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Petrobras deve esperar recuperação do mercado para vender BR Distribuidora – Edição da Manhã

A Petrobras avançou com o processo de desinvestimento ao obter, no fim de agosto, o aval do conselho de administração para a saída definitiva do capital da BR. Porém, a Bolsa de Valores, onde os papeis da BR são negociados, vem em queda, ressalta reportagem do Valor Econômico – o principal destaque da edição de hoje (22/09) do jornal.

De acordo com a reportagem, ao segurar um pouco a oferta, aposta-se que a BR pode ter uma recuperação uma vez que a empresa vem fazendo o “dever de casa”, buscando expandir as operações comerciais e cortando custos. As ações ordinárias da BR são negociadas, no momento, a R$ 21,20. Embora os papéis venham se recuperando nos últimos meses, depois de terem atingido a casa dos R$ 13 em períodos de março e abril, o patamar da BR ainda está bem distante da realidade anterior à eclosão da pandemia de covid-19 no Brasil, quando a cotação da companhia flutuava acima dos R$ 28 no início do ano.

No STF, Petrobras já tem três votos contrários à venda de refinarias sem aval do Congresso

O Valor Econômico segue acompanhando a votação, no Supremo Tribunal Federal (STF), do processo de venda das refinarias da Petrobras. Até o fim da tarde de ontem (21/09) já havia três votos para impedir que a estatal possa vender de imediato suas refinarias. O terceiro ministro a se manifestar foi Marco Aurélio Mello, que seguiu o voto do relator, Edson Fachin, e de Ricardo Lewandowski.

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O julgamento começou na última sexta-feira (18/09) e acontece no plenário virtual, onde os ministros não se reúnem para discutir o caso, apenas depositando seus votos no sistema. Oito ministros ainda precisam se manifestar. O julgamento vai até esta sexta-feira (25).

A análise está sendo feita a pedido da Mesa do Senado, que argumenta que está havendo uma espécie de drible do governo federal para privatizar empresas públicas. Segundo a petição, o Executivo estaria desmembrando empresas matrizes em subsidiárias com o objetivo de aliená-las sem necessidade de aval do Congresso Nacional.

Em Noronha, energia do sol carregará veículos

Reportagem do Valor Econômico informa que o arquipélago de Fernando de Noronha poderá ser a primeira região do país a banir carros movidos a combustão e ainda oferecer postos de recarga de carros elétricos com luz solar. A Renault está envolvida no projeto que vai construir esses postos.

No ano passado, a montadora firmou parceria com a administração de Fernando de Noronha, que adicionou seis elétricos na frota. Por meio de um decreto, a partir de 2022, a entrada de novos veículos na ilha será permitida apenas para modelos 100% elétricos. Até 2030 está prevista a retirada dos movidos a combustão que ainda estiverem circulando pela ilha.

O presidente da montadora no Brasil, Ricardo Gondo, diz que mais do que vender carros elétricos, a Renault quer se tornar uma referência em projetos de mobilidade sustentável. A ideia de Fernando de Noronha, que agora parte para um projeto de carregamento de veículos por meio de energia solar, segue modelos que a montadora francesa já adotou na Europa.

O sistema de compartihamento e aluguel de veículos elétricos com baterias recarregadas com energia solar já tem sido testado em Belle-Ile-En-Mer, na costa francesa. Experiência semelhante acontece em Porto Santo, na Ilha da Madeira, em Portugal.

A Renault, que responde por 100 dos 300 carros elétricos já vendidos no Brasil, tem parcerias com os governos do Paraná e do Distrito Federal para uso compartilhado de modelos elétricos por servidores públicos. Em São Paulo, a Renault tem acordo com a Beepbeep, uma startup que desde meados do ano passado oferece esse tipo de serviço. Total de 30 unidades do modelo Zoe integram a frota, num sistema cujo funcionamento assemelha-se ao do compartilhamento para aluguel de bicicletas e patinetes.

PANORAMA DA MÍDIA

O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Evaldo Vilela, vê risco de apagão na pesquisa brasileira. Em entrevista ao jornal O Globo, Vilela disse que o CNPq, uma das principais agências de fomento à pesquisa do país, pode ter até metade de sua produção comprometida caso o cenário orçamentário para 2021 não seja revertido no Congresso.

Segundo Vilela, o corte de 5,3% em relação ao ano anterior, previsto no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), juntamente com o fato de quase a metade do orçamento (R$ 696 milhões) estar condicionada à aprovação do Congresso, podem levar a um cenário no qual o órgão não terá dinheiro para pagar nem mesmo as bolsas já vigentes, que hoje giram em cerca de 80 mil.

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Com 60 focos por dia, o Pantanal tem o maior número de incêndios desde 1998, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Somados todos os incêndios ocorridos no Pantanal desde 1.º de janeiro, 2020 já é o ano com mais queimadas da série histórica, medida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desde 1998.

O jornal informa que, em menos de nove meses, o bioma chega a 16 mil focos (60 em média por dia) – 5,9 mil este mês. Antes, o ano com mais registros foi 2002, com 12,5 mil. A maior planície inundável do planeta, com cerca de 150 mil quilômetros quadrados espalhados entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde o fogo já destruiu 1,7 milhão de hectares. Segundo a reportagem, os efeitos das queimadas no Pantanal e também em parte da Amazônia têm avançado para pelo menos outros cinco países vizinhos ao Brasil. A grande nuvem de fumaça já tem quase 5 mil km² e, segundo especialistas, pode chegar a 8 mil km². No site do jornal, a reportagem traz gráficos e ilustrações adicionais à versão impressa.

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A Folha de S. Paulo informa que o Brasil é um dos países nos quais as mudanças nos hábitos de consumo durante a pandemia do coronavírus mais pressionaram o custo de vida das famílias. É o que mostra estudo do economista argentino Alberto Cavallo, professor da escola de negócios da Universidade Harvard, que comparou a inflação causada especificamente pelas consequências da crise sanitária com a variação capturada pelos índices de preços ao consumidor existentes.

Entre 18 nações emergentes e desenvolvidas analisadas pelo pesquisador, o Brasil registrou a maior disparidade entre o que ele batizou de “inflação da Covid” e o indicador oficial (o IPCA), em maio.

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