A Petrobras está queimando cerca de US$ 1 bilhão por mês com o atual cenário de preços baixos do petróleo, disse a diretora financeira da estatal, Andrea Marques de Almeida, em evento online realizado com funcionários da empresa. Segundo ela, a situação exige medidas para preservar o caixa da petroleira. “Os preços menores e a demanda menor afetam de forma significativa nossa receita. Temos que adequar nossos custos às receitas.”
Segundo a executiva, o cenário exige medidas para reduzir custos e dar liquidez à empresa em 2020. “Nossos custos, muitos deles, são fixos e a nossa receita é variável. Temos que adequar os custos à nossa receita”, comentou.
O diretor de exploração e produção da Petrobras, Carlos Alberto Pereira de Oliveira, que também participou do evento ao vivo, disse que não há qualquer indicativo, neste momento, de que a companhia hibernará mais plataformas. A empresa anunciou, em abril, a parada de operação de 62 de suas 82 unidades de produção em águas rasas. “Temos que preservar caixa e a ação (hibernação de plataformas) foi no sentido de estancar essa hemorragia. Não temos nada que sinalize, neste momento, que vamos hibernar mais plataformas”, afirmou o executivo. Esse é o destaque de hoje (08/05) do Valor Econômico.
Projeções de carga de energia deverão ser revisadas
As projeções oficiais de carga (consumo mais perdas) de energia elétrica devem passar por uma revisão extraordinária por causa da pandemia. Responsáveis por esse trabalho, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o Operador Nacional do Sistema (ONS) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estão se articulando para levar esse pleito à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“Queremos dar previsibilidade com aderência à realidade. Sabemos que o mercado está mudando, que o mercado tem que se preparar“, disse ontem Rui Altieri, presidente do conselho de administração da CCEE, em conferência com jornalistas. De acordo com o executivo, a proposta a ser enviada à Aneel deve ser finalizada nesta semana. (Valor Econômico)
Decreto da “Conta Covid”
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou ontem (07/05) que será publicado na semana que vem o decreto que regulamenta a Medida Provisória 950, que permite a contratação de um empréstimo para garantir a solvência do setor elétrico durante a crise. Segundo Albuquerque, a pasta continua conversando com bancos. A inadimplência no setor elétrico atingiu 12%, disse o ministro. (Valor Econômico)
Bolsonaro frustra setor do etanol ao negar aumento da Cide da gasolina
O presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem (07/05) que não vai aumentar a Cide, imposto que incide sobre a gasolina, num gesto que atende seu ministro da Economia, Paulo Guedes, mas frustra o setor sucroalcooleiro brasileiro, informa a Folha de S. Paulo.
A reportagem destaca que, sob o argumento de que a queda do preço da gasolina ameaça quebrar o setor, a cadeia do etanol tem pedido ao governo um pacote de resgate para que o álcool recupere competitividade e, com isso, os produtores consigam atravessar o momento mais agudo da crise do novo coronavírus.
PANORAMA DA MÍDIA
Acompanhado de ministros e parlamentares, o presidente Jair Bolsonaro levou ontem (07/05) uma comitiva de empresários à sede do Supremo Tribunal Federal (STF) e fez pressão para que o presidente da Corte, Dias Toffoli, amenizasse as medidas de isolamento social decretadas por estados para combater a pandemia do coronavírus. A notícia é destaque nas edições desta sexta-feira (08/05) dos principais jornais do país. (O Estado de S. Paulo, O Globo, Folha de S. Paulo)
*****
O presidente Jair Bolsonaro editou decreto no fim da tarde de ontem (07/05) ampliando o rol de serviços essenciais em meio à pandemia do novo coronavírus. O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União. A publicação inclui quatro itens: produção, transporte e distribuição de gás natural; indústrias químicas e petroquímicas de matérias-primas ou produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas; atividades de construção civil; e atividades industriais. O ato atualiza decreto publicado pelo governo federal em 20 de março, nove dias após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar pandemia da Covid-19. (Valor Econômico)
*****
Dificuldades na liberação da linha de crédito de R$ 40 bilhões para pagamento de salários é outro destaque do jornal O Estado de S. Paulo. Anunciado pelo governo para evitar demissões em massa durante a pandemia, o crédito não está disponível para milhares de pequenas e médias empresas, informa a reportagem. Isso porque a medida provisória editada há um mês proíbe a concessão do empréstimo a empresas que não possuem folha de pagamento processada em um banco. O resultado é que, até agora, apenas 1% do total (R$ 413,5 milhões) foi liberado.
*****
Dados divulgados ontem (07/05) pelo Ministério da Saúde indicam que o Brasil registrou 610 novas mortes por covid-19 em 24 horas. É o terceiro dia seguido com mais de 600 óbitos novos.
Com isso, chega a 9.146 o número de mortes pelo novo coronavírus confirmadas. O país também registrou 9.888 novos casos confirmados de covid-19 e tem, ao todo, 135.106. (Folha de S. Paulo)