A Petrobras iniciou os testes operacionais do Polo GasLub, o antigo Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí (RJ). A cerimônia de início dos testes foi realizada na manhã desta segunda-feira (31/01). Com o início dos testes, o Polo GasLub passou a receber gás natural não processado, proveniente do Terminal de Cabiúnas.
A unidade começará a receber, ainda neste ano, gás natural do pré-sal, uma das etapas da entrada em operação de uma Unidade de Processamento de Gás natural (UPGN). Quando a UPGN estiver em operação, além do gás do pré-sal da Bacia de Santos, receberá gás também dos demais ativos da Petrobras que utilizam o Sistema Integrado de Escoamento (SIE). (Valor Econômico)
É um marco simbólico, pois representa a retomada e o saneamento do antigo Comperj, cujas obras e promessas iniciaram-se em 2006 e representaram prejuízo de R$ 28,3 bilhões para a sociedade brasileira. As obras foram paralisadas em meio às denúncias de corrupção.
“Mais que um conjunto de instalações e de unidades de processamento, estamos tratando de um projeto multipropósito de grande valor estratégico para o Brasil, que contribuirá para uma maior segurança energética nacional”, afirmou o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna. “O gás natural que chega a Itaboraí nos faz vislumbrar um cenário promissor para a atração de petroquímicas, siderúrgicas, usinas de fertilizantes, fábricas de vidro e cerâmica, entre diversas outras indústrias, que conformarão o ora sonhado Complexo Industrial do GasLub.” (Agência Petrobras)
Manifesto defende recomposição da diretoria da ANP
O Canal Energia informa que 32 entidades do setor de óleo e gás assinaram um manifesto em que defendem a recomposição da diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), diante do atual quadro em que há apenas dois diretores titulares.
Na avaliação das signatárias, essa questão é importante em razão do momento que a agência reguladora vive de detalhamento das regras implantadas pelo novo marco legal, chamado de Novo Mercado do Gás. A carta enfatiza que a agência possui uma vaga em aberto e outras duas com a atuação de diretores provisórios. E que “nesse cenário, qualquer decisão importante pode ser fragilizada ou adiada, o que reforça a urgência das indicações de diretores titulares para os cargos ainda vagos − com notório conhecimento sobre o setor e ilibada conduta profissional − e que a sabatina dos indicados ocorra de forma igualmente célere.”
Alsol, subsidiária da Energisa, compra empresas do grupo Vision por R$ 75,6 milhões
A Alsol, subsidiária do grupo Energisa, comprou as empresas do grupo Vision, especializado em geração distribuída solar fotovoltaica, localizado em Minas Gerais, por R$ 75,6 milhões. O contrato da aquisição foi assinado na sexta-feira (28/01), conforme informação do Valor Econômico.
Com isso, a Alsol assumirá a operação de até 41 unidades de geração solar distribuída, que poderá adicionar até 136 megawatts no pico (MWp) de capacidade ao portfólio da companhia. Atualmente, a capacidade instalada da Alsol é de 69,2 MWp. Segundo a Energisa, a aquisição faz parte da estratégia de diversificação dos negócios do grupo para além da distribuição de energia elétrica.
Matriz energética de países reduz o “efeito verde” dos carros elétricos
Pelo menos 16 milhões de carros elétricos já circulam pelo mundo, dos quais mais de 6 milhões foram vendidos em 2021. Na Conferência Global da ONU sobre o clima, a COP-26, veículos movidos a eletricidade foram escolhidos como um dos principais atores no processo de descarbonização, por não emitirem poluentes.
Parte deles, porém, não pode ser considerada totalmente “verde” porque, a depender da matriz elétrica dos países onde rodam, a energia de suas baterias vem de fontes não renováveis, como carvão e gás natural, ou nuclear, que é limpa mas não renovável e encontra resistência em várias nações após o vazamento de radiação em Fukushima em 2011. Mesmo em países com fontes renováveis, há questionamentos em relação às emissões geradas no processo de produção dessa energia e na produção dos veículos elétricos. A reportagem é do jornal O Estado de S. Paulo.
PANORAMA DA MÍDIA
De acordo com reportagem do Valor Econômico, o início de 2022 traz novidades que apontam para um cenário com juros ainda mais altos que em 2021 e por um período prolongado. O vigor dos preços das commodities, as surpresas na inflação corrente, o risco fiscal, as expectativas de inflação que seguem desancoradas e o cenário externo mais desafiador geram um debate ainda mais intenso sobre o rumo dos juros.
Em levantamento realizado pelo jornal com 112 instituições financeiras e consultorias, é unânime a expectativa de que a taxa Selic será elevada nesta semana em 1,5 ponto percentual, e sairá, portanto, dos atuais 9,25% para 10,75% anuais, em linha com o sinalizado pelo próprio Comitê de Política Monetária (Copom) em dezembro. Será a primeira vez desde julho de 2017 que o juro básico voltará aos dois dígitos.