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Petrobras: distribuição de dividendos é equilíbrio entre investir bem e remunerar acionistas, diz Jean Paul Prates

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou ontem (2/3) que a distribuição equilibrada de dividendos é “justamente aquela” em que conselho, assembleia e diretoria decidem em prol de “investir bem e remunerar acionistas”.

Em teleconferência com analistas sobre os resultados do quarto trimestre, ele disse que é possível dialogar antes de tomar decisões que eventualmente investidores não gostem. Os valores distribuídos aos acionistas têm sido alvo de críticas por parte do PT e do próprio Prates. Na quarta-feira (1º/3), a empresa anunciou a aprovação da distribuição de R$ 35,8 bilhões em dividendos, mas com proposta de retenção de R$ 6,5 bilhões em uma “reserva estatutária”.

“Chego a ter dúvidas se há regras muito rígidas em termos de percentuais de distribuição”, disse ele. No entanto, Prates disse que vai compor os planos da companhia em linha com os investidores, salientando a existência de questões legais que precisam ser observadas. Para ele, é possível dialogar antes de tomar decisões que eventualmente não sejam do gosto de investidores. (Valor Econômico)

Criação de reserva com dividendos gerou polêmica no conselho da Petrobras

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A criação de uma reserva estatutária na Petrobras com parte dos recursos aprovados para remunerar os acionistas da companhia gerou polêmica na reunião do conselho de administração da estatal ontem (1º/3) e atrasou a divulgação dos dados contábeis da petroleira relativos ao quarto trimestre de 2022.

A divulgação do balanço da Petrobras, que costuma sair por volta de 19h30, só entrou no sistema da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quando eram quase 22h. O Valor Econômico apurou que a reunião do colegiado se estendeu porque o controlador apresentou a proposta da criação da reserva estatuária. “Se resolveu fazer algo diferente do que estava preparado pela diretoria e isso tem consequências contábeis, de auditoria, de como resolver essa questão [da reserva]”, disse uma fonte da reportagem.

O próprio número a ser distribuído na forma de dividendo também motivou discussões. O PT e o governo Lula são críticos dos altos pagamentos de dividendos feitos pela Petrobras, embora a União, controladora da empresa, seja uma das principais beneficiárias dos recursos. Dos R$ 35,8 bilhões a ser distribuídos aos acionistas, referentes ao quarto trimestre de 2022, R$ 13,7 bilhões vão para o grupo de controle da companhia, que inclui a União, o BNDES e a BNDESPar. O governo federal tem algo como 37% do capital total da Petrobras.

Fechamento de capital da EDP no Brasil visa otimizar operações

A decisão do grupo português EDP em fechar o capital da subsidiária EDP Brasil visa otimizar as operações do grupo no país e dar mais flexibilidade para alocar capital no Brasil, informa o Valor Econômico. O plano deve ser feito por meio de oferta pública de aquisição de ações (OPA), na qual a companhia portuguesa propôs pagar R$ 24 por ação da controlada, valor que equivale a um prêmio de 22,26% sobre o fechamento por ação do pregão do dia 1º de março.

Após anúncio do plano de fechar o capital, as ações da EDP Brasil subiram e fecharam o dia com alta de quase 15%. Durante a apresentação do plano estratégico para o período entre 2023 e 2026, os executivos garantiram que a operação no Brasil continuará sem alterações e com foco de crescimento em distribuição, transmissão e geração solar. O CEO global da empresa, Miguel Stilwell de Andrade, reforçou que continua vendo boas oportunidades de crescimento no Brasil.

Segundo ele, o plano de fechamento de capital da subsidiária deve otimizar as operações no país. Hoje há duas empresas diferentes no Brasil, a EDP Brasil, que atua nos segmentos de distribuição, transmissão, comercialização e geração e a EDP Renováveis, braço de geração de energia ligado diretamente à matriz portuguesa.

Os efeitos colaterais da taxação de exportações de petróleo

A taxação das exportações de petróleo cru, que vai vigorar até 30 de junho, pode afetar também a comercialização da commodity no mercado doméstico, num efeito generalizado sobre os produtores. A avaliação é do diretor financeiro da 3R Petroleum, Rodrigo Pizarro.

