A Petrobras avalia três possíveis rotas para importar gás natural de um dos maiores campos do mundo, Vaca Muerta, na Argentina, disse Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, em entrevista exclusiva ao estúdio EPBR, durante a CERAWeek, da S&P Global, no Texas (EUA).
A primeira opção avaliada pela estatal é trazer o gás por meio do gasoduto Bolívia-Brasil, revertendo o fluxo atual do gasoduto Norte, na Argentina. Com a produção boliviana em queda, a tendência é que fique vazio ao fim desta década. Para isso, será necessário chegar a um consenso entre os três vizinhos.
Caso não haja acordo, uma opção é enviar o gás para a região Sul por meio de uma extensão do gasoduto Presidente Néstor Kirchner, que tem hoje um trecho concluído, de Vaca Muerta até Buenos Aires, informou Tolmasquim. Para o gás chegar ao Brasil, teria que ser construída a segunda etapa, de 467 km, até a província de Santa Fé – que ainda não foi licitada – e mais um terceiro trecho ligando os dois países.
A terceira alternativa é liquefazer o gás natural na Argentina e enviar o gás natural liquefeito (GNL) por navio até terminais na costa brasileira. Assista a entrevista de Maurício Tolmasquim, na íntegra, clicando aqui.
Plano da Petrobras é adicionar 5 GW de capacidade de energia renovável até 2028
O gerente-executivo de gestão integrada de transição energética da Petrobras, Cristiano Levone, disse ontem (21/3) que a Petrobras planeja adicionar 5 gigawatts (GW) de capacidade de geração de energia renovável em seu portfólio até 2028. Hoje, disse Levone, a empresa pode gerar até 5 GW advindos de termelétricas. A ideia, portanto, é usar fontes limpas para dobrar essa capacidade.
A maior parte dessa nova energia a ser gerada pela Petrobras, disse Levone, virá de novas usinas eólicas onshore e fotovoltaicas a serem compradas e desenvolvidas pela estatal nos próximos anos. “Há interesse em projetos greenfield ou brownfield, mas com potencial de crescimento”, disse Levone. Segundo o executivo, a Petrobras avalia “dezenas” de projetos de geração eólica onshore para investir em conjunto com outras empresas naturais do setor. (Agência Estado)
Petrobras vê eólicas offshore no Brasil só daqui a dez anos
A Petrobras avalia que os primeiros projetos de energia eólica offshore do Brasil só devem iniciar operações daqui a no mínimo dez anos, disse ontem (21/3) o gerente executivo de gestão integrada de transição energética da estatal, Cristiano Levone.
“Estamos para colocar daqui a dez, 15 anos. Se não fizer nada agora, perdemos tempo”, afirmou o executivo durante evento da Associação Brasileira de Consultores de Engenharia.
Ele disse ainda que os estudos da Petrobras para projetos de eólica offshore seguem a todo vapor, sendo que dois projetos-piloto devem ser desenvolvidos nos próximos anos no litoral do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Norte.
A companhia anunciou no ano passado sua intenção de desenvolver uma carteira de 30 gigawatts (GW) em eólica offshore no Brasil, como parte de seus compromissos para atuar em negócios de baixo carbono em meio à transição energética. (Folha de S. Paulo – com informações da agência de notícias Reuters)
Destino da usina a carvão da Copel aguarda decisão do governo
O governo federal ainda não decidiu qual destino dará à usina a carvão Figueira, sob concessão da Copel. A termelétrica tem 20 megawatts (MW) de potência instalada, representa menos de 1% da capacidade instalada da companhia e não tem contratos de fornecimento de energia vigentes. (Valor Econômico)
Rajadas, trovoadas e alagamentos: tempestade e chuvas intensas devem impactar SP, RJ e MG
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) manteve o aviso de Grande Perigo que encobre o Rio de Janeiro e afeta parte dos demais estados do Sudeste nesta sexta-feira (22/3). O órgão também alerta para tempestade em áreas do Mato Grosso do Sul e São Paulo. Além disso, pode haver chuvas intensas nas outras regiões do país, menos no Sul, que será afetado por ventos costeiros e declínio de temperatura.
O aviso aponta que a chuva pode ultrapassar 60 mm/h e os ventos serem superiores a 100 km/h. Além disso, há grande risco de danos em edificações, corte de energia elétrica, queda de árvores, descargas elétricas, alagamentos, enxurradas e grandes transtornos no transporte rodoviário. O alerta se encerra às 10h de domingo. (O Globo)
Com alerta de chuvas extremas, Enel e Light criam plano de emergência para eventuais danos na rede de energia
Com o alerta da meteorologia para a possibilidade de tempestades a partir desta quinta até domingo, a Enel Rio anunciou um plano emergencial para eventos climáticos, que inclui reforço no contingente operacional e aumento da capacidade dos canais de atendimento para eventuais ocorrências que envolvam o fornecimento de energia nos 66 municípios da área de concessão da empresa. (O Globo)
RS tem 831 mil clientes sem luz após tempestade
A tempestade que atingiu o Rio Grande do Sul desde a madrugada de quinta-feira (21/3) provocou estragos, bloqueou vias e interrompeu o fornecimento de serviços essenciais. De acordo com balanço divulgado pelas concessionárias por volta das 17h de ontem, 831 mil de clientes do estado estão sem luz.
