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Petrobras não pretende, de imediato, repassar aumento aos combustíveis – Edição da Manhã

A Petrobras sinalizou ontem (24/02) que não responderá de imediato à intensificação da alta do petróleo, decorrente da invasão da Ucrânia pela Rússia, e que vai observar um pouco mais o comportamento da commodity antes de decidir sobre o reajuste dos combustíveis no Brasil.

A companhia também afastou riscos ao abastecimento do mercado doméstico, diante dos temores de que o conflito Leste Europeu desequilibre o fluxo de óleo e gás natural no mundo. Reportagem do Valor Econômico ressalta que ante a escalada das tensões geopolíticas, o barril de petróleo do tipo Brent, referência global, chegou a atingir ontem pela manhã o patamar de US$ 100. Foi a primeira vez que a commodity superou a barreira desde 2014.

Depois de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciar a intenção de liberar a reserva estratégica de petróleo americana, se necessário, para proteger os consumidores do impacto do aumento dos preços, o barril desacelerou e fechou o dia a US$ 95,42, alta de 1,45%. A valorização da commodity pressiona diretamente os preços dos combustíveis no Brasil – que já convive com uma inflação dos derivados.

Rússia já enfrenta dificuldades para exportar seu óleo

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Os maiores compradores do petróleo russo já enfrentaram dificuldades ontem (24/02) para obter garantias nos bancos ocidentais ou encontrar navios para transportar o petróleo de um dos maiores produtores do mundo.

Pelo menos três grandes compradores não conseguiram cartas de crédito de bancos ocidentais para cobrir compras nesta quinta-feira, segundo quatro fontes da área comercial, que citaram a incerteza do mercado depois da invasão russa. A Rússia produz um em cada dez barris de petróleo do mundo e os preços saltaram para mais de US$ 105 por barril durante o pregão, seu nível mais alto desde 2014, por causa dos temores de interrupções no fornecimento (ver reportagem Brent atinge a maior cotação desde 2014).

No Mar Negro, um navio de propriedade turca foi atingido por uma bomba na costa da cidade portuária de Odessa, na Ucrânia. Depois disso, as empresas de navegação decidiram evitar escalas nos portos do Mar Negro. A Grécia soltou uma recomendação urgente para que todos os navios gregos deixem imediatamente as águas territoriais da Ucrânia e da Rússia no Mar Negro, segundo informaram corretores de navios e um alto funcionário do Ministério da Marinha Mercante da Grécia.

O mercado de petróleo já sofria com a escassez de oferta por causa dos muitos anos de baixo investimento e da demanda crescente, à medida que as restrições relacionadas à pandemia diminuem em todo o mundo. (Valor Econômico, com informações da agência Reuters, de Londres)

Omega registra lucro líquido de R$ 297 milhões

A Ômega Energia fechou 2021 com lucro líquido de R$ 297 milhões, com variação de 443% em relação a 2020. A receita líquida ficou em R$1,8 bilhão, crescimento de 61%, e a dívida líquida atingiu R$ 4,6 bilhões, 1% acima do ano anterior.

Já o Ebitda ajustado ficou em R$ 1,1 bilhão, aumento de 49%, superando a barreira de R$ 1 bilhão pela primeira vez. A capacidade instalada manteve-se em 1.869 MW, mas a produção de energia apresentou acréscimo de 58%, totalizando 7.050 GWh, aumento de 58%.

A plataforma de energia gerou R$ 42,6 milhões de lucro bruto no quarto trimestre do ano, o que reflete, segundo a empresa, o avanço do portfólio de produtos, com destaque em 2021 para energia sustentável digital e créditos de carbono além da capacidade de engajar novos clientes. Para os próximos dois anos, a Ômega projeta crescimento na capacidade instalada do portfólio de empreendimentos entre 35% e 40%, o que totaliza entre 650 MW e 750 MW. O objetivo é implantar pelo menos 700 MW de projetos em 2022 e 2023. (Canal Energia)

PANORAMA DA MÍDIA

Com reportagens, análises e editoriais, as edições dos principais jornais do país dão destaque à invasão da Ucrânia pela Rússia e os desdobramentos da crise.

A invasão da Ucrânia, ordenada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, contou com forças apoiadas por mísseis, artilharia e bombardeios aéreos em várias áreas do país, inclusive a capital, Kiev. A resistência ucraniana mal conseguiu atrasar a entrada do maior, mais armado e mais bem treinado contingente russo. A invasão levanta temores sobre o formato futuro da Europa, derrubou as bolsas e impulsionou os preços do petróleo, trazendo temores com os custos mais altos de alimentos e combustíveis. Os Estados Unidos e seus aliados da Otan não indicaram a intenção de enviar tropas à Ucrânia, o que poderia levar a um conflito armado mais amplo no continente. (Valor Econômico)

O ataque russo à Ucrânia, iniciado na madrugada de ontem (24/02), alia táticas militares nunca antes usadas pela Rússia a um grau considerável de risco corrido pelo presidente Vladimir Putin. Depois da Segunda Guerra Mundial, quando o poderio do Exército Vermelho da União Soviética repeliu a brutal invasão nazista de 1941 de volta até Berlim, tomada quatro anos depois, as forças russas nunca haviam se envolvido em uma ação tão grande. “A ação está sendo realizada de acordo com uma técnica nova, parcialmente testada na Síria. O ataque com mísseis, inclusive de cruzeiro, foi poderoso e inédito”, afirma Ruslan Pukhov, diretor do Centro de Análise de Estratégias e Tecnologias de Moscou, e é reputado com um dos mais bem informados analistas militares do país. “A eficácia não está clara ainda, mas possibilitou à Rússia colocar rapidamente em ação helicópteros e aviões”, disse. (Folha de S. Paulo)

A invasão da Ucrânia pela Rússia, em escandalosa afronta ao direito internacional, abalou a ordem europeia pós-2.ª Guerra, está estremecendo a economia global, que mal se recuperou da pandemia de covid-19, e pôs a Europa à beira de uma conflagração de dimensões e consequências imprevisíveis. Se o mundo não deixar claro que tal comportamento é inaceitável, a soberania das nações deixará de ser um dos pilares da ordem internacional. (O Estado de S. Paulo – editorial)

Um dia após o presidente russo Vladmir Putin autorizar uma invasão militar em larga escala na Ucrânia, tropas russas alcançaram Kiev a capital do país vizinho. Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, militares russos estão posicionados no distrito residencial de Obolon, a cerca de 9 km ao norte do Parlamento ucraniano, no centro da cidade. As forças russas aproximaram-se de Kiev após avançar rapidamente de três eixos, no Norte, Sul e a Leste da Ucrânia. As duas primeiras frentes dirigiam-se à capital no início da ofensiva, segundo autoridades de inteligência ucranianas. (site do jornal O Globo, atualizado às 7h38 desta sexta-feira, 25 de fevereiro)

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