Pizarro explica que o imposto, de 9,2%, reduz a margem dos produtores que exportam. As refinarias nacionais podem se beneficiar disso, oferecendo preços mais baixos pela commodity do que pagariam num cenário sem impostos “A taxação das exportações traz a paridade local para baixo”, comentou Pizarro, na quarta-feira (1º/3), ao participar da Semana Independente, da agência epbr.

Segundo ele, empresas verticalizadas, que podem optar por vender mais derivado no lugar de óleo cru, tendem a mitigar os efeitos da taxação. “É o caso da 3R, que está comprando o Polo Potiguar, da Petrobras, que inclui a refinaria Clara Camarão”, explicou.

Sigma Lithium põe o Brasil no mercado de baterias de carros elétricos

Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo em 28 de fevereiro informa que uma mineradora criada no Canadá, mas comandada por brasileiros, vai colocar o Brasil no mapa do segmento de baterias para carros elétricos. Em abril, a Sigma Lithium começa a produzir comercialmente em Minas Gerais lítio de alto grau de pureza, insumo para a produção das baterias. A reportagem destaca que, atualmente, apenas outras quatro empresas no mundo produzem esse mineral.

O projeto da canadense fica entre os municípios de Araçuaí e Itinga, no Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais. O maior investidor da mineradora é um fundo brasileiro de private equity chamado A10 Investimentos, que detém 46% da empresa.

O empreendimento já teve parte da produção vendida e se prepara para uma expansão, que vai triplicar o valor do investimento iniciado há sete anos. Em meados de fevereiro, a Sigma anunciou a aprovação de uma ampliação das atuais 270 mil toneladas para 766 mil toneladas anuais.

MME nomeia para secretarias de petróleo e energia

O ministro de Minas e Energia nomeou Mariana Ferreira Carriconde de Azevedo para exercer o cargo de assessora da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis; e André Grobério Lopes Perim para exercer o cargo de coordenador-geral de Monitoramento da Distribuição, do Departamento de Monitoramento do Sistema Elétrico, da Secretaria de Energia Elétrica. (Energia Hoje)

Dados de bandeiras tarifárias e subsídios tarifários agora estão no portal de dados da Aneel

Dois novos conjuntos de dados estão disponíveis no portal da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel): bandeiras tarifárias e subsídios tarifários. O primeiro está subdivido em três arquivos de dados, dos valores adicionais homologados, dos acionamentos e da Conta Bandeira.

O conjunto referente a bandeiras tarifárias faz parte do Plano de Dados Abertos (PDA) da Aneel relativo ao biênio 2022-2024, que prevê a disponibilização de 34 novos conjuntos de dados da agência para a sociedade até 31 de julho de 2024.

Já o conjunto relativo a subsídios tarifários, apesar de não estar previsto no PDA 2022-2024, foi inserido nos dados abertos visando dar mais transparência, bem como a democratização dos dados da Agência. (Fonte: Aneel)

Instituto Acende Brasil critica proposta para agências reguladoras

A proposta de criação de comissões fiscalizadoras que atuariam como instâncias superiores às agências reguladoras é inadequada porque a iniciativa propõe uma reestruturação radical dessas instituições sem uma análise mais profunda sobre o impacto da adoção dos comitês, na avaliação do Instituto Acende Brasil, um dos principais think tanks do setor de energia elétrica.

Segundo o presidente da instituição, Claudio Sales, a proposta não define aspectos como orçamento e custos de implantação, a estrutura necessária e as atribuições dos integrantes das comissões, que seriam vinculados aos ministérios aos quais as agências são ligadas.

