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Petrobras: diferenças nas propostas de Lula e Bolsonaro vão além do preço do combustível. Veja o plano de cada um – Edição da Manhã

O jornal O Globo traz, na edição desta sexta-feira (14/10), uma análise da posição dos dois candidatos que vão disputar a presidência da República no próximo dia 30. A visão para o futuro da Petrobras tem diferenças significativas nos planos das candidaturas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

As divergências vão desde o tamanho da estatal, visão estratégica de refino e produção de óleo a, até, ampliação da atuação da empresa para o setor elétrico, além da política de preços dos combustíveis. A campanha petista ao Palácio do Planalto fala em interromper ao menos temporariamente a venda de ativos como refinarias, ampliar a capacidade de produção de derivados, fazer parcerias com o setor privado para ampliar a atuação da estatal e transformar a companhia em uma empresa de energia, não só de petróleo.

Já assessores de Bolsonaro defendem manter a venda de ativos e falam até numa possível privatização, embora não haja nenhum modelo concreto proposto. Nos dois casos, há críticas à política de preços da estatal, que equipara os valores do mercado doméstico ao dólar e ao custo do barril de petróleo.

O PT tem um plano para mudar essa política de preços, enquanto a equipe de Bolsonaro não diz exatamente o que pretende fazer com os preços da estatal — porém, critica nos bastidores a atual forma de reajuste.

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Produção de gás natural bate recorde em agosto

A produção de gás natural no país bateu recorde em agosto, ao registrar um volume extraído de 139,96 milhões de metros cúbicos diários (m3 /d), segundo informação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O montante corresponde a uma alta de 2,46% ante os 136,60 milhões de m3 /d apurados um ano antes. Apesar do recorde, quase metade da produção (69,596 milhões de m3 /d) foi reinjetada de volta aos poços.

A produção nacional de petróleo em agosto ficou em 3,087 milhões de barris diários de petróleo, o que corresponde a uma alta de 2,97% em relação a igual mês em 2021, quando foram extraídos 2,997 milhões de barris/dia, de acordo com boletim mensal de produção da ANP. Em relação a julho deste ano, quando produziu 2,962 milhões de barris/dia de petróleo e 135,630 milhões de m3 /d de gás, a produção de petróleo cresceu 4,19% em agosto, enquanto a extração de gás natural subiu 3,19%.

No total, o Brasil produziu 3,967 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/dia) de petróleo e gás natural em agosto, dos quais 74,78% vieram de áreas do pré-sal. (Valor Econômico)

Petróleo deve ficar perto de US$ 100 por barril e puxar alta de preços no Brasil

O barril de petróleo tipo Brent, principal cotação internacional, deve permanecer próximo ao patamar dos US$ 100 até o fim do ano, o que pode levar a Petrobras a ter que aumentar os preços dos combustíveis no mercado nacional. A visão é do consultor e ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Felipe Kury.

Ele destaca que, se a estatal não aumentar os preços em linha com a alta internacional do barril, a janela para a atuação de importadores independentes pode se fechar e prejudicar o abastecimento nacional. Kury afirma que os preços do barril no mercado internacional refletem as pressões do jogo geopolítico atual.

“Pode-se esperar que os preços internacionais fiquem próximos aos US$ 98 a US$ 100 por barril. De um lado, os Estados Unidos estão buscando manter preços estáveis e talvez até reduzi-los, por causa da pressão na inflação. Do outro lado, há o contexto da Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo] de buscar manter o barril nesse patamar. Essa conjuntura, esse cabo de força pode causar mais volatilidade nos preços”, diz. (Valor Econômico)

“O Brasil pode ser parte da solução da crise energética”, diz embaixadora da Suécia 

Em entrevista ao jornal O Globo, a embaixadora da Suécia, Karin Wallensteen, há dois meses em Brasília, afirma que o Brasil poderá ajudar seu país e a Europa na crise energética e a acabar com a dependência de combustíveis fósseis a partir de 2045.

Ela reconhece que, na agenda multilateral, a posição de neutralidade do governo brasileiro em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia é diferente das autoridades suecas, mas defende mais diálogo para que fique claro que os russos estão errados.

Como têm feito outros países europeus e os Estados Unidos, a diplomata enfatizou a confiança de Estocolmo no sistema eleitoral brasileiro e disse que a palavra dos observadores internacionais sobre as eleições será fundamental para o reconhecimento do novo governo. Seja quem vencer o pleito no dia 30, as relações entre Brasília e Estocolmo permanecerão com o espírito de parceria e cooperação.

PANORAMA DA MÍDIA

Com diferentes abordagens, o principal destaque da edição de hoje (14/10) na mídia impressa é a campanha eleitoral para a presidência da República.

Os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo destacam que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, decidiu barrar a instauração de inquéritos pela Polícia Federal e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar a atuação de institutos de pesquisas. Em despacho assinado ontem (13/10), Moraes alegou ausência de justa causa e “incompetência absoluta” dos órgãos para uma apuração do tipo no período eleitoral.

O jornal O Globo informa que o TSE já recebeu 87 pedidos para remoção ou suspensão de publicação de postagens alegadamente falsas desde o início do ano até a última segunda-feira (10/10). Os pleitos partem de candidatos a diferentes postos, sobretudo, ao Palácio do Planalto. Nessa batalha, a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) obteve cinco solicitações atendidas, enquanto o ex-presidente Lula (PT), 35.

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O Valor Econômico informa que as áreas do Brasil dominadas pelo agronegócio tiveram crescimento médio real de 29,4%, bem acima das regiões não agrícolas entre 2019 e 2022, em comparação ao quadriênio anterior. Segundo cálculos do economista Braulio Borges, da LCA Consultores, no restante do país a alta foi de 3,8%. A produção do agro representa 8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, mas pode chegar a 28% se incluídos serviços e toda a cadeia.