Durante a manhã, o estado chegou a ficar com 1,2 milhão de pontos sem luz. A maior parte dos pontos sem energia elétrica é da área atendida pela CEEE Equatorial, com 648 mil clientes afetados. Os principais locais sem abastecimento são as regiões metropolitana (269 mil), Sul (130 mil) e Centro-Sul (76 mil). O total de clientes sem luz chegou a 815 mil no início da manhã de ontem, de acordo com a concessionária. (portal G1)
Energia solar por assinatura vira alvo do TCU; setor defende legalidade do modelo
A oferta de energia solar por assinatura, que começou a se popularizar no Brasil nos últimos anos, entrou na mira do Tribunal de Contas da União (TCU). A Corte diz ver indícios de venda ilegal de energia a consumidores regulados, sob os moldes da geração distribuída (GD) compartilhada.
A análise de unidade de auditoria do TCU aponta possíveis irregularidades no modelo de negócio de energia por assinatura, praticado inclusive por grandes grupos do setor elétrico, com consequente aumento de custos para os milhões de consumidores cativos que não usufruem desse serviço.
A visão foi rebatida na quarta-feira (20/3) pelas associações de energia solar (Absolar) e de geração distribuída (ABGD), que defenderam a legalidade do modelo. Elas o consideram benéfico para a democratização do acesso à energia solar a todos os consumidores brasileiros. (InfoMoney – com informações da agência de notícias Reuters)
Urca Energia faz ofensiva no biometano em aterros sanitários de Rio, Minas e Maranhão
O jornal O Globo informa que a Urca Energia, empresa fornecedora de biometano para gigantes como Ambev e L’Oréal, está fazendo uma ofensiva na produção do gás a partir de aterros sanitários Brasil afora.
A reportagem destaca que a companhia acaba de submeter ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) duas joint-ventures entre a Gás Verde, da qual é dona, e a GBio, empresa de participações detida pelo fundo de investimento Gama. O objetivo é gerar gás em aterros do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Maranhão.
A primeira JV vai dar origem a três novas sociedades e será igualmente dividida entre Gás Verde e GBio em aterros do Rio e Minas. A segunda JV terá como meta captar biogás e instalar uma usina de biometano em um aterro sanitário em Rosário (MA). Nela, o grupo alagoano URCD (dono da Alagoas Ambiental) terá 25% do negócio, mesma fatia da GBio. A Urca ficará com metade da JV.
Iberdrola investirá 4,5 bilhões de euros em redes elétricas no Brasil
A gigante espanhola de energia Iberdrola definiu ontem (21/3) planos de investimentos de 41 bilhões de euros (44,83 bilhões de dólares) nos próximos três anos, com foco em redes elétricas, a exemplo da rival italiana Enel, à medida que o setor busca melhores retornos.
A companhia incluiu em seu novo plano 21,5 bilhões de euros para investimentos na divisão de redes de distribuição e transmissão de energia nos Estados Unidos, Reino Unido, Brasil e Espanha.
O Brasil, onde a Iberdrola atua por meio da controlada Neoenergia, receberá 21% dos valores reservados para o segmento de redes, ou 4,51 bilhões de euros, conforme apresentação realizada nesta quinta-feira.
O anúncio contempla investimentos de 36 bilhões de euros por parte do grupo Iberdrola até 2026, somados a outros 5 bilhões de euros que virão de parceiros. (portal Terra)
PANORAMA DA MÍDIA
O Globo: Rio mobiliza efetivos contra chuva e terá ponto facultativo. Com a aproximação de uma frente fria vindo de São Paulo, o tempo no Rio fica instável nesta sexta-feira. A previsão é de chuva forte a muito forte a partir desta tarde, segundo o Alerta Rio, sistema da prefeitura.
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Valor Econômico: Supremo derruba correção de aposentadoria do INSS com base na “revisão da vida toda”. A decisão representou uma vitória importante para o governo federal, que estimava custo de até R$ 480 bilhões.
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Folha de S. Paulo: Um ano e três meses após assumir a Presidência pela terceira vez, o presidente Lula (PT) vê sua aprovação empatar tecnicamente com a rejeição a seu governo. Consideram o trabalho do petista ótimo ou bom 35%, ante 33% que o avaliam como ruim ou péssimo e 30% como regular. A aferição foi feita pelo Datafolha na terça (19/3) e quarta-feira (20/3), com 2.002 entrevistas com eleitores de 147 cidades. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.
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O Estado de S. Paulo: Lula repete Bolsonaro e impõe sigilo de cem anos a documentos.