O Valor Econômico informa que o conselho da Petrobras se reúne nesta quinta-feira (11/5) para avaliar as contas do primeiro trimestre do ano e decidir sobre pagamento de dividendos aos acionistas, referentes ao período.
De acordo com a reportagem, a queda das cotações do petróleo nos três primeiros meses do ano deve levar a Petrobras a apresentar resultados mais modestos no período, quando comparados com os obtidos entre janeiro e março do ano passado. A média das projeções de seis bancos e casas de análise compiladas pelo Valor apontam para lucro líquido de R$ 32,6 bilhões no primeiro trimestre, o que, caso confirmado, significará queda de 26,7% frente aos R$ 44,5 bilhões de igual período de 2022.
Além do recuo do petróleo – o barril do tipo Brent começou o ano na casa dos US$ 84 e fechou março perto dos US$ 79 –, os analistas citam também a redução das vendas de derivados da estatal no começo de 2023, parcialmente compensada pela valorização do real.
Copel tem lucro de R$ 635 milhões no 1º trimestre
A Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) registrou lucro líquido de R$ 635,5 milhões no primeiro trimestre de 2023, queda de 5,1% ante lucro líquido de R$ 669,8 milhões registrado no mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado (excluídos os itens não recorrentes) atingiu R$ 1,6 bilhão, montante 10,7% superior aos R$ 1,4 bilhão registrados no ano passado, reflexo do aumento de 31% no desempenho da Copel Distribuição. Já a receita operacional líquida totalizou R$ 5,53 bilhões no período, redução de 1% em relação aos R$ 5,58 milhões do primeiro trimestre de 2022.
Entre os destaques no período, a empresa ressalta o processo de transformação da estatal paranaense em uma corporation — o governo do estado pretende vender as ações no mercado financeiro e tornar o controle acionário pulverizado. O período foi marcado ainda pela definição dos bônus de outorga das hidrelétricas Foz do Areia, Salto Caxias e Segredo no valor total de R$ 3,7 bilhões. (Valor Econômico)
Portos do Brasil e Holanda assinam acordo para transporte de hidrogênio verde
O portal da Rádio e Televisão de Portugal (RTP Notícias) informa que Brasil e Países Baixos assinaram ontem (10/5) acordo para o transporte de hidrogénio verde entre os portos de Pecém (CE) e Roterdã, na Holanda, que terá a participação da empresa portuguesa EDP. O acordo foi assinado no âmbito de uma visita do primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, ao Brasil.
O acordo contempla a criação de um “corredor marítimo” para transportar o hidrogénio verde que será produzido em Pecém, na região metropolitana de Fortaleza, e a partir de Roterdã distribuir o produto a outros países europeus. Além dos dois portos, vão também participar na iniciativa empresas do setor privado, como a norte-americana AES, a brasileira Casa dos Ventos, a francesa Nexway, a australiana Fortescue e a portuguesa EDP.
Além disso, os portos de Pecém e Roterdã também estabeleceram na quarta-feira (10/5) um acordo para apoiar iniciativas conjuntas de desenvolvimento sustentável, logística e energia em ambos os terminais marítimos.
Choque de oferta se refletirá nos preços do gás natural, diz Tolmasquim
O diretor executivo de Transição Energética da Petrobras Maurício Tolmasquim, disse ontem (10/5) que o Brasil passará nos próximos anos por um choque positivo de oferta de gás natural e que isso se refletirá nos preços da molécula. Segundo ele, a empresa buscará preços mais atrativos, ainda que haja limitações em se desvincular do alinhamento ao mercado internacional.
“O preço é determinado pela cotação internacional do produto, porque o gás é uma commodity, então a margem (para redução) não é tão grande, mas mesmo assim podemos ter uma estratégia para ganhar mercado”, afirmou o executivo. (portal EPBR)
Em participação no Seminário de Gás Natural promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), no Rio de Janeiro, o executivo afirmou que a Petrobras está em um bom caminho e que irá investir US$ 11 bilhões para assegurar a exploração e produção de gás e complementar a infraestrutura para escoamento do produto. (Valor Econômico)
Informações completas sobre o seminário podem ser acessadas no site do IBP.
Conselho industrial discutirá políticas nacionais para cadeia de lítio
Políticas para o desenvolvimento da cadeia do lítio serão discutidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O diretor de Insumos e Materiais Intermediários do Ministério, Carlos Leonardo Teófilo, informou ontem (10/5) que as diretrizes para a exploração do minério serão avaliadas de acordo com a agenda de reindustrialização da pasta e devem considerar “sustentabilidade, transição energética e desenvolvimento tecnológico”.
Atualmente, 80% do lítio utilizado mundialmente é destinado à fabricação de baterias. Mesmo com uma reserva favorável, sobretudo no Vale do Jequitinhonha (MG), o Brasil ainda produz pouco lítio, ocupando o 5º lugar na produção global do minério. Já o Triângulo do Lítio, formado pela Bolívia, Argentina e Chile, concentram juntos mais de 60% das reservas mundiais do minério. Por conta desse cenário, a América do Sul está atraindo a atenção internacional. (portal EPBR)
PANORAMA DA MÍDIA
Fundos de crédito privado têm fuga de R$ 120 bilhões, diz a manchete de hoje (11/5) do Valor Econômico. De acordo com a reportagem, mais de R$ 120 bilhões saíram de fundos de investimento dedicados a crédito privado desde a revelação de inconsistências contábeis na Americanas, em 11 de janeiro. Além da varejista, que recorreu à recuperação judicial, outros eventos de deterioração de dívidas vieram na sequência, a exemplo da Light. O volume já representa 74% do resgate recorde de R$ 162,9 bilhões na indústria de fundos como um todo no ano passado.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que o relator do projeto do novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, Claudio Cajado (PP-BA), vem sendo pressionado por deputados para endurecer o texto entregue pelo governo. Os pedidos são para que sejam incluídos sanções e gatilhos de cortes de despesa em caso de descumprimento da meta para as contas públicas.
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Folha de S. Paulo – Sob o risco de ter seu aplicativo suspenso no Brasil, o Telegram apagou por volta das 14h30 de ontem (10/5) mensagem que distorcia o PL das Fake News minutos após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em meio à disputa que envolve grandes empresas de tecnologia e representantes dos três Poderes. Moraes ameaçou tirar o aplicativo do ar por 72 horas caso o serviço de mensagens não removesse texto enviado aos usuários da plataforma no dia anterior, no qual dizia que o projeto de lei 2630 daria ao governo poder de censura e que “o Brasil está prestes a aprovar uma lei que irá acabar com a liberdade de expressão”. A ofensiva do Telegram provocou uma reação na terça-feira (9/5) de integrantes do governo, do Congresso e do Ministério Público.
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O Globo – Policia Federal vai investigar esquema de apostas ilegais no Brasileirão. Os desdobramentos da Operação Penalidade Máxima II, deflagrada na última segunda-feira (8/5) pelo Ministério Público de Goiás, revelam que o esquema de manipulação das apostas esportivas passou também pelos campeonatos estaduais disputados neste ano.