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Petrobras quer venda mais rápida da Braskem – Edição da Manhã

O Valor Econômico informa que a Petrobras criticou ontem (04/12) o plano da Odebrecht de vender a Braskem em um prazo de até três anos. Na visão da petroleira, um prazo razoável para realizar a venda da companhia petroquímica seria de 12 meses. De acordo com a reportagem, o prazo de até 36 meses faz parte de um acordo em fase avançada de negociação da Odebrecht com bancos credores. A Odebrecht é a principal acionista da Braskem, seguida da Petrobras.

Segundo a diretora de Refino e Gás da Petrobras, Anelise Lara, a venda da Braskem em 12 meses seria mais fácil em um processo de “follow on” (oferta subsequente de ações, porque uma operação de fusão e aquisição, em geral, demora mais tempo). “O que vimos neste ano é que a Braskem perdeu muito valor desde o começo de 2019 dadas as mudanças no ciclo do setor petroquímico, mas também em função de outros problemas de gestão na companhia e também questões ambientais em Alagoas (onde funciona uma unidade da Braskem para exploração de cloro/soda)”, acrescentou a executiva.

COP-25: a agenda do clima e o Acordo Ambiental São Paulo

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A Folha de S. Paulo traz hoje (05/12) um artigo assinado por Patrícia Iglecias, presidente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que faz um paralelo entre os debates em curso desde o início da semana, no âmbito da Conferência das Partes das Nações Unidas (COP-25), em Madri, e a agenda climática do estado de São Paulo.

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Segundo ela, São Paulo é um dos poucos estados brasileiros que contam com uma política própria para o enfrentamento das mudanças climáticas. “A Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC) começou a ser discutida em 1995 e foi adotada pela lei estadual nº 13.798/2009. Encontra-se, atualmente, no nível zero de desmatamento ilegal e, com o Programa Nascentes, desde 2015, plantou mais de 25 milhões de mudas, contribuindo para o sequestro de carbono, entre outros programas relevantes.”

Patrícia Iglecias cita, ainda, o Acordo Ambiental São Paulo, lançado no último dia 29, um “esforço conjunto entre setores público e privado para buscar a redução de emissões, eficiência hídrica, eficiência energética e responsabilidade socioambiental, de forma a contribuir para o cumprimento das metas assumidas pelo Brasil no Acordo de Paris”.

Hidrelétricas são paralisadas até comprovação de segurança

O Estado de Minas informa que os ministérios públicos federal e estadual recomendaram a suspensão das atividades de três usinas hidrelétricas localizadas no rio São João, afluente do São Francisco, em Minas Gerais, por falta de comprovação de segurança.

As usinas estão localizadas no município de Itaúna, na região Centro-Oeste do estado. A Justiça acatou o pedido e decidiu paralisar os serviços de geração de energia elétrica e captação de recursos hídricos. A decisão também proibiu quaisquer obras ou atividades nas barragens que possam colocar em risco suas estruturas, salvo medidas de segurança.

A reportagem informa que as usinas são para autoprodução, ou seja, não integram o Sistema Interligado Nacional (SIN). Elas pertencem à Companhia Itaunense Energia e Participações e à Companhia Tecidos Santanense. As empresas terão que apresentar o resultado de uma auditoria técnica independente que deve ser realizada por empresa com reconhecida expertise. Os resultados devem ser entregues dentro de 40 dias para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por meio de nota, a Aneel informou que ainda não foi notificada da decisão.

PANORAMA DA MÍDIA

O Valor Econômico informa, como destaque em sua edição de hoje (05/12), que a JBS anunciou ontem investimento de R$ 8 bilhões, o que pode dobrar o tamanho da Seara – braço do grupo para frangos e suínos. O investimento, a ser feito com recursos próprios nos próximos cinco anos na expansão orgânica da empresa no Brasil, inclui a construção de fábricas de rações e incubatórios. A JBS é a maior empresa de proteína animal do mundo, com R$ 200 bilhões de faturamento.

O jornal O Globo destaca, em manchete, a aprovação pelo Senado do projeto de lei que estabelece a reforma da Previdência dos militares, sem idade mínima e com salário integral. O projeto aprovado ontem (04/12) muda aspectos das carreiras das Forças Armadas e prevê aumentos salariais. A reportagem informa que as regras para aposentadoria valerão também para policiais militares e bombeiros dos estados. A proposta segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro.

O destaque do jornal O Estado de S. Paulo é a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do pacote anticrime do ministro da Justiça Sérgio Moro. Após dez meses de negociações, o projeto recebeu ontem, 408 votos a favor, 9 contra e 2 abstenções. A reportagem destaca que o projeto foi “desidratado”. Ficaram de fora do documento aprovado dois pontos considerados cruciais à prisão após condenação em segunda instância e trecho que ampliava o excludente de ilicitude, tratado por políticos como “licença para matar”.

A principal reportagem da edição da Folha de S. Paulo nesta quinta-feira é a decisão do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de suspender a fiscalização na unidade de conservação Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, no Acre. A reportagem destaca que só neste ano, a Resex já perdeu 74,5 km² de floresta (equivalente a 7.450 hectares), segundo o sistema Prodes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o que representa aumento de 203% em relação a 2018.

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