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Petrobras cria diretoria de Transição Energética e indica Maurício Tolmasquim para o cargo – Edição do dia

A diretoria da Petrobras fechou na quinta (6/4) a proposta de reformulação do comando executivo da companhia, com a criação da Diretoria de Transição Energética e Energias Renováveis. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, indicou Maurício Tolmasquim para a vaga.

A nova diretoria “coordenará as atividades de descarbonização, mudanças climáticas, novas tecnologias e sustentabilidade e incorporará as atividades comerciais de gás natural”, informou a empresa. O portal EPBR ressalta que a mudança era esperada desde o início do governo Lula. A reformulação da Petrobras está sujeita à aprovação do conselho de administração.

No fim de março, Maurício Tolmasquim assumiu como gerente executivo de Estratégia da Petrobras, área responsável por elaborar os planos plurianuais de investimento e planejamento de longo prazo da companhia. Ele tem participado ativamente de debates sobre transição energética.

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Petrobras informa sobre ajuste organizacional

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Em comunicado publicado pela Agência Petrobras na última quinta-feira (6/4), a estatal informa que sua diretoria executiva, aprovou proposta de ajuste organizacional, a ser submetida ao conselho de administração, dentro de um processo continuado de aprimoramento.

A proposta tem três objetivos: (1) preparar a companhia para a transição energética com a criação de diretoria executiva focada no tema; (2) reunir as atividades de engenharia, tecnologia e inovação, fortalecendo a área de desenvolvimento de projetos com os esforços de pesquisa e desenvolvimento; e (3) concentrar atividades corporativas em uma área voltada à gestão da companhia, fortalecendo sinergias entre os processos.

A proposta aprovada cria a diretoria de Transição Energética e Energias Renováveis. O presidente da Petrobras Jean Paul Prates indica Maurício Tolmasquim para nova diretoria, que coordenará as atividades de descarbonização, mudanças climáticas, novas tecnologias e sustentabilidade e incorporará as atividades comerciais de gás natural.

O comunicado da Agência Petrobras traz informações sobre mudanças em quase todas as diretorias da petroleira. Estão mantidas as diretorias de Exploração e Produção e Governança e Conformidade. O ajuste organizacional não altera o número atual das diretorias e não gera aumento de custos para a companhia. A proposta seguirá os trâmites de governança da Petrobras, estando sujeita à aprovação do conselho de administração.

Oferta de ações da Copel deve sair em outubro e pode ser a maior do ano na B3

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo indica que a Copel, empresa de energia elétrica do Paraná, deve fazer a maior oferta de ações da Bolsa este ano, superando nomes com o Assaí, que captou R$ 4 bilhões em março. Prevista para ocorrer em outubro, a intenção é fazer a venda apenas de ações ordinárias (ON, com direito a voto).

A reportagem explica que a Copel tem três tipos de ações no mercado hoje – ordinária (ON), preferencial (PN) e a Unit, uma combinação das duas. As PN são as que concentram o movimento em Bolsa, porque 70% das ON estão nas mãos do governo paranaense, que ao colocar os papéis no mercado trará aumento de liquidez para a ação.

O objetivo é transformar a empresa em uma “corporation”, como são chamadas as companhias com o capital pulverizado, sem controle definido. No modelo que está sendo discutido com o sindicato dos bancos, que inclui o Bradesco BBI, o governo do Paraná sai do controle da empresa, ao reduzir sua participação de 31% do capital total para algo entre 15% a 17%. A operação é semelhante à privatização da Eletrobras em 2022, que movimentou R$ 34 bilhões.

Privatização da Compagas é postergada e deve ficar para o final do ano

Em uma segunda reportagem legada ao tema da Copel, o jornal O Estado de S. Paulo informa que inicialmente prevista para acontecer no início deste ano, a privatização da Compagas, concessionária de distribuição de gás natural paranaense, ficou em segundo plano após o governador do Paraná, Ratinho Júnior, iniciar um plano de tornar a Copel uma corporação nos moldes do que foi realizado na Eletrobras em 2022. Com isso, a nova previsão é que a empresa vá a leilão entre o final de 2023 e o início de 2024.

