováveis, sendo que 43% são produzidos internamente em duas usinas de biomassa – uma em Itaqui e outra em Capão Leão, também no Rio Grande do Sul. O restante é comprado no mercado livre. “Geramos hoje cerca de 40 mil megawatts ao ano e devemos chegar a 130 mil no fim de 2023, com a soma de todas as nossas usinas”, afirmou.

Novo centro da Neoenergia vai triplicar capacidade de atuação

A Neoenergia inaugurou ontem (30/11), o seu Centro de Operação da Transmissão (COT), em Campinas (SP), após passar por uma completa reforma e modernização tecnológica. O novo COT tem capacidade de operar e monitorar todos os ativos já em operação e os novos que entrarão em operação comercial no futuro, totalizando 54 subestações, e capacidade de transformação de 10.545 MVA, além de 5.127,6 quilômetros de linhas de transmissão e 6.131,4 quilômetros de circuitos em Extra Alta Tensão (Rede Básica).

O novo COT permite à Neoenergia triplicar sua capacidade de atuação com a participação em novos leilões de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). As informações são do Canal Executivo.

Gestão de dados auxilia ONS na operação do setor elétrico durante a crise

Reportagem publicada hoje (01/12) pelo Valor Econômico mostra que um dos fatores que ajudaram o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) na boa gestão do Sistema Interligado Nacional (SIN) durante a crise hídrica este ano foi a atualização na área de tecnologia da informação (TI) do órgão.

O ONS concluiu a implementação de uma nova estrutura interna de arquitetura de dados, com uso de serviços de computação em nuvem da Amazon Web Services (AWS). O novo sistema de dados estava em implementação desde 2018 e permitiu ao órgão do setor elétrico centralizar os dados do mercado em um único repositório. Com isso, todas as áreas internas do operador foram habilitadas a criar os próprios modelos estatísticos, além de painéis de visualização, e, assim, passaram a tomar decisões mais rapidamente. Ao mesmo tempo, a infraestrutura de tecnologia da informação (TI) do órgão se tornou mais flexível e integrada.

A reportagem explica que o uso de dados é fundamental ao ONS, já que o operador define quanto deve ser gerado de energia em cada local do país e quais usinas devem se despachadas, de modo a otimizar o uso dos recursos e minimizar os custos do setor elétrico. A operação neste ano foi mais desafiadora, em razão da a crise hídrica que o país enfrentou e que gerou incertezas sobre a capacidade de atendimento da demanda por energia em horários de pico de consumo.

Fórum do Biogás discutiu certificado de biometano, inauguração de 45 novas usinas em 2021 e o futuro da descarbonização

Durante o VIII Fórum do Biogás, a Associação Brasileira de Biogás (Abiogás) revelou o novo selo de certificação de biometano, que vai ajudar o mercado de biogás. Além disso, o evento celebrou os avanços do mercado em 2021, apesar das dificuldades e projetou o futuro do mercado para os próximos anos, com o papel de destaque que o biogás vai desempenhar na nova realidade energética, com a descarbonização.

“A integração é a grande força do biometano. Tivemos um crescimento de 15% este ano, com 45 novas usinas conectadas à rede. Considero um resultado excelente, diante das dificuldades que enfrentamos nos últimos anos. Na geração distribuída, os números são ainda melhores, crescemos 37%, mostrando a importância que esse modelo de geração de energia tem para o biogás”, afirmou o presidente da Abiogás, Alessandro Gardemann. (Click Petróleo e Gás)

PANORAMA DA MÍDIA

Dezembro terá uma sequência de leilões de saneamento básico, que poderão contratar R$ 8,3 bilhões em novos investimentos. Os principais projetos são os de Alagoas (os blocos B e C) e do Rio de Janeiro (o bloco 3), que acabou sem interessados no leilão de abril e foi reformulado. Além deles, estão marcadas outras quatro concorrências de menor porte, em municípios como Teresópolis (RJ) e Goianésia (GO). Os leilões de Alagoas, que deverão ser realizados no dia 13 de dezembro, trazem uma expectativa de competição, já que cerca de oito grupos chegaram a estudar os ativos, dois blocos regionais no Estado. Ao todo, estão previstos cerca de R$ 2,9 bilhões de investimento, ao longo de 35 anos de contratos. (Valor Econômico)

*****

O Instituto Adolfo Lutz confirmou ontem (30/11) à tarde a presença de dois casos de covid-19 causados pela variante ômicron. Este é o principal destaque da edição de hoje (01/12) dos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.

A instituição, ligada ao governo estadual, validou qualidade do sequenciamento genômico de amostras dos pacientes, realizado pelo Hospital Albert Einstein. Os pacientes identificados com a variante em São Pauloi são um homem de 41 anos e uma mulher de 37, que chegaram de viagem recentemente da África do Sul. No momento que realizaram o exame, no dia 25, eles apresentaram sintomas leves. Eles moram no país africano e estavam em visita ao Brasil.

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo ressalta que a descoberta da variante ômicron expõe o risco de a África ter cerca de 90% de não vacinados – o que eleva as chances de surgirem novas versões do vírus, alertam especialistas. Uma cepa diferente pode ser mais transmissível ou driblar a proteção oferecida pelos imunizantes já desenvolvidos. Algumas iniciativas, como o consórcio Covax Facility, liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tentaram reduzir a desigualdade no acesso aos imunizantes, mas ainda há bolsões sem ter recebido nenhuma dose ao redor do mundo.

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.