O Valor Econômico informa que a Petrobras vê nova “demanda atípica” por parte de distribuidoras de combustíveis brasileiras e já comunicou ao mercado que não atenderá todos os pedidos de entregas de produtos em dezembro, a exemplo do que ocorreu em novembro.
Executivos do setor, mais uma vez, alertam para risco de desabastecimento, caso os preços praticados pela estatal em suas refinarias não justifiquem a importação, por empresas privadas, de produtos mais caros no exterior. A Petrobras afirma que os pedidos têm sido maiores do que o normal e defende que há outras empresas no Brasil habilitadas a importar os produtos.
A reportagem informa que, por falta de capacidade de produção, entre 20% e 25% do mercado brasileiro de diesel é atendido por importações. “Assim como no mês de novembro, os pedidos de diesel encaminhados pelas distribuidoras para o mês de dezembro foram atípicos e superiores ao mercado esperado para este período”, disse a estatal, em nota.
Estados Unidos e outros países fazem inédita ofensiva para derrubar preços do petróleo
Em uma aliança inédita, os Estados Unidos e outros países, entre eles a China, farão uso de suas reservas estratégicas de petróleo para tentar provocar uma queda nos preços desta commodity –anunciou ontem (23/11) a Casa Branca. O presidente Joe Biden informou que ordenou a liberação de 50 milhões de barris de petróleo das reservas estratégicas dos Estados Unidos.
“Esta decisão será tomada em paralelo com outras nações que têm um consumo importante de energia, como China, Índia, Japão, República da Coreia e Reino Unido”, disse a Casa Branca. A decisão surge em um momento em que os preços da gasolina continuam subindo nos Estados Unidos. Este quadro representa um grande problema político para Biden. As informações são da Folha de S. Paulo.
Setor de óleo e gás no RN receberá R$ 1,5 bilhão em investimentos de petroleiras
O futuro do mercado de óleo e gás no Rio Grande do Norte está na pauta da semana, com a proximidade da 6ª edição do Fórum Onshore Potiguar, que acontecerá amanhã (25/11). Segundo cálculos da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip), o volume de investimentos previsto para os próximos anos no estado será significativo.
A Abpip estima que suas associadas que atuam em território potiguar devem desembolsar mais de R$ 1,5 bilhão nos próximos anos. Além dos investimentos, a Abipip chama a atenção para a expectativa de geração de empregos, arrecadação de impostos e royalties para o estado e municípios.
Apesar das perspectivas positivas, a associação entende que são necessários ajustes regulatórios para criar um ambiente de negócios mais competitivo. Por isso, a Abpip participou da elaboração de uma carta encaminhada ao governo do Rio Grande do Norte. Um dos pedidos da associação está relacionado ao projeto de lei estadual sobre a atividade de distribuição de gás natural, que atualmente encontra-se na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, para que seja mais aderente aos objetivos da Nova Lei do Gás (Lei nº 14.134/21). O objetivo é garantir a segurança jurídica necessária para que o estado continue atraindo investimentos. As informações são do site Petronotícias.
Petroquímica brasileira intensifica corrida por energias renováveis
Reportagem publicada na edição desta quarta-feira (24/11) do Valor Econômico mostra que a indústria petroquímica brasileira abraçou a transição energética, seja por causa dos custos hoje mais competitivos da energia renovável, seja para reduzir a pegada de carbono e cumprir metas climáticas estabelecidas para as próximas décadas.
Considerando-se quatro grandes petroquímicas com operação no país – Braskem, Dow, Unipar e Unigel – já são pelo menos R$ 5,3 bilhões entre contratos de longo prazo para compra de energia solar e eólica ou investimentos em autoprodução anunciados desde 2020. E esse número vai crescer em breve, ressalta a reportagem.
A Unipar já firmou dois acordos dessa natureza – com AES Brasil e Atlas Renewable Energy – e está negociando a terceira parceria. A petroquímica planeja produzir 70% da energia que consome no país, exclusivamente de fonte renovável. A Unigel, que tem parceria com a Casa dos Ventos, e a Dow, que fechou contratos com Casa dos Ventos e Atlas, também avaliam novos projetos. Com quatro parcerias no Brasil – com EDF Renewables, Voltalia, Canadian Solar e Casa dos Ventos –, a Braskem iniciou a jornada de transformação da matriz elétrica em 2018 e mantém a aposta nessas iniciativas para alcançar a neutralidade em carbono em 2050. Com os acordos, a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas assegurou mais de 100 megawatts (MW) médios contratados de fonte solar e eólica.
Noruega mira energia verde e amplia aposta no Brasil
A Noruega considera o Brasil um parceiro estratégico na transição para uma economia de baixo carbono e no desenvolvimento de tecnologias verdes, conforme ressalta reportagem do Valor Econômico. O setor de energia, em especial óleo e gás, ainda é predominante nas relações entre os dois países e representou 71% dos US$ 7 bilhões investidos pelas empresas norueguesas no país entre 2019 e 2020. O valor é 67% superior aos aportes do biênio anterior.
E as empresas estão dispostas a investir mais nos próximos anos. Do total aportado pelas empresas nórdicas, 4% foram destinados a iniciativas ligadas a fontes renováveis e combustíveis limpos. Mas a expectativa é que cresça nos próximos anos, já que a agenda verde está entre as prioridades do governo norueguês.
Os números fazem parte do relatório “Investimentos Noruegueses no Brasil”, produzido pelo Consulado Geral da Noruega no Rio de Janeiro, em parceria com a Innovation Norway e obtido com exclusividade pelo Valor. A Noruega é uma nação que vai continuar produzindo óleo e gás, mas entende que essa indústria é parte dos problemas climáticos e ambientais.
PANORAMA DA MÍDIA
O jornal O Globo informa que o senador Fernando Bezerra, relator da PEC dos Precatórios propôs, com respaldo do governo, que o Auxílio Brasil, de R$ 400, se torne permanente, mas sem indicar de onde viriam os recursos.
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Setor petroquímico investe R$ 5,3 bilhões em energia limpa – é a manchete de hoje (24/11) do Valor Econômico. Confira o resumo da reportagem nesta edição do MegaExpresso.
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Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo informa que a inflação e os juros devem tirar R$ 44,7 bilhões do comércio no fim de ano.
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A Folha de S. Paulo informa que as polícias do Rio de Janeiro deixaram de comunicar ao Ministério Público quase metade das operações policiais realizadas entre junho e novembro de 2020, descumprindo uma ordem do Supremo Tribunal Federal, segundo novo levantamento realizado pelo Geni-UFF (Grupo de Estudos de Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense) em parceria com o laboratório de dados Fogo Cruzado.