CCEE: Mercado de curto prazo do setor elétrico liquida 33,53% do total contabilizado em fevereiro

O mercado de curto prazo (MCP) do setor elétrico brasileiro liquidou R$ 562,574 milhões em operações comerciais de energia elétrica referentes a fevereiro. O montante corresponde a 33,53% do total contabilizado de R$ 1,678 bilhão, de acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Do montante, R$ 948 milhões estão represados por causa de liminares contra o pagamento do risco hidrológico, conhecido pela sigla em inglês GSF.

A CCEE apurou também montante de R$ 167,811 milhões não pagos, sendo R$ 167,051 milhões relativos a parcelamentos e R$ 760 mil em inadimplências efetivas. As liquidações no mercado de curto prazo são relativas a operações com energia elétrica não cobertas por contratos de energia e que são atreladas ao Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), utilizado como referência pelo setor elétrico. As informações foram publicadas sexta-feira (7/4) pelo Valor Econômico.

Taesa vai distribuir 85% do lucro líquido de 2022 na forma de dividendos

A Taesa vai distribuir um total de 85% do lucro líquido obtido em 2022 na forma de dividendos, informou a companhia em proposta da administração para a assembleia geral ordinária que será realizada no dia 27 de abril.

A companhia teve lucro líquido de R$ 1,449 bilhão e totaliza uma distribuição de R$ 1,244 bilhão. Desse montante, R$ 460 milhões foram pagos em janeiro deste ano a título de dividendos adicionais. O valor total dos dividendos por ações, ordinárias e preferenciais, é de R$ 1.449.214.576,83. Já o valor a ser pago por Units é de R$ 3,61324691082. A Taesa destinou ainda R$ 207,632 milhões para a reserva especial de lucros. (Valor Econômico)

Conselho da Eneva aprova primeira emissão de notas comerciais, de R$ 1 bilhão

O Valor Econômico informa que o conselho de administração da Eneva aprovou a emissão de notas comerciais escriturais no valor de R$ 1 bilhão. É a primeira emissão desse tipo de dívida da empresa. O valor unitário das notas é de R$ 1 mil, tendo como data de emissão o dia 14 de abril, com prazo de vigência de 60 dias – vencendo em 13 de junho deste ano. Segundo a Eneva, a remuneração das notas comerciais será de CDI mais “spread” de 1,30% ao ano over.

ONS revê para baixo a projeção de aumento da carga de energia para abril, para 2,7%

A carga de energia deve crescer 2,7% no Sistema Interligado Nacional (SIN) em abril, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A previsão é que a carga, que corresponde ao consumo de energia mais perdas, corresponda a 72.488 megawatts (MW) médios no dia 30 de abril. Os dados são do boletim semanal da programação da operação do sistema, do ONS, para a semana operativa entre os dias 8 e 14 de abril.

Na semana anterior, o operador projetou um crescimento de 3,6% na carga de energia. A carga deve crescer 15% no submercado Norte, para 6.754 MW médios, e 9,5% no Sul, para 2.661 MW médios. Para o Sudeste/Centro-Oeste, a projeção do ONS é de estabilidade, com demanda de 41.709 MW médios. O Nordeste tem perspectiva de retração de 1,1% na carga de energia, para 11.364 MW médios. (Valor Econômico)

Para conferir o sumário do Programa Mensal de Operação (PMO), clique aqui.

Moody’s vê como positiva a aquisição da ES Gás para o perfil de crédito da Energisa

O Canal Energia informa que a agência de risco Moody’s vê como positiva a aquisição da ES Gás para o perfil de crédito da Energisa. Segundo a agência, o acordo pode trazer diversificação aos negócios da companhia que são muito concentrados em distribuição de energia elétrica, sem impactar negativamente as métricas de alavancagem.

De acordo com a Moody’s, a aquisição não terá nenhum impacto imediato nas métricas da Energisa, pois a companhia realizou um aumento de capital em 10 de fevereiro de 2023 por meio de emissão de ações preferenciais integralizadas pelo acionista Itaú Unibanco no valor de R$ 1,38 bilhão. E ainda segundo a agência, a ES Gás possui baixa alavancagem, com uma dívida de R$ 25 milhões e caixa de R$ 186 milhões.