De autoria do deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE), a emenda foi incluída no projeto de conversão da Medida Provisória 1.154/2023, que estabelece medidas de reorganização administrativa do Poder Executivo. Quando veio a público, a medida gerou forte reação de associações de segmentos que atuam em mercados regulados pelas 11 agências que seriam afetadas por uma eventual aprovação da medida. (Valor Econômico)

Parques eólicos da Neoenergia comemoram 10 anos de operação no Rio Grande do Norte

A Neonergia celebra, neste mês, os 10 anos de operação dos Parques Eólicos Arizona e Mel, no Rio Grande do Norte. Ao longo de uma década, os dois empreendimentos geraram 1,5 milhão de megawatts/hora a partir de 24 aerogeradores instalados em regiões estratégicas do litoral e do sertão potiguares. Esses parques, junto ao Rio do Fogo, são os mais antigos da Neoenergia em operacionalização e um dos primeiros construídos pela empresa no estado. (TN Petróleo)

Potigás volta a comprar gás natural da Petrobras

A Petrobras fechou um contrato de fornecimento de gás natural com a Potigás (RN), válido por oito anos. Serão entregues, imediatamente, este ano, 40 mil m3/dia à distribuidora potiguar. E, a partir de 2024, esse volume subirá para 100 mil m3/dia. A petroleira volta, assim, a fornecer gás à Potigás, depois de ter reduzido a sua presença como supridora das concessionárias nordestinas, em 2021. (portal EPBR)

CEO da PetroRio entra na mira da CVM

O jornal O Globo (coluna Capital) informa que o CEO da petroleira PetroRio (PRIO3), Roberto Bernardes Monteiro, virou réu em um novo processo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A ação foi iniciada porque a companhia deixou de informar ao mercado sobre seu interesse em comprar a Dommo (ex-OGX), que acabou sendo revelada primeiramente pela imprensa. A acusação foi formulada no fim de janeiro, e Monteiro acaba de ser formalmente citado.

Emissões globais de carbono cresceram menos que o esperado em 2022, mesmo com volta de usinas a carvão

As emissões globais de carbono aumentaram um pouco no ano passado, porém em nível inferior ao que o esperado, mesmo após um ano em que a guerra da Ucrânia e o corte de fornecimento de gás da Rússia forçou vários países a reativarem usinas elétricas movidas a carvão. A informação é da Agência Internacional de Energia (AIE).

Em relatório, a AIE explicou que as emissões de dióxido de carbono, gás de efeito estufa que acelera os efeitos das mudanças climáticas, subiram menos de 1% em 2022, ou 321 milhões de toneladas métricas. Embora o aumento coloque as emissões totais em 36,8 bilhões de toneladas, o nível mais alto de todos os tempos, o aumento foi menor do que se temia após um ano marcado pela volta de usinas a carvão. (Valor Econômico – com informações da agência Dow Jones)

PANORAMA DA MÍDIA

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,9 % em 2022, mas perdeu força ao longo do ano e terminou o quarto trimestre em queda de 0,2% em relação ao trimestre anterior, indicando um desempenho fraco da atividade em 2023. O resultado do crescimento da economia brasileira no ano passado é destaque, hoje (3/3), na mídia.

O crescimento de 2,9% em 2022 é o segundo consecutivo, após alta de 5% em 2021. A economia havia amargado queda de 3,3% em 2020, período inicial da pandemia. (Folha de S. Paulo)

Os serviços, principalmente ligados a turismo, lazer e eventos, concentraram a expansão em 2022. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 83% da expansão do PIB vieram dos serviços, que subiram 4,2%. As estimativas de alta do PIB para 2023 variam entre 0,5% e 1%, bem abaixo dos 2,9% registrados em 2022. (O Globo)

Em 2023, juros altos, condições financeiras piores, menor confiança de consumidores e empresários, endividamento elevado das famílias e baixa ociosidade na economia jogam contra a atividade, como destaca Alberto Ramos, do Goldman Sachs. Para completar, não haverá mais o efeito positivo da reabertura da economia, com o fim das restrições à mobilidade para combater a covid, que ajuda a explicar a alta de 4,2% dos serviços em 2022. (Valor Econômico)

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O jornal O Estado de S. Paulo deu destaque, na edição desta sexta-feira (3/3), à afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, estará fora do governo se não conseguir comprovar sua inocência sobre a revelação do Estadão de que recebeu diárias e usou avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir a um leilão de cavalos em São Paulo.