Área de energia eólica tem pressa para regular atividade offshore

O Projeto de Lei 576/2021 precisa ser discutido de forma a solucionar pontos delicados ainda existentes, mas com um horizonte temporal que não deixe o Brasil perder a oportunidade de ser um centro global para a indústria do setor. Essa é a visão de especialistas ouvidos pelo Valor Econômico, que defendem a celeridade da tramitação em um cenário em que existem projetos que somam 186 gigawatts de potência com pedido de licenciamento no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O PL 576/2021 disciplina a outorga de autorizações para aproveitamento de potencial energético offshore. “O aspecto mais delicado é que ele (o PL 576/21) precisa sair logo”, diz Elbia Gannoum, presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica), que lembra que o projeto foi “bem discutido” no Senado, onde foi aprovado no ano passado antes de ser enviado para a Câmara.

Enel vende distribuidora de energia no Peru para chinesa CSGI por US$ 2,9 bilhões

A Enel SpA chegou a um acordo com a chinesa China Southern Grid Co. (CSGI) para vender seus ativos no Peru, em um movimento para reduzir seu endividamento. A companhia, que tem sede em Roma, vendeu as operações de sua distribuidora peruana por cerca de US$ 2,9 bilhões, segundo comunicado divulgado na sexta-feira (7/4). O valor da empresa para esses ativos é de aproximadamente US$ 4 bilhões, disse a Enel.

A saída da Enel do Peru, no entanto, ainda não está completa, já que a companhia mantém uma operação na área de geração de energia no país — com mais de 2 GW de capacidade instalada, sendo metade disso vinda de fontes renováveis — e que permanece à venda. As operações de geração e distribuição de energia da companhia no Peru alcançam mais de 1,5 milhão de clientes, de acordo com dados do site da Enel. (Informações da agência Bloomberg, publicadas pelo jornal O Globo)

Exxon Mobil está de olho em meganegócio com a perfuradora de xisto Pioneer

A Exxon Mobil, petrolífera com sede no Texas (EUA), teria mantido conversas preliminares com a produtora norte-americana Pioneer Natural Resources sobre uma possível aquisição, de acordo com reportagem do jornal Wall Street Journal publicada na sexta-feira (7/4). A aquisição da Pioneer, que tem uma capitalização de mercado de cerca de US$ 49 bilhões, seria o maior negócio da Exxon desde sua fusão com a Mobil em 1999.

A Pioneer, que opera na Bacia Permiana, no oeste do Texas, é a segunda maior produtora de petróleo naquela região. Combinadas, a Exxon e a Pioneer produziram cerca de 1,2 milhão de barris de petróleo por dia. As discussões entre as duas empresas sobre um possível acordo foram informais, disseram pessoas familiarizadas com os planos da empresa. (agência Dow Jones – informação publicada pelo Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

Governo quer nova regra para fixar verba de saúde e educação, diz a manchete da edição desta segunda-feira (10/4) do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a reportagem, a equipe econômica do governo estuda vincular as despesas constitucionais com saúde e educação a uma nova regra de gasto por habitante. A proposta teria que garantir um crescimento real – acima da inflação – para as duas áreas. O objetivo é que os custo para o Orçamento em saúde e educação fiquem menos sujeitos aos altos e baixos da economia.

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O jornal O Globo traz como principal destaque informações a respeito dos cem primeiros dias de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a reportagem, o governo prepara uma série de medidas que miram a classe média. As iniciativas vão de regras para baixar as taxas de juros do cartão de crédito a condições especiais para empréstimos bancários. A ofensiva tem dois objetivos: reaquecer a economia, aumentando o poder de compra, e atrair um estrato da sociedade que historicamente registra rejeição alta ao PT.

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A Folha de S. Paulo informa que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem sua gestão no estado de São Paulo avaliada como ótima ou boa por 44% da população e como regular por 39%, enquanto 11% consideram seu desempenho ruim ou péssimo, de acordo com pesquisa Datafolha feita após três meses de mandato.

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Reportagem do Valor Econômico destaca que após três anos de pandemia, o setor de saúde passa por uma deterioração. Grandes grupos, que fizeram aquisições milionárias em 2020, colocaram imóveis à venda e renegociam dívidas, e controladores tiram dinheiro do bolso para reduzir a alavancagem do negócio. Outras empresas tornaram-se alvo de aquisição e as de menor porte deixaram o setor.